Nas 10 partes anteriores deste tema, apresentamos provas bastante concretas para expor o verdadeiro código da Vinci, e que não está centralizado em Maria Madalena e todas aquelas teorias do Priorado do Sião, etc.
Se Maria Madalena foi esposa de Cristo e lhe deu um descendente, e se o Priorado do Sião realmente existiu como guardião do segredo do Santo Graal na forma de uma mulher eleita, antes de Maria Madalena, como vimos, essa Mulher sagrada e identificada como Santo Graal de Deus onde o Espírito Santo pousou e fecundou foi outra Maria, a Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo.
De qualquer forma, a grande busca de Leonardo da Vinci na sua concepção própria de Santo Graal foi a busca pelo Conhecimento Hermético, aquela sabedoria que ele procurou nos saberes da Grécia antiga e dos platonistas, destacando Platão e Pitágoras em suas buscas.
Vimos, nas 10 partes anteriores, as formas como Leonardo da Vinci codificou estas personagens gregas e todo o conhecimento hermético e gnóstico que ele conseguiu importar daquele universo, colocando não Madalena, mas outra personagem no centro de sua codificação, para que a Igreja Católica do seu tempo não lhe acusasse de heresia, por estar procurando outra fonte de sabedoria além da Bíblia oficial romana…
Vimos a forma como ele codificou esse conhecimento grego e seu deus tutelar, por exemplo, no apóstolo Tomé da Última Ceia, e que aquele dedo indicador erguido para cima, como que INDICANDO O CAMINHO QUE ELE, LEONARDO, BUSCAVA, o caminho da real ascensão, e mais abundantemente, no profeta João Batista, com pelo menos duas pinturas e vários desenhos onde ele aparece fazendo a mesma pose e indicando o mesmo mistério.
Essa personagem com o dedo apontando para cima, seja Tomé, seja a Virgem em alguns trabalhos, seja João Batista, não é outra, senão que o próprio deus Hermes Trismegisto, aquela edição grega de uma divindade egípcia ainda mais antiga, que é TOTH, o deus do conhecimento, e este deus Toth tem todos os traços de uma divindade ainda mais antiga, o sábio ENKI da Suméria…
Basta comparar a imagem clássica do deus grego, geralmente possuindo o Caduceu, um emblema que representa a síntese de toda ciência hermética, com asas nos pés e no capacete prateado, e sempre apontando para o alto com seu dedo indicador da mão direita!
Este é o código da Vinci e seu significado:
O deus Hermes Trismegisto, o patrono do conhecimento secreto, ocultista, esoterista, enfim, a doutrina iniciática pura, matriz de todos os conhecimentos antigos, estudado nas ordens secretas antigas do Egito, da Grécia, da Índia, do Tibet, e até das civilizações pré-colombianas, divindade mutante que assumiu vários nomes e encarnações diferentes em lugares e tempos diferentes.
Esse deus que realmente poderia nos guiar a um caminho crístico real acima e além do dogma e da crença que, na época de Leonardo da Vinci e outros iluministas, limitavam a sua liberdade de pensar e sua inteligência natural questionadora por parte da Igreja inquisidora…
Esse deus que não pretendia substituir Cristo, porém, nos guiar de forma mais iluminada ao entendimento de Cristo como força redentora que nasce a partir de dentro, da alma iluminada e transformada.
Tanto que, no código da Vinci, esse deus Hermes-Mercúrio, seja na forma de Tomé, na forma da Virgem Maria, de João Batista e outras personagens, geralmente estão ao lado de Cristo nas representações, não para questioná-lo, mas para mostrar ao mundo o real caminho da ascensão na energia crística da sabedoria e do amor.
Portanto, a solução de Platão (na última Ceia) exposta por Da Vinci na personagem de Thomé (que, aliás, possui um maravilhoso evangelho apócrifo com conhecimento hermetista puro) nos leva a Hermes Trismegisto, o mensageiro dos deuses e da sabedoria antiga, grega, platônica, socrática, pitagórica, não aristoteliana e, por efeito, não eclesiástica, a quem Leonardo da Vinci e os Iluministas de sua época se opunham intensamente, porém, para evitar conflitos desnecessários, todos eles seguiam usando essas manobras de codificação para transmitir suas ideias na corrente livre dos pensamentos expostos em seus trabalhos e captados apenas pelos da sua “estirpe” (iniciados no Hermetismo).
A arte e a ciência renascentistas fizeram verdadeiros malabarismos para divulgar entre os seus simpatizantes a sabedoria hermética, de forma velada, não colidindo com a Intolerância religiosa da época.
Então, este é o verdadeiro código da Vinci, exposto em inúmeras obras do mestre, de pinturas a desenhos, propositalmente repetido para instigar a curiosidade do buscador da verdade em sua resumida chave da Androginia perdida (o fator central da Alquimia) que só pode ser recuperada não pela razão aristotélica, mas sim pela sabedoria hermética de Platão, o filósofo da alma, e de Pitágoras, o mestre da Música das Esferas. E até mesmo por João Batista, viva reencarnação do profeta Elias, que foi como Hermes, o guia, nos tempos de Cristo.
Leonardo da Vinci era obcecado com a morte, e sua obra demonstra isso, e aspirava muito a juventude, tal como muitos alquimistas de seu tempo, porque todo sábio deseja viver para sempre, já que uma vida é muito pouco para contemplar a Sabedoria infinita… e tudo isso quer dizer que seus trabalhos, devidamente decodificados, irão revelar ao mundo toda a saga de uma mente genial em busca do segredo supremo da vida:
A Imortalidade!
O Grande Espírito
O Grande Espírito da Sabedoria já assumiu inúmeras encarnações ao longo das eras da História humana, vidas pontuadas pelo contato direto que Ele tinha com a Mente de Deus, em cada obra que produzia, em cada livro que escrevia, em cada ensinamento que proferia.
No Egito, teve o distinto nome de Toth, que os gregos transformaram em Hermes.
Declara-se que o mesmo foi Moisés, que codificou toda a sabedoria do Alto nas letras e linhas do Torá ou Pentateuco, e depois voltou como o iluminado João Evangelista, o vidente do Apocalipse.
Passou por Rama na Índia, e por Zoroastro na Pérsia, e até por ENKI, nos primórdios da humanidade. Alguns o associam também à encarnação do maior mago de todos os tempos, Mirdzzin, mais conhecido como Merlin, o mais alto druida de sua casta.
E se comenta que ele já renasceu em nosso tempo e retornará como Maitreya, o grande Buda da Iluminação, aquele que irá restaurar toda a Sabedoria divina totalmente desfigurada no Mundo de Babel (Babilônia), onde as religiões se multiplicam, as opiniões se confundem, e a fraternidade se divide cada vez mais em ideologias do abismo.
E é exatamente pela ausência da Divina Sabedoria na Terra que o homem não está conseguindo mais falar um só idioma de consciência, e a desunião e até as guerras ideológicas serão inevitáveis.
Toda essa lista de encarnações do Grande Espírito, também reconhecido pelos indígenas da América pré-colombiana, e por eles associados ao planeta Vênus, tiveram como objetivo criar nessa alma uma vasta experiência para enfrentar as trevas que, neste exato momento, nunca estiveram tão poderosas e destruidoras sobre o nosso mundo, iludindo mentes, traindo corações, abatendo almas…
Ele é Aquele que virá e nos ensinará a olhar novamente para Deus, o mesmo Deus de todos os seus filhos espalhados na Terra, que é como o mesmo Sol, único Sol iluminando todas as retinas com uma mesma luz…sabedoria universal!
JP em 19.11.2019
Veja as partes anteriores:
O Verdadeiro Código da Vinci… muito além de Madalena – parte 1 – prólogo
O Verdadeiro Código da Vinci muito além de Maria Madalena – parte 4 – O Hermafrodita de Leonardo
O Verdadeiro código Da Vinci muito além de Maria Madalena – parte 5 – as visões de Leonardo
O Verdadeiro código Da Vinci muito além de Maria Madalena – parte 9 – o Santo Graal
O Verdadeiro código Da Vinci muito além de Maria Madalena – parte 10 – João Batista
JP em 19.11.2019