As curiosas origens das expressões populares
Descubra nesse artigo a história por trás de 10 ditados e expressões que usamos no dia a dia!
1 – Calcanhar de Aquiles
O ponto fraco de alguém é chamado de “calcanhar de Aquiles” por conta da fraqueza desse herói da mitologia grega. Aquiles era um mortal, filho do rei Peleu e da deusa Tétis.
Na intenção de torná-lo imortal, sua mãe o mergulhou no rio Estige, segurando-o pelo calcanhar – único local que as águas não o tocaram e, portanto, a única parte vulnerável de seu corpo.
Na Guerra de Troia, Aquiles teria sido flechado justamente no calcanhar por Páris, que conhecia essa fraqueza.
2 – Cair no conto do vigário
O conto do vigário aconteceu no século XVIII na cidade de Ouro Preto entre duas paróquias: a de Pilar e a da Conceição que queriam a mesma imagem de Nossa Senhora. Um dos vigários propôs que amarrassem a santa no burro ali presente e o colocasse entre as duas igrejas. A igreja que o burro tomasse direção ficaria com a santa.
Acontece que, o burro era do vigário da igreja de Pilar e o burro se direcionou para lá deixando o vigário vigarista com a imagem.
3 – Quem não tem cão caça com gato
A expressão correta era “quem não tem cão, caça como gato”, ou seja, se você não tem um cão para encurralar a caça, você tem que caçar de uma maneira sorrateira, astuciosa, como um gato faz.
Com o tempo, a expressão foi modificada e perdeu seu sentido original.
4 – Pagar o pato
De acordo com a história, um camponês passava pela rua com um pato. Ele foi abordado por uma senhora que queria comprar o animal, mas não tinha dinheiro e por isso propôs pagar com “favores sexuais”.
Passado algum tempo, a mulher alegava que já tinha feito sexo suficiente para pagar o valor do pato, mas o camponês exigia mais pelo bicho. O marido da mulher chega em casa e encontra os dois discutindo e pergunta o motivo da briga.
A esposa explica que o camponês queria mais dinheiro pelo pato que ela havia comprado. O marido, para evitar mais discussões, oferece dinheiro para o camponês, literalmente pagando pelo pato.
5 – Sem eira nem beira
A expressão “sem eira nem beira” refere-se às casas dos pobres que não tinham “eira” (parte do telhado que protege as paredes da chuva) nem “beira” (beiral). No passado, as construções das casas refletiam o status econômico das famílias.
As casas mais simples, geralmente de pessoas pobres, não possuíam esses elementos arquitetônicos, o que as deixava mais vulneráveis às intempéries. Assim, dizer que alguém está “sem eira nem beira” indica que essa pessoa está sem nada, em extrema pobreza
6 – Lágrimas de crocodilo
Quando o crocodilo está digerindo um animal, a passagem deste pode pressionar com força o céu da boca do réptil, o que comprime suas glândulas lacrimais. Assim, enquanto ele devora a vítima, caem lágrimas de seus olhos.
Essa expressão é usada para descrever uma pessoa que finge tristeza ou arrependimento, derramando lágrimas falsas, assim como o crocodilo que “chora” enquanto devora sua presa.
7 – Custar os olhos da cara
A origem mais conhecida dessa expressão faz referência ao espanhol Diego de Almagro, um dos conquistadores da América, que perdeu um de seus olhos quando tentava invadir uma fortaleza inca.
“Defender os interesses da Coroa espanhola me custou um olho da cara”, teria afirmado o conquistador ao imperador espanhol Carlos I.
8 – Elefante Branco
No antigo Reino de Sião (atual Tailândia) o elefante branco era considerado animal sagrado e deveria ser dado ao rei quando encontrado.
O rei, por sua vez, presenteava os membros da corte com um desses raros animais. Apesar do custo e do grande trabalho em cuidar de um bicho desse tamanho, não pegava bem recusar o presente – afinal se tratava de um animal sagrado e um presente real.
9 – Chutar o balde
No passado, os condenados a forca ficavam em pé sobre um balde, colocavam a corda ao redor do pescoço, e aí o executor chutava o balde para que eles fossem enforcados.
Hoje em dia, a expressão é utilizada no sentido de “perder o controle”, “desistir de tudo” ou “abrir mão de algo”
10 – Cair a ficha
A expressão “cair a ficha” tem origem nas antigas cabines telefônicas, onde era necessário inserir uma ficha para fazer uma ligação. Muitas vezes, a ficha demorava a cair, impedindo o início da chamada. Assim, a expressão passou a ser usada para descrever o momento em que alguém finalmente entende ou percebe algo que estava confuso ou desconhecido.