“Até você se tornar consciente, o Inconsciente vai dirigir a sua vida e você vai chamá-lo de Destino”.
Claro, a sentença de Jung está incompleta diante da existência não de um, mas de dois destinos.
O destino gerado pelo inconsciente individual (você) e o destino gerado pelos inconscientes coletivos (humanidades).
E coloquei no plural “inconscientes coletivos” porque existem diversas classes de humanidades no Universo, desde as humanidades inferiores, materiais e primitivas (a nossa, por exemplo) até as humanidades superiores, evoluídas e divinas (Anjos e Raças avançadas).
Se o destino individual é uma questão de escolhas conscientes ou de karma por causa de erros recorrentes, o destino coletivo nunca dependeu de vontades isoladas.
Você pode estar consciente no Brasil, por exemplo, mas sofrerá o mesmo destino da massa inconsciente que vai definir os rumos da Política no futuro.
Isso é apenas um exemplo para que possamos fazer a distinção entre destino e Destino (com maiúscula).
O destino depende de você, mas não o Destino, que está vinculado ao que é maior do que você, nos domínios do Karma, da Justiça Divina e do Inconsciente Coletivo que você, individualmente, não pode mudar.
Raros porém são os individuos que mudam todo o padrão de um Inconsciente Coletivo pelo seu exemplo e missão pessoal, como Jesus Cristo.
Mas aqui são outros quinhentos, é outra história, não se trata de um humano comum de ego pretensioso, mas de um Instrumento revestido de poder e sabedoria habilitados a mudar o Destino do mundo (com D maiúsculo).
A própria Astrologia (que Jung cultuava) fala dos dois destinos no conteúdo das casas X e XII, a primeira falando do destino que você cria por suas escolhas e esforços, e a segunda, falando do Destino inexorável a todos os seres partilhando de um mesmo Inconsciente Coletivo, e por isso, chamado karma ou casa de expiação coletiva.
Exemplos de expiação coletiva não faltam:
Pandemias atacando todas as pessoas
Crise econômica atacando todas as pessoas
Situações globais difíceis sendo enfrentadas por todas as pessoas,
diante das quais suas escolhas e esforços individuais nada valem, a menos que eles se tornem também coletivos, praticados por todos.
Quando as mudanças milagrosas, finalmente, acontecerão para todos.
Entre o destino e o Destino existe uma linha divisória, uma fronteira chamada Vontade Divina, definindo limites para a vontade individual em sua esfera de ação no destino com d minúsculo.
Mas, olhando o mundo e a maldade humana do jeito que estão, reze para conservar sua lucidez e consciência, até que você esteja pronto para migrar de um Inconsciente coletivo inferior para outro superior.
O que é plenamente possível, quando o patinho feio descobre que nunca foi um pato, mas um belo cisne, permanecendo como pato até o dia em que acorda e é chamado pelos da sua espécie.
Ainda vale a pena despertar para se desgarrar da Rameira condenada, Destino inexorável com D maiúsculo e sem retorno.
JP em 14.09.2022