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Os quatro mundos da Cabala e o mapa do Universo

O Universo foi mapeado pelos cabalísticas, e a numerologia foi fundamental aqui para compor suas estruturas.

Quatro, Sete e Dez a partir do UM
UM, quatro, sete, dez (1,4,7,10) e de 3 em 3, lá aparece outra vez o código de Nikolas Tesla.

Um é a Unidade primordial, e quatro revela a forma das coisas. Sete é a sua estrutura completa definida, enquanto dez inventa o tempo, o ciclo, que passa a funcionar no Universo criado e terminado.

A Árvore Sefirótica tem dez níveis, estando a Terra no nível mais baixo, o reino material, enquanto o trono do Pai está no nível mais alto, a Coroa da Criação.

Essa Árvore cósmica, que se eleva da Terra ao céu, ou do plano material ao espiritual, tem quatro níveis ou camadas, os quatro mundos da Cabala, a mesma identidade do Sagrado Tetragrama, as quatro letras do Nome de Deus, os quatro elementos, etc.

1) ATsILUT (Emanação)
É o primeiro nível das coisas antes mesmo de serem criadas, é a Fonte primordial, Deus em estado puro.
Equivale ao Pai.

2) BRIAH (Criação)
A Criação do Universo a partir dos elementos emanados da Origem, matéria prima. O Verbo, a Palavra, é o agente criador.
Equivale ao Filho.

3) ITsIRH (Formação)
As coisas começam a tomar forma, a se manifestar como são, céu, Terra, Natureza, pessoas, vida. A Criação toma forma e assume vida.
Equivale ao Espírito Santo.

4) HwShIH (Produção)
Aqui a vida criada entra em processos ciclicos que dispõem produção à matéria, que se multiplica, se transforma, se recicla.
Equivale ao ser humano.

A Tétrade Sagrada
1+2+3+4 = 10

O Dez fecha o ciclo da Criação. A Terra e a vida na Terra está na posição 10 da árvore sefirótica, a base de tudo, o Reino, Malchut (reinos).

Associações com os quatro elementos.

O fogo é a Emanação (a imagem do espírito puro)
O ar é a Criação (a palavra, a respiração)
A água é a Formação (o elemento donde a vida nasce).
A terra é a Produção (a matéria se torna estável, a vida se transforma e a roda/ciclo começa a girar).

Nem todas as analogias dos estudiosos combinam com essa.
A grande maioria inverte as posições do ar e da água.

Os valores numéricos

ATsILUT (527)
BRIAH (218)
ITsITH (305)
HwShIH (385)

Somando 527+ 218+305+385 = 1435.
E 1435 soma 13, que soma 4 (o Tetragrama, que retorna aos quatro níveis cósmicos).

O 13 é a grande chave da Obra, porque significa a transformação cíclica que impõe movimento eterno à grande Roda do Sistema.

Por isso, a soma dos níveis já manifesta a roda:
1+2+3+4 =10.

A analogia humana

O ser humano é a árvore da vida em miniatura, com seus dez pontos, sete chakras e quatro níveis, por igual.

O primeiro nível, a emanação (Atsilut) equivale ao plano mental e seus dois chakras nervosos (coronário e frontal) porque a mente é a fonte, o pensamento é a primeira emanação da alma encarnada.

O segundo nível, a criação (Briah) equivale aos chakras laringeo e cardíaco combinados, onde recebemos igualmente o poder de criar, seja pela palavra, seja pela fonte de vida que pulsa em nosso coração, o trono do Criador da vida em nós.

O terceiro nível, a formação (Ietsirah) equivale aos chakras umbilical e sexual, onde a vida toma forma em nosso corpo, e onde a produção acontece (a partir da própria sexualidade).

O quarto nível, a produção (Asiah) se planta no chakra-raiz, porque a partir dele nossos instintos reguladores passam a controlar nossa vida e compor todas as transformações que ocorrem em nosso corpo, da infância a velhice até a morte, tempo cumprido do veículo.

A Cabala só pode ser inteiramente apreciada quando as analogias e correspondências entre o micro e o macrocosmo são corretamente estabelecidas, constituindo aqui a sua grande beleza.

E não há nada que exista no ser humano que não exista no Cosmos, e vice-versa.

JP em 29.04.2023

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