Nos tempos tão confusos e agitados em que vivemos, precisamos muito da voz da intuição, pois, quantas não foram as vezes que o objeto da nossa procura esteve bem diante dos nossos olhos e a nossa razão simplesmente não o viu ali?
Por isso, sejamos homens de espírito, porque o sendo, todas as outras coisas nos serão dadas à mente por acréscimo pelo mesmo espírito honrado como prioridade em nosso coração e em nossa vida.
Porque, se os homens que estão no poder se guiassem pelo espírito, e não pelos interesses pessoais do pernicioso ego, teriam aquela percepção básica de que todos nós somos iguais, oriundos do mesmo Principium Aeternum e, por definição, irmãos.
E em sendo irmãos, saberiam que somos um único ENTE VIVO sobre a Terra, e com Ela, a Mãe-Terra, em simbiose profunda: e por tudo isso, saberiam que, ferindo o menor dos seus irmãos, ou destruindo a menor parcela que fosse de Natureza, estariam ferindo a si mesmos.
E então, assumiriam o poder por amor a Verdade e ao Serviço, e não por amor à sua causa particular. E fariam do poder o instrumento para servir a humanidade, com todo amor. Mas eis uma utopia ainda muito inacessível para os poderosos deste mundo.
E o mundo continua rolando pelo espaço sem fim.
O que os homens de ciência custam a entender é que os homens de espírito não precisam recorrer a explicações racionais e sistemáticas a todas as coisas, porque muitas destas coisas já são evidentes ao seu coração por outros caminhos, caminhos que transcendem a lógica linear e a matemática dos números.
O que os homens de ciência não entendem é que a lógica dos homens de espírito não recorre a tabelas, equações, deduções e cálculos para desvelar o que os olhos não enxergam e a razão não compreende.
O que os homens de ciência não percebem é esse som inaudível que aos ouvidos dos homens de espírito é claro como cristal e agudo como o canto de um galo anunciando um novo dia, uma nova revelação. Está no céu, está no ar, está no peito, não pode ser calculado, não pode ser equacionado, numerado, quantificado, visualizado.
E por não possuírem esse ouvido interno e esse olho espiritual é que os homens de ciência qualificam, de forma generalizada, aos homens de espírito, tomando-os como mistificadores e embriagados em suas próprias crenças e fantasias, o que está longe de ser realidade.
Porque, por mais que quisessem, os homens de espírito não têm como explicar o funcionamento deste mecanismo interno, que conecta suas mentes a outras realidades e que denuncia um certo faro especial que pressente o “algo mais” que está escondido e que os sentidos comuns não podem perceber.
Só quem o possui sabe como funciona, sabe como é.
Chamem do que quiser, sexto sentido, intuição, percepção, insight.
Chamem como quiser. E saibam que estes elementos presentes nos homens de espírito, e ausentes nos homens de ciência (pelo menos, da ciência baseada em pura lógica e matemática) são os primeiros indícios de que a nossa evolução está acontecendo, e que a nossa mente está sendo transformada por energias que brotam da Terra e se casam com energias que descem do céu, como ocorre em todos os fins de ciclo.
Porque assim é a mente dos deuses extraterrestres, dos anjos e dos espíritos que se movem na luz incriada, sem formas, sem densidade, sem maldade, envolvidos na plenitude do amor e em tamanha pureza que o mundo não poderia conceber. Na verdade, nada desta esfera o mundo poderia conceber, tamanha é a sua estranheza aos nossos padrões existenciais.
Os homens de espírito são uma realidade evolutiva da mentalidade humana. Sextos, sétimos, oitavos e tantos sentidos quanto forem necessários para captar cada vez mais um universo real e desconhecido haverão de se manifestar em suas almas.
Porque essa é a direção da evolução, que jamais anda para trás, sempre para frente. Os homens de espírito estão a frente dos homens de ciência nesse sentido. Porque um homem espiritual pode ser muito lógico e tremendamente inteligente, na acepção mais plena da palavra. Mas um homem apenas lógico e racional dificilmente será espiritual no sentido de acreditar sem provas e saber sem deduções
Porque o verbo do homem lógico é raciocinar, e o verbo do homem espiritual é intuir.
O raciocínio nos leva a deduções imperfeitas, superficiais e por caminhos longos, penosos.
Mas a intuição pode nos levar a descobertas mais perfeitas, profundas e por caminhos curtos.
O processamento da razão demanda tempo, mas a realização da intuição é instantânea.
Sabe-se, e pronto. Depois basta que a razão busque as provas concretas por meio das deduções lógicas e elas chegarão num curto espaço de tempo, porque quando a intuição diz que SIM, só restará à razão, sua serva, trabalhar com segurança até encontrar a prova que procura.
Mas sem intuição, a razão se perderá sem um guia e andará em círculos, e suas definições teóricas repetirão as mesmas palavras de sempre, sem acrescentar o elemento novo que tanto procura.
Assim posto, o homem espiritual está mais completo que o racional, e por isso, mais adiantado na escala evolutiva que algum dia nos igualará aos deuses em quem temos acreditado, cada um da sua forma.
Portanto, céticos da razão, não me peçam para explicar mais. Porque mesmo que eu explicasse, não me faria entender. Os homens espirituais entenderão.
Porque a ciência não criou as leis que regulam o Universo. Ela apenas as constata em pesquisa.
Quem criou estas leis (o Espírito) é que tem autoridade para elucidar todos os mistérios em seu último grau.
Homens de espírito bebem a luz do Sol.
Homens sem espírito sequer sabem o que é a luz… apenas percorrem trilhas de sombras e projeções da verdade com seu raciocínio limitado.
Aprendamos a nos tornar homens de espírito com todas estas estrelas que brilham sobre as nossas cabeças, porque elas já foram, um dia, homens de espírito neste mundo, e que voltaram para a morada original, sem deixar de nos guiar com sua luz e inspiração totalmente claras para os homens de espírito que aqui nascem, fechando uma corrente eterna que não pode ser quebrada, por mais que os homens da ciência sem espírito o tentem.
Há três tipos de humanos:
Os humanos da ciência,
os humanos do espírito
e os humanos do consumo.
Humanos da ciência se dedicam a buscar o entendimento de como tudo funciona a partir do próprio fenômeno. Buscam a verdade, se colocando numa posição cética em relação a quase tudo, porém, no seu caráter analítico, por vezes se esquecem que sua ciência ainda enxerga muito mal as paisagens do Infinito que o espírito, com seus próprios meios, não só enxerga como as experimenta, porque nunca deixou de estar presente nelas, por mais distantes que se façam do nosso mundo material. É claro que a caminhada dos homens da ciência se faz extremamente vagarosa em relação a marcha dos homens de espírito que, cobrindo a ciência com a luz de outra fonte, se movem mais depressa no plano da realização íntima.
Porque o espírito é que cobre a ciência, não o contrário.
Se existe uma ciência capacitada a verificar as coisas como elas são, é porque, antes dela existir, um espírito criou as coisas como elas são, permitindo a existência da ciência.
Porque antes da ciência, veio a consciência.
Humanos de espírito se dedicam à busca da Fonte de tudo de forma consciente, e a partir dela, alcançar não só a compreensão de como tudo funciona, de forma interligada, como também a visão de que tudo pode ser superado a níveis muito mais elevados de experiência, experiência essa negada aos homens da ciência que ainda estão presos aos limites do plano racional de análise.
O campo de análise da ciência é a racionalidade.
O campo de análise do espírito é a consciência desperta.
Mas o campo de análise dos humanos de consumo é o desejo vulgar.
Bem, os humanos de consumo não se dedicam nem a ciência e nem ao espírito.
Apenas se dedicam a consumir o que estiver mais cômodo para eles.
Não são e nunca serão escala de medida para a evolução humana.
Pelo contrário, grande parte da decadência social é devida a eles.
Esses são aqueles que podemos chamar de GADO!
JP em 08.08.2019