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PROFECIAS e a questão Caos x Cosmos

Impossível localizar eventos com precisão dentro do CAOS, por sua própria natureza aleatória de expressão. Só o Grande Espírito, que move com o braço direito o arco ascendente da Roda (Cosmos) assim como move com o esquerdo o arco descendente (Caos), no eixo da mesma Roda, é que pode determinar eventos precisos em seu estado de Onisciência, aquilo que chamamos convencionalmente por Destino e que, para a grande maioria, aparece por obra do acaso (mesmo não o sendo), dobrando uma esquina, acordando numa bela manhã, ou saindo de um super mercado, e eis um evento imprevisto que muda toda a nossa vida para sempre, para melhor ou para pior.

Mas, no tocante às profecias, em nossa humana condição, nos basta saber que o Inverno chegou, e a estação é longa, nada nela brota, cresce, nasce e vinga, isso devido ao efeito de sua própria têmpera dissolutiva, que acarreta o declínio da luz e da temperatura. Declínio da luz da consciência, diminuição da temperatura do coração em seu amor fraternal, eis o ponto que marca a chegada do grande Inverno previsto para essa época.

Esta é a única certeza que os profetas legítimos nos deram: estamos realmente na época prevista do Grande Inverno (Idade de Ferro, Kali Yuga), que tem que cumprir o seu papel, agente do Caos e da paralisação (Shabat, 7° Dia) para que uma nova Primavera (ou Idade de Ouro, Satya Yuga) possa lhe suceder, para quem o Inverno prepara os seus caminhos.
É só mirar o Livro da Natureza, todas as verdades foram escritas nele (enquanto ainda temos uma natureza para mirar!)

Foi exatamente tudo isso e somente isso o que o calendário maia-asteca previu naquele dia 21 de dezembro de 2012: nesta data, o Sol regente da atual Raça humana (chamada Ariana) se poria no horizonte dos eventos globais, e a partir deste dia entraria a longa noite ou o Longo Inverno, com a tendência do perecimento, do congelamento, ou da dissolução, sem data prevista para terminar.

O CAOS é o pano de fundo do Cosmos, isso é fácil de constatar. Se mergulharmos a fundo nas harmônicas, estáveis e geométricas estruturas celulares, moleculares e mesmo atômicas, lá na misteriosa dimensão das trocas quânticas nos domínios do Microcosmo, espelho do Macro, veremos uma massa confusa de partículas, hádrons e léptons vibrando, oscilando, aleatoriamente, o que define o princípio primordial da Criação a partir do Caos ou simplesmente CALOR.

O Calor é o Caos primordial, o Big Bang donde todas as estruturas harmônicas e estáveis tiveram origem. E ainda ninguém pode explicar a origem do calor. Sim, as partículas vibram mas… porque vibram? Donde vem o seu Moto Contínuo?

Do espírito, sem dúvida. Mas a ciência ainda têm léguas e léguas de pesquisas para trilhar até determinar tal afirmação como teoria comprovada.
No princípio, Caos, Eros e Gaia formavam a trindade sagrada da mitologia grega.
Ou seja, Caos (a desordem), Gaia (a ordem) e Eros (o amor, o propósito).
O berço do Cosmos é o Caos, supernovas morrem (explodem), viram nebulosas, e em seguida se tornam berçário de novas estrelas.

É neste tecido caótico de trocas calóricas aleatórias (energia) e transmissões mentais quânticas de onda (informação) que todo Cosmo é costurado, criado, e se estabelece e se mantém sempre conectado, como a raiz da Árvore da Criação. A Árvore da Criação, de todos os mitos antigos, é o Cosmos. A Raiz é o Caos, ou a conexão da Ordem com o plano da Desordem.

A morte é a matriz do nascimento, mas a vida é a consciência, que permanece, apenas mudando de forma, migrando de plano. Nem o Caos (desordem) e nem o Cosmos (Ordem) tem poder sobre a alma humana, sobre o espírito divino. Caos e Cosmos apenas articulam as estações de matéria e energia no universo multidimensional para a educação da consciência dos seres, matéria essa que sempre muda, energia essa que sempre se recicla em períodos determinados (ciclos).

O espírito, por definição, ocupa o centro da Roda, e fornece o impulso ao Moto Contínuo desta Roda incessante. E o centro da Roda nunca gira, permanece estável. No centro, o espírito ocupa a posição de aprendiz, e sua existência na forma não tem outro objetivo senão a educação da consciência, para habilitá-lo a planos cada vez maiores de existência no Seio do Infinito e da Eternidade (Deus).

E quando ele aprende, enfim se liberta do véu da Ilusão tecido pelos seus próprios olhos, porque sua consciência viu além, e vendo além, passa a agir retamente, e agindo retamente, alcança o pináculo da vida, onde não existe mais dor, densidade ou limitação de qualquer espécie, apenas a felicidade e a liberdade em estado puro, e o amor de comunhão ardendo no coração, ligação com o TODO.

Tal estado de bem-aventurança que os budistas nomearam de Nirvana, e os cristãos, de Paraíso, e os antigos hebreus, de Éden, e assim por diante.

Dizem as Escrituras védicas que o Universo é como uma flor de lótus que brotou as águas puras do Caos primordial ou matéria prima pré-genesíaca,o que concorda com a ilustração do próprio Gênesis a respeito do mundo saindo das águas. Na verdade, a alegoria do Caos como Mar e Berço primordial de todo o Universo é comum em praticamente todas as cosmogonia antigas,e hoje as teorias cosmológicas mais bem aceitas trazem essa visão em termos científicos.

Até temos a teoria da origem da vida a partir do mar, uma imagem de caos (água).

Portanto, sem Caos não há Cosmos.

São como Eros e Tanatos, Vida e Morte, aspectos gêmeos indissolúveis.

Pois algo que morre, começa a produzir o berço de uma nova vida.

O Apocalipse é o Caos em código. Fala do fim desta civilização para o início de outra, e sem isso não poderia haver renovação.

O próprio Gênesis, como livro da Criação, faz contraponto com o Apocalipse.

Gênesis = Cosmos, Apocalipse = Caos, tudo para que venha um novo gênesis.

É a Lei do Universo, é a Roda dos ciclos, o que morre começa a nascer, e o que nasceu, já marcha para a morte.

Há realmente beleza nisso, se pudermos colocar o Espírito no centro de toda a Mecânica, situado num ponto não afetado pelas oscilações materiais do tempo, aliás, este é o alvo dos Iluminados do Nirvana.

Disse Jesus: se o grão não morre (caos), a planta não germina (cosmos).

E se a planta não germina, não pode dar fruto e novas sementes, que morrerão para recomeçar outra vez.

Estes gêmeos controlam a mecânica de todo o Universo.

Que me confirmem as estrelas, nascidas das espumas nebulosas das supernovas…

De todo caos sempre nasce um cosmos.

De toda crise sempre brota uma força.

De toda noite escura sempre emerge um sol.

O caos é a forma do cosmos recriar-se.

JP em 17.03.2020

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