É uma escultura com forma humana e cabeça de touro. Além disso, encontraram uma máscara de 1,40 metros por 1 metro.
A estátua que tem causado medo em muitos turistas está localizada a 4 metros de profundidade no Lago Mari Menuco (“dez pântanos” na língua mapuche), na província de Neuquén, Argentina.
O Minotauro tem um metro e meio de altura e pesa aproximadamente 250 kg.
Conforme noticiado pelo jornal local LM Neuquén, além dos dois chifres típicos do ser da mitologia grega, a estátua é de ferro e concreto esconde um coração dentro de um cofre com cadeado.
O achado
Durante os meses de março e abril deste ano, muitos visitantes do Mari Menuco denunciaram a presença aterrorizante.
Uma dessas pessoas é Cristian – uma testemunha que preferiu permanecer anônima para proteger sua identidade – que disse ao jornal que estava andando de caiaque em 10 de abril, quando percebeu que havia “algo” estranho debaixo d’água.
“E lá eu vi, era um minotauro. Primeiro eu estava com medo. Existem muitos mitos sobre a água e todos nós rimos, mas acho que há algo de verdade. Ou pelo menos, naquele momento, todas as dúvidas que eu tinha sobre seres sobrenaturais foram confirmadas. Era um minotauro”,
disse o jovem de 23 anos, descrevendo sua reação ao ver o ser feito de ferro e cimento.
Como ele contou, assim que o viu, seu primeiro instinto foi remar a toda velocidade para a margem.
Então ele relaxou, levando em conta que havia pessoas ao redor que não sabiam de sua presença. Reunindo coragem, ele desceu do caiaque e tentou nadar em direção a ele, mas não se atreveu.
Em vez disso, optou por sair do lago e contar ao primo, que não acreditou nele e teve que ver com seus próprios olhos. A impressão de seu parente de 18 anos foi a mesma que a dele.
“Vi seu rosto assustado e ri, disse a ele: você viu que não acreditou em mim, aí está”,
lembrou Cristian.
Quando não sentiram mas medo, decidiram mergulhar, porém não conseguiram tocar a escultura porque não tinham os elementos de mergulho para alcançá-la — sem equipamentos para mergulho.
“Depois daquele dia, tornei-me fã de água”,
disse o jovem.
Embora não pudessem chegar perto o suficiente, eles conseguiram olhar para ele e ficaram obcecados com o assunto, estudando-o e chegando à conclusão de que não tinha nada a ver com o quão aterrorizante sua aparência.
Geração Ko
Cristian investigou o que significava a presença de um Minotauro debaixo d’água e surgiu o termo Gen Ko. Levando em conta a visão de mundo Mapuche, refere-se às energias protetoras de cada lugar, sendo ko a água.
“Cada elemento da natureza tem o seu e é por isso que os Mapuche sempre pedem permissão para entrar na água ou para cortar uma árvore. Essa permissão é solicitada a este Gen ko”,
explicou Cristian.
Essa cultura sustenta que quando esses elementos naturais se sentem atacados, eles aparecem.
Segundo Lefxaru Nawel, da comunidade Lof Newen Mapu da Confederação Mapuche de Neuquén, quando se trata de grandes lugares, como um rio, um lago ou uma montanha, esses Gen Ko são personificados em animais ou em coisas sobrenaturais.
Portanto, o Minotauro poderia significar essa proteção.
“Eles estão sempre lá, mas nem todos podem vê-los. Sempre pedimos permissão para intervir, quando entramos no lago ou em cerimônias. Na nossa cultura, existem pessoas que conseguem vê-los em todos os elementos naturais”,
comentou Nawel ao ser questionado por LM Neuquén.
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Como o Minotauro é uma entidade típica da cultura grega, a presença dessa imagem no referido lago pode ter origem em alguma obra moderna de artista local alinhado com aquela cultura e seus significados derivados.
JP em 18.04.2023