A estrutura arquitetônica da grande pirâmide do Egito é algo surpreendente, repleta de conexões com a Terra e o céu, pontos cardeais, coordenadas geográficas, alinhamentos com estrelas, além de seus símbolos de significados energéticos ou amplamente espirituais.
Porém, existe uma medida dentro dela com uma correlação surpreendente: o arco-íris.
Os ângulos de separação entre as faces da grande pirâmide do Egito correspondem aos ângulos necessários para a visualização de um arco-íris: 42°
É esta concentração de raios perto do menor desvio que dá origem ao arco do Arco-íris. Este raio é denominado de Raio Descartes ou do Arco-íris.
Em outras palavras, o Arco-íris se forma exclusivamente entre os ângulos de 40 a 42 graus, em relação do observador aos raios de sol.
Os números 40 e 42 também tem referências místicas, tanto na cultura judaica (os 40 dias ou 40 anos de penitência no deserto) e egípcia (os 42 juízes assessores de Osíris no grande tribunal).
Essa relação entre a pirâmide e o arco-íris, portanto, é outra confirmação de que os antigos egípcios tinham nela não um edifício fúnebre, mas sim, a ponte que ligava o céu e a Terra, conduzindo a alma do faraó em sua ascensão às estrelas, algo que o código Órion demonstra também.
Porque o arco-íris era considerado justamente isso, uma ponte entre os dois mundos, terrestre/humano e celeste/divino.
A ponte da imortalidade = Pirâmide, nome que se forma da palavra grega “pyra” que quer dizer fogo, luz, símbolo e “midos” que quer dizer medidas.
Pirâmide = a medida do fogo ou medida da luz.
E seu nome egípcio é TA KHUT, “morada da luz”.
Com a medida do fogo, a luz retornará à sua morada.
Traduzindo, a pirâmide restaura a medida divina no homem mortal, o que lhe permite retornar às estrelas, sua morada original.
E se o arco-íris é luz, então o ângulo de 42 graus de modo algum é casual, mas intencional dentro da sua mensagem.
Se o voto daqueles 42 juízes fosse favorável, Osiris concedia a ressurreição à alma suplicante do falecido no grande tribunal.
A analogia é clara e liga os dois mundos, pessoal e cósmico.
Porque nossa luz interna, a luz da morada física da alma, é condensada em sete núcleos de energia, os quais, se restaurados (chakras) promovem um renascimento interno.
Se o corpo é a morada, a pirâmide é sua analogia. Restaurar a luz em seus sete centros nervosos é o caminho, a partir da reconexão entre o inferior e o superior, entre o kundalini e o centro do pensamento (cérebro), o que também é uma ponte de sete escalas cromáticas.
Aliás, é através de um objeto chamado prisma, que é parecido com uma pirâmide, que a luz pode ser decomposta em suas sete cores essenciais.
A grande pirâmide sempre representou uma analogia com o corpo imortal restaurado que se torna morada da luz e se faz pronto para a ascensão.
Como o próprio Órion, caçador que, após a morte, foi transformado em estrelas.
Ou Osíris, na liturgia egípcia original.
JP em 02.07.2023