Enquanto a existência de seres extraterrestres é discutida entre vários grupos da população – de leigos a especialistas sobre o assunto – uma minoria afirma com veemência que eles não só existem, como alguns já vivem entre nós. É o caso do ufólogo Jorge Facury, morador de Sorocaba (SP). Durante anos, ele afirma ter se correspondido por cartas com um grupo de ETs que vive no Brasil.
“Mantive contato de uma forma diferente do que as pessoas imaginam. Não houve abdução, nunca encontrei um extraterrestre, mas conversei por cartas durante muito tempo”, conta Facury. Porém, para chegar a esse ponto, a “relação” com a ufologia começou cedo. Na infância, ele e o irmão, Michel, passavam horas olhando para o céu à procura de objetos. “Parecia que ele sentia saudade de alguma coisa”, afirma Michel.
Mas foi na década de 80, já morando em Sorocaba, que o então adolescente teve seu primeiro contato com o mundo dos Ufos. Na época com 18 anos, Jorge estudava na escola Antônio Padilha, no Centro. Quando ia da quadra para o prédio da escola, sozinho, viu uma cena que chamou a atenção. “A linha do horizonte estava vermelha, parecia em brasa. Achei que era um incêndio e subi numa mureta para ver melhor. Foi quando percebi que, na verdade, era uma forma luminosa. Em um milésimo de segundo, ela se projetou do horizonte até o ponto imediatamente acima de mim. Parecia uma bola de fogo”, relata.
Logo em seguida, ele afirma que, tão rápido quanto chegou, o objeto foi embora. A cena ficou na cabeça do homem e nunca mais saiu. “Me lembro perfeitamente. Era 27 de outubro de 1983. Fiquei abalado emocionalmente”, diz Facury. Depois, o interesse pela ufologia só cresceu, e ele e o irmão passaram a “caçar” óvnis em várias cidades.
Depois de várias aparições, Jorge decidiu dar um passo à frente. “Escrevi uma carta para uma revista pedindo que, se houvesse algum extraterreste lendo, me respondesse a carta. Recebi várias cartas tirando sarro, me chamando de louco, mas também recebi a resposta que eu queria. Era uma extraterreste que dizia morar em uma “base” em São Lourenço, em Minas Gerais. A partir daí, passei a me comunicar com ela e descobri que ela era uma criança, princesa do povo dela”, conta o ufólogo.
Mais tarde, Facury diz que acabou se correspondendo também com outros extraterrestres do mesmo grupo. Ainda segundo ele, as cartas vinham de um endereço na cidade mineira cuja moradora os ETs diziam controlar por hipnose. Curioso, o ufólogo foi até o local e descobriu que a dona da casa, uma idosa, tinha realmente o nome que os ETs citaram, mas disse não saber nada a respeito de cartas enviadas a ele. O contato foi interrompido depois que a suposta princesa voltou ao local de origem, um planeta com seis luas e céu cor de vinho.
Atualmente, os irmãos Facury são reconhecidos na área por vários grupos de estudos ufológicos. Jorge, inclusive, tem um livro publicado sobre o assunto. Na semana passada, os dois deram uma palestra no 1° Encontro Ufológico de Sorocaba e relataram os acontecimentos que os tornaram especialistas no assunto. “Nunca tivemos a intenção de ser ufólogos. As pessoas que nos intitularam assim”, diz Michel.
Fonte: G1