Seria como dizer que a Medicina é má por colocar culpa nas pessoas que querem curtir os prazeres proibidos da vida, cigarros, álcool, comida gordurosa, etc e etc, sem se sentirem culpadas. Mas existe o certo e o errado, existe o que faz bem ao homem e o que faz mal.
Inferno? É claro que ele existe. É o somatório de todas as coisas erradas que os homens fazem, unificados segundo suas semelhanças de comportamento. Ninguém nasce num lugar ou determinada situação por acaso. Por mais que estudemos as funções de onda ou o comportamento binário da existência a luz da física quântica, ainda se duvida da infalibilidade da viga mestra do Universo, chamada Causa e Efeito. Ensinar causa e efeito para as pessoas deveria ser a única religião, ciência e metodologia de ensino na construção da nova e sã consciência.
O que hoje a gente chama MATRIX, os budistas antigamente chamavam de RODA, isto é, aquela sensação de estar preso dentro do tempo, rodar, rodar sem sair do lugar, vendo o futuro repetindo o passado…
Quebrar a Roda é que são elas!
E de tanto rodar é que a humanidade está cada vez mais tonta… quase vomitando pelo efeito insuportável da repetição. Uma vez vi um filme que me impressionou: o fantasma acusador de uma mãe apareceu ao seu filho e lhe disse: estou no Inferno… sabe o que é o Inferno? é a repetição, da repetição, da repetição sem fim. Voce não cuidou de mim em vida, voce me abandonou, mas no Inferno, terá que fazer tudo por mim, milhares de vezes, dia e noite, sem descanso, até enlouquecer. O inferno é a repetição. Porque não há nenhuma originalidade no ego e nos seus desejos… eles são pura repetição escravizante…
Realmente, a busca pelo novo é o prazer da alma.
Uma vida presa a uma rotina maciça enlouquece qualquer um. Por isso, penitenciárias pioram os criminosos, ao invés de melhorá-los. O confinamento na mesmice é a pior tortura existente. Vemos essa repetição em toda parte. O Nirvana de Buda é o Novo, é a experiência que cresce em função do tempo,é a expansão da consciência para alhures, mas o ego se petrifica em sua rotina materialista e se fossiliza na própria ignorância, e nela se acorrenta.
Quebrar a Roda é a genuína liberdade.
As pessoas pensam que são livres, mas ninguém é livre de fato. Mais a frente, temos o encontro marcado com a morte, e a repetição de todo o processo no futuro, nascer, crescer, ter que aprender tudo de novo e, mais uma vez, morrer e voltar ao pó.
Essa era a batalha sagrada de Buda: contra a ilusão do tempo, da roda, da Matrix, cujo mecanismo essencial aprisionador é a repetição. Buda dizia que a verdadeira batalha não era a do bem contra o mal, mas a da sabedoria contra a ignorância, porque a ignorância era a causa de toda a dor, sofrimento, escravidão ao eu, ao corpo e seus desejos incontroláveis… mesmo depois da morte, no psiquismo doente dos desencarnados…
E quanto a Igreja?
Esta igreja deixou de ser a representante de Jesus Cristo na Terra desde os primeiros concílios papais, que foram gradualmente modificando a lei original, dando um golpe autoritário evidente na famosa infalibilidade papal, o que lacrou de vez a sentença do engano. Dai, usando a manipulação das mentes pela distorção do alvo real das religiões, passou a se aliar com os reis da Terra, Imperadores e latifundiários, criando uma aliança sólida de governo autoritário e absolutista.
Desde então, e muito fortemente nos tempos da Inquisição, a Igreja caiu em trevas, tanto que ela é chamada de Rameira no Apocalipse, ou Prostituta. Porque a Imagem da Igreja sempre foi a da Virgem pura, Imaculada, o Santuário da Vida. A referência à Prostituta revela que a Igreja (todas elas, católicas ou protestantes) vendeu seus conhecimentos mais puros por interesses mundanos ao se aliar com os governos seculares.
E nesse sentido, o Iluminado João de Patmos acertou outra vez, chamando estas duas instituições mundanas aliadas, a Política e a Religiosa ou Eclesiástica, de Primeira e Segunda Bestas, respectivamente, essas duas colunas da Nova Ordem Mundial.
Mas fica difícil falar da Igreja real, da Religião autêntica e dos reais propósitos das letras espirituais na Terra diante de tanta sujeira.
Porém, uma coisa é certa: a lei de Cristo ensina que devemos perdoar nossos inimigos e nos sacrificar pelos semelhantes, enquanto os terroristas fazem exatamente o inverso, ou seja, massacram todos aqueles que se recusam a lhes obedecer.
Vemos claramente a existência de duas correntes aqui, a corrente do amor e a corrente do ódio. Ou seja, a corrente crística, que deseja conquistar a alma pela força do amor, e a corrente satânica, que quer possuir o mundo a força, por assalto, matando e escravizando os que se recusarem a sua Doutrina e Nova Ordem.
Tudo está absolutamente claro e no mais fiel cumprimento do que foi anunciado antes pelos iluminados que pisaram neste mundo.
Cristo é o único acesso ao Reino de Deus.
Porque ele é este Reino.
E a Igreja começa com o que cada um faz no próprio corpo e o que acende no altar do seu coração…