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A Pedra Sagrada do Arcanjo Miguel (p2)

A Pedra Sagrada do Arcanjo Miguel
(parte 2)

O Monte Carmelo é um cenário muito familiar do profeta Elias que, ali, combateu duramente as falsas doutrinas dos profetas de Baal em seu tempo.

Neste cenário é que o profeta Elias fez fogo cair do céu. Aliás, a ordem Carmelita surgiu neste monte, de um grupo de antigos eremitas que nele se instalaram, vivendo vida monástica a exemplo de Elias.

Elias, o Anjo Miguel encarnado, o Anjo de Deus, o profeta que deveria preparar os caminhos do Senhor, e veio como João Batista, cumprindo assim Malaquias, é evocado em diversas tradições hebraicas antigas, entre elas, aquelas que repetem a Bíblia, dizendo que Elias foi arrebatado vivo aos céus e que retornaria no final dos tempos para anunciar o retorno do Messias (ou o novo Messias, para os judeus). Malaquias inclusive anuncia que esse retorno de Elias aconteceria quando chegasse o Dia grande e terrível do Senhor, dia este que foi anunciado precisamente na abertura do Sexto Selo do Apocalipse.

As tradições judaicas mais antigas dizem que, como ele ascendeu vivo ao céu, sua missão é registrar os atos dos homens e guiar as almas dos mortos ao Paraíso. Costuma ser associado também ao Arcanjo Sandalfon, irmão do Arcanjo Metatron.

É comum as representações do Anjo Miguel pesando almas numa balança, e servindo de guia aos grandes profetas em suas viagens celestiais, como o caso de Enoque.

Elias voltará no dia do “Grande e Terrível Dia do Senhor”, anunciado pelos profetas (Malaquias) e declarado na abertura do Sexto Selo do Apocalipse.

Ele voltará para anunciar o retorno do Messias (ou para os judeus, a chegada do único Messias, porque não consideram Jesus como tal), e ele soprará a Shofar (trombeta de chifre de carneiro) e iniciará a reunião dos exílios e a ressurreição.

Todas essas funções, associadas ao profeta Elias no Velho Testamento e nas tradições rabínicas, se relacionam ao papel do Anjo Miguel, declarado tanto no livro de Daniel como no Apocalipse. No livro de Daniel, capítulo 2, o príncípe do povo de Deus, Miguel, se levantará para protegê-lo nos últimos dias.

E no Apocalipse 12, é o que o Anjo Miguel faz, combatendo o Dragão e seus exércitos para proteger a Mulher que tinha acabado de dar a luz a Criança, porque esta Mulher é a congregação dos escolhidos e selados de Jesus Cristo dos quatro cantos do mundo – e não a nação israelense, como entendem alguns evangélicos.

A mesma identidade profética de Elias é apresentada no sexto selo do Apocalipse, e logo em seguida ao rompimento deste selo, os sinais de perturbação cósmica iniciam, de eclipses solares e lunares (lua de sangue) a queda de estrelas do céu (asteroides, meteoros), perturbações associadas a uma figueira (Israel) que recebe um repentino vento forte e deixa cair seus figos ainda verdes… e logo após este anúncio, quando as pessoas procuram por buracos nas cavernas para se esconder (bunkers), eis que os quatro anjos são vistos no grande rio, atados, e prestes a serem soltos pelos quatro cantos, com as pragas, mas um Anjo da parte do Sol se levanta (Miguel) e anuncia que nada deve acontecer antes dele selar   (e reunir) os 144 mil eleitos de Jesus Cristo, sendo esse agrupamento a sua Nova Igreja, comprada da Terra, Igreja celestial, Israel espiritual, aquela Mulher coroada com 12 estrelas e que finalmente deu a luz ao Filho. E ela deverá fugir para o deserto (arrebatamento – porque tinha asas de águia).

É dito que este Anjo do Sol tem o sinal do Deus vivo (o Tau, a Cruz) e com ele, selaria a testa dos escolhidos.
Porque a Nova Arca de Noé será feita da madeira da Cruz, e seu betume é o próprio sangue do Cordeiro dentro da Nova Aliança.

A descoberta da pedra de dureza 11, desde os fundamentos do Monte Carmelo, o monte de Elias, tem uma grande implicação profética, anunciando que o Anjo Miguel está diante do Sumo Sacerdote, neste exato momento, a pedra fundamental eleita da Nova Igreja (144 mil) tal como Pedro apóstolo foi eleito por Jesus Cristo a pedra fundamental da antiga Igreja, e contra ela o Inferno não prevaleceria… mas isso há 2000 anos. A Igreja de Pedro já se corrompeu, bem como todas as suas derivações.

O Apocalipse trata da Nova Igreja, a Mulher coroada de 12 estrelas e seu múltiplo de 144 mil membros, eleitos de Cristo e reunidos dos quatro cantos da Terra (Mateus 24) desde o dia em que o grande sinal do Filho do Homem fosse visto nos céus de todo o mundo, por todo olho, para que se promova o grande arrebatamento: a mulher ganhando asas e voando para longe é a imagem daquele corpo da Nova Igreja sendo arrebatada aos céus, às dimensões superiores.

E a pedra eleita, a pedra basilar, a pedra de sete olhos, que é o Cordeiro (Apocalipse 5) está lá, diante do Trono do Senhor, apresentada pelo Anjo Miguel-Elias, pedra mais dura que o diamante e que conterá o avanço do Dragão, que não mais poderá ferir a Igreja, as religiões e as doutrinas santas e puras da Mente Divina, já que todas as religiões e doutrinas antigas que hoje se vestem de modernidade, estão todas elas, de algum modo, infectadas pelas filosofias materialistas, por argumentos carnais e egocentristas, maculando sua pureza.

A descoberta desta pedra de dureza suprema, pedra negra e raríssima, pedra que veio do espaço, no Monte de Elias, o Carmelo, significa profeticamente que o Ungido já está diante do Anjo, e se unirá ao outro ungido, o capitão, para iniciar a Grande Reedificação, porque Elias, antes, reunirá o seu povo eleito.

A Pedra preciosa representa então desde a virtude moral do devoto, que é o fundamento da reedificação interna e do segundo nascimento, até a virtude do sacerdócio ou da religião perante Deus, fundamento da fé num sentido mais congregacional, institucional. Sua dureza, brilho e raridade se relacionam portanto a estas virtudes conquistadas. A pedra que caiu do céu e se tornou negra retrata bem essa perda das virtudes morais que então separaram a consciência humana de Deus. Inclusive, ao encontrar o sumo sacerdote Josué, o Anjo Miguel viu que ele estava com roupas sujas (o negro) e então mandou trocar-lhe as roupas por vestes limpas e brancas.

A simbologia da pedra caída do céu, da virtude moral e sacerdotal perdida e recuperada na Nova Igreja.

Muitas associações para o valor da pedra aparecem na Bíblia, do Velho ao Novo Testamento, coroando o seu valor no Apocalipse 21.
O primeiro altar (de pedra) foi construído por Noé, após o Dilúvio, ao sair da Arca.

Penso que Gobekli Tepe é mais que um altar, é o primeiro monumento edificado por Noé e seu grupo após a saída da Arca.

Altares de pedra simbolizam a presença de Deus, mas o Êxodo advertia que pedras não deveriam ser cinzeladas nos altares, porque isso seria profanação: a pedra em estado puro, bruto, original e intocado, diferente da pedra basilar, pedra de construção, que são pedras cinzeladas, virtudes transformadas na alma humana.
Mas a pedra divina é o que é: o espírito é o que é, não precisa de correções e ajustes da parte dos humanos.

Doze pedras foram erguidas na travessia do rio Jordão por Josué e o povo de Israel, rumando à terra prometida.
E doze pedras preciosas estavam no peitoral do Sumo Sacerdote (Aarão), e o Apocalipse coloca doze gemas preciosas nos fundamentos da cidade santa celestial.

Porque o Reino de Deus não é deste mundo, é pedra celeste, é cristalização do Verbo dos Anjos (Elohim).
Os dez mandamentos foram escritos em duas tábuas de pedra extraídas da montanha, e no sonho do rei Nabucodonosor, uma pedra não talhada, extraída da montanha pelas mãos de Deus, feriu os pés dos quatro reinos mundanos (A civilização decaída) e a esmigalhou, para depois (esta pedra) se elevar como um grande monte (Sion) e cobrir toda a Terra.

A promessa messiânica está em curso.

E termina mostrando, no Apocalipse, a imagem da cidade santa como uma pedra cúbica totalmente pura, transparente e sagrada, iluminada por dentro e por fora, a qual, na qualidade de um diamante celestial, irá durar para todo o sempre: essa é, portanto, a virtude maior da pedra preciosa: ela é eterna. Como eterno será o Reino de Deus e todas as edificações humanas quando guiadas pelo Espírito do Amor e da Inteligência.

E para que a Nova Igreja dos 144 mil eleitos de Jesus Cristo seja instalada, ela precisa ter diante de si o seu Sumo Sacerdote consagrado, a sua pedra fundamental, o novo Pedro … e pela profecia, essa pedra sagrada de sete olhos (o Cordeiro) já está nas mãos do Arcanjo Micael.

Ele já pode começar a Grande Reunião!

JP em 19.01.2019

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