Viagens no tempo
A grande verdade sobre as viagens no tempo é que elas constituem em “saltar ciclos”.
A primeira coisa a se compreender sobre o tempo é que ele não opera linearmente, mas circularmente, sendo tão curvo quanto o espaço que o comporta.
A segunda coisa é que “tempo são tempos”.
Todo sistema é fechado dentro de um determinado ciclo temporal que o regula, e toda viagem no tempo deve considerar os ciclos inerentes ao sistema onde opera.
No caso de um viajante na Terra, todos os ciclos do planeta devem ser considerados na sua equação final. A Terra tem rotação, tem translação, tem precessão, três ciclos fundamentais encadeados, ciclo dos dias, ciclo dos anos, ciclo das eras.
Na verdade, todo sistema é atravessado por muitas camadas de ciclos, como rodas concêntricas girando impelidas pela força de um mesmo eixo (teoricamente, o centro do sistema).
Se eu estou agora na Terra, como imaginar o tempo? Apenas uma linha de sucessão de eventos fluindo linearmente, marcada pelos grandes ciclos astronômicos?
Mas não é tão simples.
Não se trata somente de somar 60 segundos para dar 1 minuto, e somar 60 minutos para dar 1 hora, e somar 24 horas para dar 1 dia, e somar 365 dias para dar 1 anos, e dai por diante.
Trata-se de considerar feixes de linhas temporais correndo paralelamente no mesmo espaço e, por isso, gerando, em cada trilha percorrida, uma dimensão diferente. Aqui está a diferença entre espaço e dimensões.
Então, considerando uma pessoa no sistema Terra, quantos feixes de tempo lhe atravessam simultaneamente?
Muitos, considerando que não somente os ciclos astronômicos do nosso mundo, mas também os ciclos biológicos do corpo, além dos ciclos atômicos da natureza material de ambos, planeta e corpo físico.
Não há como abordar o tempo apenas linearmente, porque são feixes correndo em camadas paralelas.
O que vislumbramos aqui é que cada linha do tempo, dentro de um mesmo sistema, flui em uma realidade cósmica paralela, ocupando diferentes dimensões, e viajar através do tempo significa saltar ciclos, mudando o roteiro das linhas temporais percorrendo um mesmo espaço em dimensões diferentes.
Já que tempo são tempos, e ciclos são feixes de linhas temporais circulares fechadas sobre si, isso significa que os ciclos astronômicos e os ciclos atômicos coexistem na mesma equação final.
Não podemos jamais falar de uma única linha temporal existente fluindo do passado para o futuro. Isso faz parte da Física Clássica, não da Física Moderna.
Para se começar a compreender a viagem no tempo, é preciso primeiro compreender o que é o tempo sobre o qual se pretende viajar, e como as suas estradas se deslocam no Universo.
JP em 17.10.2023