Sim, a Igreja nasceu naquela noite em que ele se reuniu com os doze apóstolos e partilhou pão e vinho.
Ali, nascia a célula da Egrégora crística, que atravessaria o mundo e o tempo, levando a sua verdade a bilhões de pessoas.
Ali, Jesus estabeleceu um pacto secreto com doze almas, ligando o seu sangue ao sangue dos apóstolos, que se diz (nas páginas herméticas do Cristianismo) haviam colocado no vinho e partilhado por todos.
E quando Jesus partilhou o pão (circular) entre doze, partilhava um pedaço da Terra com cada mensageiro, para que cada um cobrisse determinada área do mundo conhecido na sua missão de evangelização.
O pão e o sangue, partilharam um só corpo, uma só vida.
Uma só Mente, Egrégora, Alma compartilhada, o que garantiu a força de sua missão.
Porque não estavam sozinhos.
Cada apóstolo carregava a força dos doze consigo, somada a força do próprio Cristo, até os dias de hoje enquanto durar aquela nova aliança.
Porque sabemos que o pacto de sangue celebra acordos perenes na Terra e no céu.
E quando Cristo derramou o seu sangue na Cruz, assinou um pacto direto entre ele e o Pai, que se movia na direção da nova aliança estabelecida. Deus mesmo precisa de bodes expiatórios para renovar suas alianças com a humanidade, todas as vezes em que ela cai em transgressão, quebrando os acordos anteriores.
Como sempre tenho ensinado por aqui, Vida são VIDAS.
A Vida é um fenômeno coletivo, gregário, a partir da própria definição celular de unidade de vida.
E essa definição se expande e pode criar vastas redes vitais com consciência e VIDA compartilhadas, tudo porque tal fenômeno não começou na matéria orgânica, mas no espírito e suas fraternidades cósmicas, o que então, a partir do Espírito em unidade coletiva, se manifestou na matéria no ato da Criação.
Isso procede da teoria da imagem de DEUS como entidade coletiva primordial (ELOHIM) antes de se fragmentar em chispas de consciência individualizada.
Para que houvesse o UM, houve antes o TODO.
Tanto que ELOHIM é um nome de pluralidade, significando expressamente “deuses” (o plural de deus, EL, singular).
Então, a Vida, sendo uma dádiva de Deus, bem como a Consciência, são originariamente energias e entidades coletivas, muito antes de se tornarem individualidades no Cosmos fragmentado pela matéria e suas ilusões de separatividade diante dos nossos cinco sentidos limitados.
Com base nesses conhecimentos é que Jesus Cristo lançou os fundamentos de uma nova Egrégora crística naquela noite das noites, com doze almas pelo Pai selecionadas.
E uma poderosa corrente se fez com todos os seus seguidores, discípulas e mártires de sua causa.
E outro grande mistério acontece:
A primeira célula crística aconteceu num triângulo:
A Virgem Maria, o profeta João e Jesus Cristo.
Tudo começou aqui. Em Maria, em João, para completar o terceiro vértice do triângulo em Jesus Cristo e, a partir dele, iniciar a expansão da Luz crística nessa nova aliança.
Por isso, a Virgem Maria e o profeta João Batista (encarnação de Elias, e a forma humana do Anjo Miguel) são considerados as duas colunas da Igreja de Cristo na Terra.
Porque Maria o trouxe ao mundo, e João Batista o revelou ao mundo.
Note que o Apocalipse 12 fala exatamente da Mulher (Virgem) coroada de doze estrelas e do Anjo Miguel dando combate ao Dragão Vermelho e suas legiões, protegendo a Criança Sagrada que acabara de nascer…
E essa Criança representa o renascimento da verdadeira Igreja de Cristo na Terra em nosso tempo, igreja essa que nunca foi desse mundo, como nem Ele mesmo foi ou seu Reino…
São mistérios que o senso comum dos internautas, se movendo sempre na superfície das coisas, ignora por completo, e por ignorar, ataca tanto.
“Pai, perdoai, porque eles não sabem mesmo o que fazem!”
A nossa corrente de quaresma termina exatamente hoje.
Quando pretendemos nos alinhar com esse grande evento que se alinha com o retorno do Mestre para a sua Igreja, não para as instituições corrompidas desse mundo, mas para aqueles corações que, em plena Era da Besta, Era do Anticristo, Era da Máquina, da Tecnologia e da negação de Deus, aqueles corações que ainda resistem e se agrupam em Nome daquela Verdade maior da Cruz.
Esta é a sua Igreja para a qual Ele retorna.
A Igreja que renovamos no dia de hoje.
“Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.
Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.”
Mateus 18:19,20
Uma pena mesmo que, na era da informação diluida e distorcida da Internet, a grande multidão julgue tão depressa e levianamente sobre mistérios acerca dos quais ainda não contemplou nem a unha…
Mas ainda há tempo de se conhecer tudo isso.
Ou então, celebrar a Páscoa com chocolate até se entupir…
JP em 14.04.2022
