A Pedra Sagrada do Arcanjo Miguel
(parte 1)
A Pedra mais dura do mundo, até mais dura que o diamante, é uma pedra negra, (apesar dos tons de azul escuro como safira) e foi encontrada pela primeira vez no espaço! (Noticia no final da matéria)
E a pedra negra possui algumas interessantes notas proféticas e cosmológicas antigas.
Aliás, esta descoberta está cercada de elementos sincronitários impressionantes.
Duas referências antigas importantes sobre o valor da Pedra negra: a obsidiana para os maias e a pedra negra da Caaba, para os árabes.
A Obsidiana, geralmente negra, pedra vulcânica, era uma pedra sagrada para os maias, e só perdia para o jade em termos de sacralidade (o jade, uma gema verde equivalente a esmeralda, representando os valores da vida, da alquimia, da ressurreição e da imortalidade).
A obsidiana vulcânica (e a Carmeltazita é igualmente uma pedra relacionada a vulcões) era usada em praticamente tudo pelos povos maias, de armas a objetos rituais, adornos, jóias, vasos, espelhos, etc. Facas ritualísticas eram de obsidiana.
Trata-se de uma pedra relacionada ao submundo, ao Xibalba, a escuridão, ao oculto, morte, lua, etc.
Na Kabala, a Lua governa o submundo, onde Dante Alighieri, em sua jornada espiritual, contou nove andares (a Divina Comédia). Esse número de andares do submundo é o mesmo computado pelos antigos maias, o mundo Ctoniano, o Xibalba, o Inferno, Hades, Tártaro, Sheol, etc… praticamente todas as culturas falam da existência de um submundo inferior e repleto de espíritos inferiores, guardados todos eles ali pelo portal da Lua. Ou ainda, a Pedra fundamental, que seria a própria tranca do Inferno.
Pedro foi chamado por Jesus de Pedra, e seria a base da Igreja contra a qual o Inferno são subiria, e o próprio Dante localiza em Jerusalém a entrada para o Inferno, fazendo da cidade sagrada a pedra espiritual que lacra a entrada (e a saída dos espíritos inferiores daquela dimensão).
Na Árvore Sefirótica, a Lua ocupa a posição 9, e é chamada JESOD, ou Fundamento, vista como uma pedra cinzelada muito dura, que fornece a base sólida e segura para a edificação dos céus acima dela, e da Terra, centralizados no Sol, o coração vital da mesma Árvore da Cabala, na posição 6: Sol-Lua, 6-9, Yang-Yin, o duplo movimento.
Jesod, a Lua-fundamento do céu, representa a castidade, a virtude moral, muito dura e resistente contra o inferno das tentações, por isso ela é, do nosso templo interno, a pedra fundamental. Tendo essa pedra por base, o Espírito Santo então inicia a reedificação do templo interno, para resgatar o homem imortal, como originalmente eram Adão e Eva antes da queda na fraqueza carnal e moral (luxúria e desobediência ao Criador).
A essência do Bodhisattva, alma-diamante, que se torna o canal da luz do Espírito solar, Tiphereth-6, multiplicando-a com sua própria inteligência e virtude conquistadas.
Mas a simbologia da pedra negra vai além.
Ela representa a origem da própria origem, o fundamento do universo antes mesmo da Criação, as águas primordiais ou a substância original de dureza absoluta (eternidade) que, ao ser golpeada pelo Verbo divino, fez levantar a faísca, e esta faísca gerou a Luz e deu origem a Criação: Fiat Lux numa concepção análoga ao Big Bang.
E essa pedra negra raríssima, dureza 11 (diamante = 10),
encontrada em Israel, no monte Carmelo, monte familiar do profeta Elias, recria um cenário perfeito, profético e simbólico, para ilustrar o próprio Éden, a mais bela Criação do Verbo neste mundo, fazendo de Israel (não a atual Israel) a pedra eleita de Deus.
Uma pedra negra também é relíquia sagrada para os Muçulmanos, instalada em sua Caaba, dentro de uma armação circular de prata. As tradições do Islã dizem que esta pedra caiu dos céus e era originalmente branca como a neve, mas foi se tornando negra por causa dos pecados dos homens. Podemos estender isso ao mito do primeiro Anjo, que era divino mas ao cair dos céus, se tornou negro, carregado de todos os pecados da humanidade que ele mesmo neste mundo espalhou.
Inclusive a pedra já foi antes detectada em rochas espaciais, o que fortalece essa conexão com a queda dos Anjos na antiguidade.
Zr Al2 Ti4 O11
A fórmula química da Carmeltazita.
Zircônio, Alumínio, Titânio, Oxigênio.
E observando os números atômicos de cada um destes elementos, temos:
Zr = 40, Al = 13, Ti = 22, O = 8
Somando tudo, fica, 40+13+22+8 = 83, 8+3 = 11.
E inclusive o radical 11 para o Oxigênio dentro da molécula.
E a dureza relativa da pedra é 11, acima do diamante, que vale 10.
Se o diamante 10 é a pedra da Criação, a carmeltazita 11 representa a pedra das origens, anterior a criação, o seu próprio fundamento.
A estrutura cristalina desta pedra é uma coleção de tetraedros e octaedros, envolvendo os titânios, alumínios e zircônios.
Além de tudo isso, a descoberta desta pedra em Israel, no monte Carmelo, apresenta uma conexão muito direta com o profeta Elias, que tem naquele monte um dos seus cenários familiares, segundo a Bíblia.
Para entender melhor o título A PEDRA DO ANJO MIGUEL, temos que fazer a relação apropriada entre este Anjo e sua encarnação mais famosa, o profeta Elias, e depois, o profeta João Batista, preparando os caminhos do Senhor Jesus Cristo em Israel, conforme o livro do profeta Malaquias, aquele que fecha o Velho Testamento.
Mas é no livro do profeta Zacarias, aliás, o profeta 11, que iremos encontrar as relações mais significativas.
No capítulo 3 de Zacarias, o Anjo Miguel aparece diante do Sumo Sacerdote Josué, e ao lado dele, Satanás, para tentá-lo. Depois de reprimir Satanás, Miguel abençoa o sumo sacerdote, como que salvo da fornalha, e ordena que se lhe troquem as roupas sujas por roupas limpas, e se lhe bote uma coroa. E depois, lhe entrega a função de guardião dos assuntos da Casa de Deus.
Neste capítulo 3 e também no capítulo 4, o Sumo Sacerdote Josué, nome que é similar a Jeshua (Jesus, Salvador), é associado a PEDRA. Como Pedro apóstolo foi associado por Jesus Cristo a uma pedra, base de sua nova igreja, assim, antes de Pedro, a associação foi feita ao sumo sacerdote Josué pelo Anjo Micael (Miguel), que foi Elias, e subiu aos céus, para voltar no final dos tempos. O Sumo Sacerdote Josué foi como pedra cinzelada nas mãos do Anjo Miguel, e apresentada diante de Zorobabel, o grande capitão encarregado da reedificação de Jerusalém e do templo, quando então estes dois nomes, o capitão Zorobabel (o Renovo) e o Sumo-sacerdote Josué, são associados às duas testemunhas do Apocalipse (11).
Josué é comparado a uma pedra de sete olhos, e um prumo, que seria usada para regular os caminhos da Nova Igreja de Deus na Terra, no futuro reino.
Portanto, especialmente no livro de Zacarias, vemos o anúncio desta pedra especial nas mãos do Anjo (o próprio Sumo Sacerdote), a pedra fundamental do novo templo, que não é deste mundo, tal como a pedra carmeltazita é espacial, e agora, de forma inédita, encontrada em Israel. A mesma pedra fundamental do Novo reino que, como declara Daniel, capítulo 2, foi arrancada dum monte, não por mãos humanas, e estilhaçou os pés da estátua do sonho do rei Nabucodonosor, ou seja, a imagem dos quatro reinos deste mundo falso, destruído antes que venha o reino de Deus, que será erguido sobre aquela pedra, que descerá para a Terra e se erguerá como um monte, depois que o ídolo tiver sido reduzido a poeira.
(continua)
JP em 18.01.2019