EspiritualidadeMistérios

Reflexões de um discípulo…

Como explicar o que passa por uma alma que já não mais pertence a si mesma, por causa daquele sangue, por causa daquele pacto, por causa daquele cálice repartido à mesma mesa, cuja sentença foi registrada na alma como uma pedra gravada?

Como não sentir toda a mesma dor que Ele sente, quando é novamente açoitado e crucificado pela ignorância humana enquanto houver trevas guiando a mente e ódio instalado no coração?

Como não cair sem forças diante de um mundo que pisa na Cruz, cospe nas Escrituras, despreza a Sua Memória e debocha do plano de redenção escrito no DNA do sangue de um Deus derramado em nome do Amor pela humanidade que desejou redimir?

Como definir para egos tão individualistas e soberbos que a alma que bebe daquele sangue já não mais pertence a si mesma, e tudo o que um ou mais em seu Nome sofrerem, ela também sofrerá, porque a Cruz ainda não terminou de ser carregada até o coração da Terra, onde será cravada para a renovação total que vem depois da morte de Gaia, crucificada pela maldade humana todos os dias?

Como descrever o Cristo não somente como um Mestre, mas também como um irmão, um amigo muito íntimo, que não é apenas uma teoria de letra morta ou crença fabricada numa instituição religiosa qualquer, mas sim, aquela presença que lhe acompanha desde o berço, que lhe instrui desde os sonhos, lhe protegendo e lhe amando em cada passo dessa vida onde ele caminha ao seu lado?

Como não amar o Amor encarnado?
Como ser cego à tanta Luz?
Como ser indiferente à tanto Poder?

Como não vibrar de felicidade ao ser acolhido por tal Presença, mesmo que o preço seja o sacrifício, o sangue, a dor, a perseguição e a morte?

Como explicar para uma humanidade que vive na consciência da matéria que nada dessas coisas, por mais desagradáveis que possam ser, valem o preço real da felicidade que está por vir aos seres que realmente fizeram da Verdade de Cristo a sua didática diária de libertação pessoal, desapego material e transcendência de tudo o que é carnal, impuro, denso e negativo?

Como não renascer ao lado Dele, que é o próprio Filho de Deus, imortalizado nas estrelas pela grandeza do seu Amor incondicional?

Como não querer ser como Ele e servir ao lado dele na Eternidade, levando luz às trevas, para alegrar o Coração do Sagrado Pai?

Como falar de egrégoras de Anjos e grandes famílias de espíritos se reencontrando nos tempos do fim do Ciclo, exatamente como Ele prometeu que faria, voltando para os seus ANTES de voltar para todos os habitantes da Terra com o Programa de renovação planetária em suas mãos, pelo Pai Supremo entregue?

Como falar de espiritualidade consciente em tempos de tecnologia digital?

Como falar de ciência da alma em tempos de ciência materialista?

Como falar do Universo lá fora explodindo em desconhecidas verdades para um mundo que insiste na sua surdez?

Como revelar os caminhos do verdadeiro amor quando tanta gente se perde cultuando tantos ídolos de barro e de ouro, deuses pequenos, mestres da ganância e entidades ilusórias deste mundo enganoso?

Como dizer tudo o que há no coração de um discípulo que despertou e viu quem caminha ao seu lado e o que Ele deseja de si, dito de lábios a ouvidos?

Como não Amar o Amor que me resgatou de mim mesmo, e que abraçou a minha alma como se fosse a sua alma, abrindo aquela porta que estava fechada entre mim e o Pai antes da sua chegada?

Como não falar do Amor real da alma sem ser esmagado pela reação de egos inflamados pelo ódio?

Como dizer tamanhas verdades sem atrair injúria, incompreensão, raiva, ódio, rancor, violência, preconceito, e tantas outras coisas negras aos ouvidos e venenosas ao coração, quando tudo o que este coração tem a dizer são as coisas que o libertou das trevas, cujo maior desejo é compartilhar tudo isso com o mundo, mundo esse doente em todos os aspectos, e que está prestes a morrer justamente por ter fechado todas as suas portas à única cura existente, aquele Amor?

Como não dizer GRATIDÃO todos os dias a este amigo, a este irmão, a este Sol de Amor instalado para sempre no meu coração?

Não existem palavras para definir o que sente aquela alma que não pertence mais a si mesma… porque foi arrebatada pelo Amor Infinito.

E se torna seu Instrumento Eterno, deixando de pertencer a si mesmo…. porque o EGO não mais controla a sua alma, enfim, LIVRE!

JP em 18.03.2021

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