Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou simplesmente Leonardo da Vinci – como ficou conhecido no mundo todo – nasceu no dia 15 de abril de 1452, provavelmente numa cidade próxima a Vinci, na Itália. Filho de Piero di Antonio, um tabelião, e da camponesa Catarina. Logo após seu nascimento, seus pais se separaram e seu genitor casou-se com outra mulher, bem mais nova que ele. Da Vinci permaneceu com sua mãe até os seus 5 anos, quando teve que ser retirado da guarda materna para ser entregue ao seu pai.
Leonardo da Vinci foi um dos grandes polímatas (polímata é como se denomina uma pessoa cujo conhecimento não está restrito a uma única área) da humanidade, destacando-se como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. Muitas vezes foi descrito como o modelo do homem durante o Renascimento, pois sua curiosidade insaciável estava equilibrada com sua capacidade de invenção. Além de se tornar um dos pintores mais conhecidos e admirados até hoje, também é considerado a pessoa dotada de mais talentos diversificados que já viveu.
Vamos ao mapa:
Um tema astral que justifica sua vida e obra, destino e personalidade plenamente.
Antes, lembrando que a data de nascimento de Leonardo se encontra sob a vigência do Calendário Juliano, sofrendo então os devidos ajustes na transposição para o Calendário moderno, Gregoriano.
O Signo zodiacal, Touro, também está ocupado pelo regente, que é Vênus, na casa V, setor das produções, da criatividade, do gênio e da fecundidade de sua obra. Portanto, Sol e Vênus em Touro na quinta casa acenderam essa tocha de criatividade ardente na mente voraz de Leonardo desde os primeiros anos.
Mesmo sendo um polímata, a Arte foi a diretriz de toda a obra do gênio. Ou seja, pelas lentes da Arte é que Leonardo preferencialmente viu o mundo e nele trabalhou.
Assim, foi na Arte que realmente o espírito de Leonardo encontrou o seu principal canal de manifestação de inteligência e comunicação com o mundo ao redor. Ele via e entendia todas as coisas com olhos de um artista, apesar de professar ciência, filosofia e religião (ocultismo) em todos estes mesmos canais de comunicação.
Ele era um servo da Beleza, e um devoto da religião da Harmonia universal!
O Ascendente em Sagitário, com Júpiter em Peixes na casa III, somado a Lua, lhe dotaram de uma mente transcendente, de uma personalidade mística e absorvida pelos conhecimentos elevados, filosóficos e reflexivos da existência. Sagitário e Peixes são signos místicos, regidos pela intuição, pela espiritualidade e busca transcendental. As grandes viagens de Sagitário podem ser literais como no sentido metafísico.
E Leonardo capturou a melhor parte desta alma de peregrino dos sagitarianos nas suas explorações com o barco da mente pelo universo do conhecimento. O céu não era o limite para ele!
Seus potenciais sagitarianos de exploração dos mistérios da vida, da morte, da natureza e do homem ancoraram em sua inteligência ilimitada, fértil, altamente imaginativa e sensível (Lua na III) potencializada pela presença de Júpiter na mesma casa da Lua.
Sua mente era um radar voltado para todas as coisas, interessado por todas as coisas e capaz de argumentar e elaborar teorias sobre todas as coisas.
A atração pela morte advém de um Saturno na casa X, elevado em Libra, e também de um Urano com Plutão posicionados na casa VIII, setor que se relaciona a morte e tudo o que seja oculto, misterioso, e que se relaciona aos mistérios transcendentais da vida.
A exploração ocultista é patente em toda a sua vasta obra.
A casa X se relaciona a mãe, e isso pode motivar a perda recente da mãe em sua infância, e como isso marcou profundamente a sua alma, o seu inconsciente, até o fim dos seus dias, e a memória da mãe lhe seguiu como um fantasma refletido no espelho de suas pinturas que exaltaram o Feminino além da própria condição comum … uma espécie de culto consciente e direcionado a sua mãe que se apresenta nestas damas e seus sorrisos, nestes olhos e seus segredos, nessa tristeza distante e nesse eterno ponto de fuga que se desvanece de seus olhos, sempre escapando do seu coração.
Mercúrio na casa IV se opondo a Saturno na casa X faz com que todo esse vazio e essas lacunas afetivas deixadas pelo amor maternal se expressem em seu cenário, em seus ambientes, e em sua solidão ainda que popular e cercada de admiradores… e também significa que Leonardo sabia transformar seus espaços em ambientes de aprendizado, em escolas de observação e laboratórios de análise, pesquisa e exploração, fossem eles ambientes urbanos, fossem rurais. Sua casa era sua escola, onde ensinava e aprendia, um dos mais fortes argumentos de sua genialidade: sabia aprender ensinando e ensinar aprendendo.
O Ocultismo é um universo paralelo nas obras de Da Vinci, dentro de um sistema de códigos que ele criou para poder se camuflar da Inquisição romana. E também, por um gosto peculiar de sua natureza provocativa, que adorava instigar mistérios e enigmas e propor desafios aos mortais.
Talvez um Mercúrio em Áries lhe tornasse provocativo em suas obras, além de lhe dotar de um tremendo vigor mental e intelecto inesgotáveis. Mente incansável, cheia de energia, de perguntas e de ansiedades por respostas, era esse o motor central de sua genialidade árdua, viril, que não temia nem o trabalho e nem a crítica.
O signo de Leonardo (um taurino extremamente artístico, criativo e fecundo, que apreciava o luxo, a beleza e a abundância) é parte desse código na análise da obra a seguir, A Última Ceia.
Pois, para entender o Código da Vinci em suas obras, é preciso primeiro reconhecer o código da personalidade de Da Vinci definido pelo momento astral de seu nascimento. Até porque ele mesmo abordou profusamente a Astrologia em sua obra, e numa delas se identifica com sendo um Taurino.
Veja também:
O Verdadeiro Código da Vinci… muito além de Madalena – parte 1 – prólogo
JP em 26.02.2019
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