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Pessoas muito inteligentes demoram mais para responder questões complexas

Pessoas inteligentes demoram mais para responder questões complexas. No entanto, a chance de acerto é maior. O estudo responsável por essa descoberta foi publicado na revista científica Nature Communications, no último dia 23. Para chegar a isso, os cientistas analisaram dados de 1.176 participantes.

Conforme explica o artigo, as pessoas que pontuam muito em testes de inteligência conseguem responder a perguntas simples mais rápido que as demais. Porém, quando os problemas ficam mais complexos, a situação se inverte. Mesmo demorando mais, esse público inteligente tem muito mais chances de acertar a resposta.

As novas descobertas derrubam algumas suposições de que pensar rápido é necessariamente associado à inteligência. Os testes envolviam mostrar aos participantes uma série de padrões e pedir que identificassem as regras por trás deles, começando com uma tarefa fácil e ficando cada vez mais difícil.

Com isso, os cientistas mediram os QIs (quociente de inteligência) de todos os participantes usando testes convencionais. Os autores perceberam que, à medida que a complexidade aumenta, a pessoa inteligente tem a paciência para esperar até que todas as áreas do cérebro façam o processamento necessário.

Enquanto os cérebros menos sincronizados tiravam conclusões precipitadas, os circuitos neurais do lobo frontal dos cérebros mais sincronizados (ou seja, dessas pessoas que pontuaram mais nos testes) evitavam tomar decisões até que todo o cérebro tivesse tempo de fazer o processamento necessário.

“Em tarefas mais desafiadoras, você precisa armazenar o progresso anterior na memória de trabalho enquanto explora outros caminhos de solução e, em seguida, integra uns aos outros”, aponta a pesquisa.

O que determina nossa inteligência?

Mas o que determina nossa inteligência? Por enquanto, a ciência não chegou a um consenso sobre qual é a melhor resposta para definir o que é inteligência e nem como avaliá-la de forma adequada.

Muitos estudos consideram que os humanos tenham dois principais tipos de inteligência: a fluida (capacidade de usar e aplicar informações, sejam elas derivadas da memória ou do que você está percebendo no momento) e a cristalizada (reflete a informação que você conhece e tem acesso, armazenada como memória em seu cérebro).

Vale ressaltar que os genes desempenham um papel importante na inteligência. No entanto, vários fatores também entram nessa conta, como ambiente, educação, educação e experiências. Tudo isso junto molda nosso intelecto adulto.

Fonte: Nature Communications via IFL Science

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