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O Verdadeiro código Da Vinci muito além de Maria Madalena – parte 5 – as visões de Leonardo

Na parte anterior, vimos que a figura-chave da Última Ceia de Leonardo a expressar a visão real do código da Vinci é o apóstolo Tomé, com todo o seu hermetismo envolvido, desde a referência ao seu evangelho apócrifo (que Leonardo conhecia) até o cenário da pintura, respirando ocultismo e hermetismo em toda parte, com leis e analogias indicando os mistérios do hermafrodita alquímico, já que Leonardo era alquimista (entre tantas outras coisas) e certamente perseguiu esse mistério em toda a sua vida, busca esta estampada em cada uma de suas obras.

Com toda certeza, já vimos esse dedo de Tomé em outras obras do Mestre, não somente na personagem deste apóstolo mas, principalmente, na imagem de outra figura iminente dos evangelhos, João batista.

Algumas imagens deixam esse código muito transparente, ao termos a certeza de que ele nos leva a João Batista, e não a Madalena. Aliás, não consta nenhuma pintura de Maria Madalena de autoria de Leonardo, o que é estranho, caso ela fosse tão significativa assim nas entrelinhas de suas codificações pictóricas.

Neste desenho, esboço para pintura, vemos João batista apontando com o dedo para uma espécie de cruz do tema.
Em outra pintura, uma de suas obras primas, e a última de suas pinturas, temos um João Batista realmente andrógino apontando para o alto, para a mesma cruz.
Contudo, falarei de João Batista na obra de Leonardo nas partes seguintes.

No entanto, mesmo não havendo nenhuma Maria Madalena em suas telas conhecidas, são numerosas as suas pinturas da Virgem Maria, a Madona, provando que este nome, sim, é altamente significativo dentro do código de Leonardo e o hermetismo cifrado nas suas obras, imagem do Eterno Feminino da Alquimia clássica, donde nasce o ouro filosófico ou a pedra filosofal vermelha, retratada em Jesus Cristo.

Há sim uma Maria Madalena (acima) pintada em 1515, por um discípulo de Leonardo, Giampetrino, que tem algo do estilo Monalisa, e o cenário de fundo é tipicamente de Leonardo, porém, o estilo da pintura, tão desnuda assim, não parece condizer com as demais telas do mestre. E falta muito do “Sfumatto” nessas pinceladas para dizermos que seja dele mesmo.

Se ela é de 1515, um pouco após a Monalisa, que é repleta da técnica única de Leonardo, por que ele não a usaria aqui? E essa nudez explícita da mulher retratada não é estilo de da Vinci.

Voltando a Tomé, onde parei na parte anterior a esta,
eis o código das letras do seu nome que foram estabelecidos nesta parte da cena, um T cruzando uma letra M entre os corpos de Jesus e João (polaridades, gêmeos, dualidade, etc).

Biografias de Leonardo, e suas próprias reflexões, revelam que Leonardo tinha uma técnica singular de visualização de seus quadros e temas antes de iniciar seus esboços: ele entrava num quarto escuro e ficava horas ali, meditando em silêncio, tentando visualizar a cena que pretendia pintar, até que lampejos de imagens começavam a brotar em sua mente, inspirando-o para suas telas.

Ele fez isso com a Última Ceia, e depois, saia pela cidade em busca de modelos, pessoas comuns, que eram mais parecidas com as suas visões, e então as contratava para que posassem para suas telas e quadros.

Aliás, não somente com temas de pintura, mas existem diversas obras de Leonardo, de cunho científico, que se tornaram realidade no futuro, como os projetos do escafandro, da bicicleta e do helicóptero, entre outros! Realmente está demonstrada a clarividência de Leonardo.

O parafuso helicoidal

Este projeto foi desenhado, aproximadamente, em 1493. Também conhecido como “parafuso voador”, este helicóptero de Da Vinci é considerado uma de suas invenções mais estranhas e, de acordo com os cientistas, de pouca utilidade: provavelmente nunca teria saído do chão e exigia o trabalho de quatro homens para funcionar.

Este projeto foi desenhado, aproximadamente, em 1485. O ornitóptero é um equipamento de voo que obtém a sustentação e a propulsão a partir do movimento alternativo das asas, como ocorre com algumas aves e/ou insetos. Neste caso, o invenção de Da Vinci tinha a forma das asas de um pássaro.

Este projeto foi desenhado, aproximadamente, entre 1482 e 1489. Durante o tempo em que viveu em Milão, Da Vinci percebeu que a peste negra atingia mais as cidades do que as zonas rurais. Elaborou assim, o que seria a cidade do futuro, com melhores condições sanitárias, rápido estabelecimento de água e até estábulos com ventilação.

Este projeto foi desenhado, aproximadamente, em 1485. Leonardo Da Vinci, desde criança, sonhava em voar e se tornou obcecado por dispositivos voadores, como podemos perceber nesta lista. Mas além de voar, era necessário cair suavemente, e para isso elaborou um paraquedas com formato piramidal. Esta invenção foi testada por Adrian Nicholas, em 2000, e funcionou perfeitamente.

E até a BICICLETA dizem ter sido um projeto original de Leonardo, embora hajam controvérsias…

Isso tudo prova que realmente ele tinha a visão remota do futuro, era um clarividente. E onde isso nos leva?
A uma conexão direta entre Leonardo da Vinci e a Virgem Maria, por ele retratada diversas vezes.

Veja bem o símbolo de Tomé ou Cruz e letra M na Ceia:

E compare com o símbolo que a Virgem Maria em aparição na França, ano 1830, mais de 300 anos depois da pintura da Santa Ceia, entregou a uma santa, chamada Catarina Labouré, em plena Paris:

Verso da medalha milagrosa

Neste signo místico da Cristandade mariana emergente na França no século 19, vemos a Cruz sobre a letra M, a Cruz significando Jesus Cristo, e o M de Maria, sua Mãe. Na base, dois corações, e o coração que é atravessado por uma espada é o coração de Maria (alusão a uma passagem de Lucas 2, quando um homem chamado Simeão determina o futuro da criança, e que o coração de sua mãe seria transpassado por uma espada – símbolo das imensas agonias que ela passaria ao lado dele).

Jesus e Maria são os fundamentos e alicerces espirituais da Igreja celestial em ensaio e experiência na Terra,  e sendo a Última Ceia a célula desta Igreja representada pelo Cristo central e os doze apóstolos, teria Leonardo tido uma visão do signo protetor da Igreja a ser revelado pela Virgem Maria, 300 anos depois?

Com toda certeza, sim.

Reforçando o fato que o apóstolo Tomé, a indicar a via do céu com o dedo direito, foi colocado na posição do signo de Virgem, o signo que representa a Virgem Maria.

Nossa Senhora aparece a Catarina Labouré em Paris, ano 1830

Aliás, Leonardo da Vinci fez muitas pinturas do rosto da Virgem Maria, geralmente associada ao menino Jesus, e certamente deve ter meditado muito tempo a respeito das feições originais da mãe do Nosso Senhor, o que lhe resultou estas e outras visões extraordinárias de eventos futuros associados a Maria e a Igreja.

Abaixo, uma das telas preferidas do Mestre, que lhe acompanhou até a morte, ao lado de João Batista (acima) e da Monalisa.

A Virgem, Santana, o menino e o cordeiro

Se está demonstrado que Leonardo da Vinci tinha visões do futuro, provando que, além de gênio, ele era clarividente e profeta, em todas as áreas, ciência, anatomia, engenharia e temas religiosos, e se ele realmente teve visões reais dos rostos dos apóstolos da Ceia, então podemos estar diante de suas aparências bastante próximas da realidade e, principalmente, da aparência de Jesus Cristo, que ele também viu em suas meditações antes de pintá-lo nas telas e na parede do convento de Milão…

Algumas imagens, então, do rosto de Jesus Cristo, por Leonardo da Vinci!

Com barba ou sem barba, isso não importa, porque a mesma expressão se repete em todos os trabalhos.

Mas há quem diga que o Santo Sudário de Turim, um dos objetos mais controversos da História,   é uma obra de falsificação do gênio de Leonardo, usando técnicas de modificação de tecido, fotografia e recursos de alquimia…

Em se tratando de Leonardo… tudo é possível!

O código central de Leonardo da Vinci nunca foi Maria Madalena, mas sim, João Batista, que ele incorporou no apóstolo TOMÉ na Última Ceia.

A cada novo capítulo que eu publico, e para quem está acompanhando, ficará facilmente demonstrado o porque disso, e qual a direção que o código assume, numa exibição de ciência secreta muito perigosa e arriscada para a época em que ele vivia, à sombra da Inquisição romana.

Mas foi um clarividente em plena Era Medieval, a qual, com sua luz, ele ajudou a evoluir para o Renascimento!

Em 06.04.2019

Continua nas próximas partes

Veja também:

Parte 1:

O Verdadeiro Código da Vinci… muito além de Madalena – parte 1 – prólogo

Parte 2:

O verdadeiro Código da Vinci muito além de Maria Madalena – parte 2 – o mapa astral de Leonardo da Vinci

Parte 3:

O verdadeiro Código da Vinci muito além de Maria Madalena – parte 3 – Abrindo os segredos da Última Ceia

Parte 4:

O Verdadeiro Código da Vinci muito além de Maria Madalena – parte 4 – O Hermafrodita de Leonardo

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