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Sol dispara segunda erupção mais poderosa dos últimos tempos em direção à Terra

Classificada como X7.1, uma erupção solar ocorrida em 1º de outubro é a segunda mais forte do Ciclo Solar 25, que teve início em 2019

Uma poderosa explosão desencadeada de uma mancha no Sol na terça-feira (1), por volta das 19h (pelo horário de Brasília), provocou um blecaute temporário de rádio sobre partes dos EUA e gerou uma ejeção de massa coronal (CME) que pode atingir a Terra em breve. Caso isso ocorra, auroras intensas poderão ser vistas no fim de semana em áreas mais ao sul do globo do que de costume.

Classificada como X7.1, a erupção se deu na mancha solar AR3842, localizada próxima ao equador do Sol. Essa é a segunda explosão mais forte do Ciclo Solar 25, que teve início em 2019. A primeira aconteceu em maio, com magnitude X8.7, a mais significativa nos últimos sete anos.

Modelo da NASA prevê quando jato de plasma deve chegar à Terra

De acordo com a plataforma de climatologia e meteorologia espacial Spaceweather.com, a radiação liberada pela explosão de terça ultrapassou o campo magnético da Terra, ionizando a atmosfera superior e provocando um apagão temporário de rádio sobre o Oceano Pacífico.

Além disso, a explosão lançou uma CME – uma grande nuvem de plasma e radiação – que, segundo um modelo computacional da NASA, deve atingir a Terra no sábado (5).

Quando isso acontecer, poderá desencadear uma tempestade geomagnética (fenômeno que altera o campo magnético do planeta e permite que partículas solares penetrem profundamente na atmosfera, gerando auroras em latitudes mais baixas do que o habitual).

Esse aumento na atividade solar é um forte indicativo de que estamos entrando no máximo solar, o ponto de maior atividade dos ciclos de 11 anos do Sol. Cientistas inicialmente previram que esse pico seria menos acentuado e ocorreria em 2025, mas a intensidade crescente das erupções solares obrigou especialistas a revisar essas projeções.

Só em 2024, o Sol já desencadeou 41 explosões solares de classe X, um número maior do que o registrado nos últimos nove anos. Esse aumento de atividade pode continuar nos próximos meses, com tempestades geomagnéticas e auroras mais frequentes.

Tô no Cosmos 04.10.2024

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