Todos os cenários e personagens cósmicos descritos na antiga Suméria, o chamado berço da civilização humana (da atual ronda, a quinta ronda da Terra, quinto Sol, porque houveram quatro civilizações anteriores à nossa), existem nas culturas e tradições posteriores, com variações e adaptações.
Mas, essencialmente, são os mesmos registros.Pensar em Anunnaki e lembrar somente da Suméria é uma visão que nos castra a compreensão por melhor abrangência do tema.
São, todas elas, as mesmas entidades divinas em suas várias categorias, não obstante as adaptações que cada cultura diferente aplicou sobre o mesmo tema.E estudando as formas paralelas poderemos aprender muito mais sobre este vasto e interessante assunto!
Na mitologia grega, por exemplo, existem cinco classes de seres: Os deuses, os semi-deuses, os humanos mortais, as criaturas míticas e os seres inferiores, caídos.
Deuses são os Anunnaki sumerianos. São aqueles seres imortais que habitam no Alto Olimpo, a montanha sagrada, e numa mesma montanha sagrada, o Sinai, Deus (ou Deuses – ELOHIM) se manifestou/manifestaram a Moisés. Elohim é o termo plural de EL, Deus, e desse ponto de vista, ELOHIM criou o Universo em seis dias divinos.Uma pluralidade espiritual criou o Universo, Deus coletivo, e o politeísmo acontece aqui, como nas outras mitologias.
ELOHIM são os deuses, e NEFILIM, a parte que caiu do céu, termo que procede do verbo Nafelah, cair.São duas entidades distintas. O erro de muita gente é interpretar Anunnaki em geral apenas como seres caídos e inimigos da humanidade.Onde fica ELOHIM-Deus em todas essas estórias mal contadas, porque foram muito mal interpretadas?
ELOHIM, este é o termo que aparece no primeiro livro da Bíblia e primeiro capítulo:E ELOHIM disse: Faça-se a LUZ!
Aqui, a cosmologia do Universo, tal qual a ciência conhece (muito limitadamente) começou.
De uma multidão de seres divinos empregando o Verbo, a Palavra, a Frequência ou Vibração primordial para criar as formas e dotar-lhes de vida e consciência peculiares.
E no Sexto Dia, Dia de Deus, ELOHIM finalizou a criação com vida orgânica consciente, e lhe chamou de Adão, porque veio do barro (evoluções a partir do mundo mineral).O mesmo barro que forjou as estrelas.
ELOHIM são os Anunnaki. E Nefilim, são uma parcela destes espíritos que caiu da Ordem cósmica, e que se rebelou às ordens de ELOHIM e sua hierarquia principal, cabeça dos espíritos, chamado YHWH ou Metatron, ou Uriel. A Luz, primeira entidade cósmica criada.
E a mesma linha de pensamento da sabedoria antiga associou a cada astro e estrela do céu uma divindade inerente, que tinha no objeto em questão o seu templo e até mesmo seu corpo físico cosmológico. E o exército de estrelas era então o símbolo dos Anunnaki, dos deuses, dos ELOHIM primordiais. O Livro de Enoque relata esse pensamento e define o Arcanjo Uriel como o que foi preposto a todas as estrelas, e as conhece pelo nome, definindo suas hierarquias no Grande Livro cósmico do Zodíaco, forças e influências em ordem universal.
No equivalente grego, os Nefilim são aqueles Titãs, seres monstruosos que Zeus (YHWH) atirou no precipício.
Isso corresponde perfeitamente com os escritos apócrifos, como o Livro de Enoque, falando dos Anjos e dos seres divinos em luta contra os caídos, os Nefilim, estes que geraram os gigantes na Terra (os Enaquim) ao copularem com seres humanos em processos indevidos. A queda da serpente foi o sexo. Anjos não se reproduzem e não usam função sexual ou instintiva. Mas estes demônios usaram seus corpos físicos de forma indevida, já como primeiro ato de rebelião contra YHWH e ELOHIM, deuses ao seu comando.
Resultado, o nascimento de monstros, de demônios, de Titãs, todos sendo encarcerados no Tártaro, quer dizer, moradas subterrâneas, dimensões inferiores. Todos estes que a Ufologia chama de greys, reptilianos, etc, mas lembrando que estes seres não são somente alienígenas com corpo físico.Também são entidades incorpóreas de natureza desviada, decaída. Demônios, etc.
Elohim e Nefilim, deuses e demônios, e nesse meio, aparece uma terceira classe: os semi-deuses, que são metade humanos e metade divinos. Frutos do que a Ufologia moderna chama de hibridização. E ela pode ser positiva ou negativa, isto é, híbridos humanos com seres divinos superiores ou híbridos humanos com entidades caídas.Esta seria a classe intermediária entre os deuses (e os caídos) e os humanos mortais.
Então, entre as duas extremidades da realidade espiritual, céu dos ELOHIM e infernos dos Nefilim, estão os humanos mortais, estas sementes plantadas no Èden com potencial para os dois lados, Bem ou o Mal, conforme suas escolhas.E quem poderá prever qual direção a semente vai escolher?
Isso se germinarem, porque nem sempre germinam. A maioria permanece indiferente ao bem ou ao mal, em estado de adormecimento e inércia espiritual. Aqueles mornos que o Senhor do Apocalipse declara vomitar de sua boca, porque não lhe prestam serventia alguma.
Aos humanos mortais é dada a oportunidade de entrar em contato com os deuses e conhecer seus segredos e chaves de imortalidade e poder, desde que enfrentem todos os desafios, vençam todos os monstros, realizem todas as jornadas e superem todos os seus medos e fraquezas, provas e batalha, coisas que sempre encontramos nos textos sagrados em suas parábolas e metáforas com muito ensinamento voltado para o autoconhecimento e a reconexão com a divindade ancestral residual do homem mortal.
E enquanto os mortais não vencem a roda do tempo (Cronos, Saturno, o Karma) morrem e são levados ao Hades, esse mundo inferior que todas as culturas nomearam, de norte a sul, leste a oeste, como região existente e real, o Inferno ou plano inferior bíblico, o mesmo Hades, morada do deus Hades (Plutão).
A quarta classe de seres são aqueles que povoam o mundo mágico, sobrenatural e encantado, chamados de elementais (Shedim, na Cabala da Magia branca), estes míticos seres dos contos de fadas, dragões e unicórnios, sereias e tritãos, centauros e pégasus, ninfas e faunos, enfim, os elementais ou almas viventes dos quatro elementos, dos vegetais e dos animais. A Magia branca trabalha com as forças da natureza para manter a ordem e para corrigir a ordem, quando a desordem se instala. A magia negra viola estes poderes sagrados sempre causando desordem, porque se aplica em servir ao ego do portador, e não ao bem comum e a ordem natural.
E apesar do descrédito da moderna ciência cética, ateísta e materialista 3D, esses seres são absolutamente reais em suas existências nas dimensões paralelas do Universo e da Terra.
Na mitologia grega, o Tártaro é personificado por um dos deuses primordiais, nascidos a partir do Caos. As relações de Tártaro com Gaia geraram as mais terríveis bestas da mitologia grega, entre elas o poderoso Tifão.Dos deuses primordiais, nasceram os homens, os seres naturais e os monstros.
Essa é uma linha cosmogônica que se repete em todas as culturas.
Urano:
Urano (em grego: Ouranós, lit. “o que cobre” ou “o que envolve”), na mitologia grega, era a divindade que personificava o céu. A etimologia possivelmente tem origem no vocábulo sânscrito que origina o nome de Varuna, deus védico do Céu e da Noite. Sua forma latinizada é Uranus. Foi gerado espontaneamente por Gaia (a Terra) e casou-se com sua mãe. Ambos foram ancestrais da maioria dos deuses gregos.
Urano tem vários filhos (e irmãs), entre os quais os titãs, os ciclopes e os hecatônquiros (seres gigantes de 50 cabeças e 100 braços). Ao odiar seus filhos, mantém todos presos no interior de Gaia, a Terra. Esta então instigou seus filhos a se revoltarem contra o pai. Cronos, o mais jovem, assumiu a liderança da luta contra Urano e, usando uma foice oferecida por Gaia, cortou seu pai em vários pedaços. Do sangue de Urano que caiu sobre a terra, nasceram os Gigantes, as Erínias e as Melíades.
A maioria dos gregos considerava Urano como um deus primordial (protogenos) e não lhe atribuía filiação. Cícero afirma, em De Natura Deorum (“Da Natureza dos Deuses”), que ele descendia dos antigos deuses Éter e Hemera, o Ar e o Dia. Segundo os hinos órficos, Urano era filho da noite, Nix.Seu equivalente na mitologia romana é Caelus ou Coelus – do qual provém cælum (coelum), cuja forma aportuguesada é céu.
Wikipédia
Urano é o equivalente grego do pai dos deuses no politeísmo sumério, Anu, que significa Céu.Anu se casou com Ky, a Terra (equivalente de Gaia) e nasceram-lhe dois filhos, Enlil e Enky, além de Inanna (Vênus).
Urano também gerou Afrodite (Vênus) por castração, e seu sangue caindo sobre as águas do mar.Urano equivale a Anu, Gaia equivale a Ky, Enlil estaria para Saturno (o Karma implacável) enquanto Enki está para Afrodite, amorosa e sábia (porque Saturno e Vênus foram filhos de Urano).
Na Astrologia, verificamos as relações entre Urano, Gaia e seus dois filhos divinos, Saturno e Vênus, em relações próximas às encontradas entre os deuses primordiais sumerianos, Anu, Ky, Enlil e Enki.
Saturno é co-regente do signo de Aquário, morada de Urano, o céu e a dimensão estelar dos Anunnaki.Saturno tem harmonia com a casa de Libra, regida por Vênus, e Libra significa a balança da Lei e do Karma (fatores de ordem cósmica e manutenção da ordem).Touro é o signo de Gaia, a Terra, regido por Vênus.
São todas estas simbologias cosmológicas da criação do céu, da Terra, dos elementos e das inteligências primordiais.Se ELOHIM é um termo genérico para todos os deuses operantes do Universo vivo, entre eles existem hierarquias e classificações segundo o raio e grau de posição na escala cósmica.
O Cosmos se torna como um grande edifício que abriga uma empresa, com vários funcionários, de todas as categorias e níveis, a serviço de um líder maior.Urano, Anu, YHWH, Varuna, Odin, cada religião antiga nomeou seu Ser Supremo e suas entidades auxiliares.
Todos aqueles filhos monstruosos de Urano, encerrados na Terra, podem ser associados aos Nefilim bíblicos ou demônios (Anjos caídos).
Urano, contudo, gerou aqueles outros deuses primordiais, estes que nomeiam os planetas (Vênus, Saturno) e destes nasceram outros deuses (Júpiter, Plutão, Netuno).
Estes deuses primordiais, os que carregam a ordem planetária em suas esferas orbitais, são equivalentes dos Sete Arcanjos da Bíblia hermética e apócrifa (uma vez que a Bíblia tradicional só nomeou três arcanjos, Miguel (Sol), Gabriel (Lua) e Rafael (Mercúrio).
Estes Sete espíritos seriam os deuses de primeira grandeza hierática diante do Trono do Criador YHWH, espíritos destacados do Coro de Elohim em suas funções de “cosmocratura”, criadores e sustentadores de mundos.
Os deuses menores seriam todos os outros listados na mitologia, aqueles que correspondem aos setenta e dois gênios da Cabala, com funções menores no Universo. Mas todos eles compondo o coro de ELOHIM, ou deuses, numa concepção generalizada.
Com variações entre uma cultura e outra, a verdade sobre as várias classes de seres é única, e podemos agrupá-las em cinco grandes classes:
Deuses, semi-deuses, humanos mortais, seres naturais e demônios.
Algumas correntes de pensamento arredondaram a identidade dos Anunnaki sumerianos para demônios e entidades inimigas da humanidade, o que ilustra um grande desconhecimento das culturas paralelas e suas definições análogas, além de uma especulação intelectual dos mistérios do espírito, sujeita sempre a gravíssimos erros, porque estes mistérios do espírito não podem ser decifrados por especulação intelectual, mas somente por iluminação espiritual desperta., sendo preciso falar de “igual” com os deuses para que possamos compreendê-los bem.
Mas hoje, os papéis se invertem, e o humano mortal arrogante julga-se totalmente capacitado para estabelecer critérios e definições para os seres sagrados de um passado que nem pode mais se recordar, e se não fossem as tais tabuinhas, os tais livros sagrados, os tais pergaminhos e as tais pedras, templos e monumentos, bem como as tais tradições antigas, essa humanidade moderna sequer saberia que estes seres existiram um dia… e existem para sempre!
JP em 25.08.2020
A cosmologia dos quatro deuses primordiais
O que quatro culturas tão afastadas – bíblica, sumeriana, chinesa e grega – têm em comum?
Aliás, não somente estas quatro, mas diversas outras culturas, afastadas no espaço e no tempo, mas preservando conceitos muito similares entre si?
A cosmologia velada em seu panteão central de quatro deuses, ou família divina original do Universo, formada pelo Deus criador, sua esposa a Terra, e seus dois primeiros entes criados ou filhos.
Quatro elementos, quatro estados da matéria (energia), quatro forças primitivas, quatro direções, enfim, o simbolismo universal quaternário é extremamente vasto e presente em todas as culturas antigas e seus mitos primordiais da Criação. Todas elas comportando um princípio superior chamado Pai, geralmente masculino e associado ao céu ou primeiro elemento, fogo ou éter, ou ainda, energia, ou a Palavra. Oposto a ele, o princípio inferior, chamado Mãe e associado a Terra, a matéria e Mater-Mãe, a base da criação do Pai.
Este casal primordial têm dois filhos. Dois irmãos ou um casal.
Na cena da Bíblia, YHWH (IEVE) é o Pai criador, e o Éden, a Terra, chamada também de Eretz (não aparece objetivamente como esposa dele, mas cenário material da criação). E seus dois filhos, o primeiro casal, Adão e Eva (sem contar os outros seres criados por YHWH, os Anjos, e a parte caída, os Nefilim).
Na mitologia sumeriana, ANU, o céu, foi pai de todos os seres, e sua esposa, Ki, a Terra, a Grande Mãe, também chamada Ninmah, a Grande Dama, ou Nin-Hur-Sag, a dama da montanha cósmica.
Do casal, nasceram dois filhos principais, Enlil e Enki. O primeiro, vingativo (o Karma) e o segundo, compassivo (a Misericórdia). Anun governava o céu, o éter, a energia da Palavra, enquanto Ki governava a Terra, a matéria, o elemento denso. Enki e Enlil polarizavam-se em ar e água.
Na mitologia grega, a mesma coisa. Urano, o pai criador, o céu, se uniu a Gaia, a Terra, esposa, e dentre os muitos filhos, incluindo seres monstruosos, nasceram dois deuses do panteão principal: Saturno (Cronos) e Vênus (Afrodite).
Vênus, nascida das águas do mar, pode ser associada a Enki, deus das águas e da sabedoria, enquanto o punidor Enlil se associa a Saturno, o Karma, o tempo, as duras experiências e seus resultados.
E por fim, no lugar mais impensado, a mitologia chinesa-taoísta e seu diagrama cósmico, o I Ching, a Roda dos oito elementos e o Livro das Mutações. Quatro elementos centrais são destacados, e eles se alinham perfeitamente com a cosmologia dos mitos anteriores.
No topo do diagrama, composto de oito trigramas em disposição circular, está o princípio Céu, K’ien (três barras inteiras) e oposto a ele, na base, o princípio Terra, K’uen (três barras segmentadas). A esquerda e a direita, o fogo e a água, Li e K’an. Os filhos do meio daquele casal. O fogo se associa a Enlil e a água, a Enki.
O fogo é representado com uma barra central partida cercada por duas barras inteiras, enquanto a água é o inverso, barra central inteira cercada por duas barras quebradas.
Na linguagem do I Ching, a barra inteira é Yang, o masculino, e vale 1, enquanto a barra quebrada é Yin, o feminino, e vale zero na mesma codificação binária.
Ou seja, princípios fundamentais da cosmologia universal, e é muito amadorismo interpretar essas potências, ora criadoras, ora destruidoras, na forma de deuses temperamentais, malvados e vingativos, inimigos da raça humana, como temos visto em vários discursos ignorantes sobre os mistérios da criação e sua rica simbologia cosmológica nestes panteões sagrados.
ANU é o Criador, a energia primordial, a Palavra, enquanto KI, a Terra, é a matéria. Aqui temos a primeira polarização binária da criação, matéria e energia. E seus dois primeiros filhos seriam a segunda polarização da criação, saída diretamente dos jogos de matéria e energia. O masculino e o feminino, o dia e a noite, nascimento e morte, enfim, a segunda dualidade que, somada à primeira, completa a estrutura da Roda e os ciclos da Criação dentro do que chamamos TEMPO.
Isso explica porque a CRUZ é o símbolo mais presente nos simbolos mitológicos do passado, associados aos quatro deuses e a Criação do Universo que se completa na criatura consciente e inteligente, o ser humano.
Cristo na Cruz, sob a leitura INRI, potência do fogo universal criador, é outra bela página do esoterismo crístico desconhecido pelas doutrinas da letra morta, fogo chamado VERBO e que pode encarnar e ressoar na potência mental dos seres cristificados pelo poder do NOME, que também é quaternário: YHWH.
Porque Cristo, no centro da Cruz, completa o quinto elemento da mesma Cruz ou família de quatro membros, que estão nas bordas da Roda, girando na Eternidade dos ciclos sem fim.
A simbologia crística reside no centro da roda como solução final do grande enigma cósmico proposto pelo mais antigo e elementar dos símbolos. Se a Cruz é o tempo como resultante final dos quatro agentes cósmicos, Cristo é a eternidade que transcende o tempo, o que explica sua Verdade falando em resgate do Adão imortal que a humanidade já experimentou um dia.
Grande é a sabedoria antiga, infelizmente sendo destruída pela especulação racional cega e ignorante de muitas vertentes do pensamento moderno. Se a ciência moderna investigasse mais a fundo estes modelos cosmológicos por detrás de todas essas simbologias religiosas do passado, poderia compreender muito mais o Universo em mutação, já que todas estas informações simbólicas foram passadas aos nossos ancestrais pelos deuses astronautas, tentando nos ensinar e nos tornar nivelados com sua consciência para que, um dia, a declaração de ELOHIM, o Anunnaki bíblico, se cumprisse:
“Eis aí fiz o homem a minha imagem e semelhança”.
“Eis aí que o homem é como um de nós, conhecendo o Bem e o Mal”.
JP em 26.08.2020