Por que Deus escolheu uma raça sobre todas as raças (o povo judeu)?
Uma pergunta comum que leva ao questionamento de muitos.
Como pode Deus fazer distinção entre os povos?
Na verdade, Ele não faz, apesar de parecer o contrário.
A explicação pura e simples é que Ele precisou de um ponto de partida para uma meta programada no tempo, o ponto supremo de chegada que se chama REDENÇÃO DA HUMANIDADE (certamente incluindo todas as raças, sem exceção).
Porque, entre os animais e toda vida que criou, escolheu uma vida e um animal para elevar, o animal racional humano.
E entre todos os seres humanos, escolheu uma raça que pudesse preparar para que ela se tornasse, no futuro, o berço de seu Filho, através de uma mulher eleita entre todas as mulheres.
Longo foi o caminho até que o Senhor YHWH do Velho Testamento percorresse para preparar o cenário à sua Chegada ao mundo na pessoa humana e divina de Jesus Cristo.
Não poderia escolher qualquer mulher de qualquer raça, pois se tratava de seu Filho, a sua própria encarnação na Terra.
Por essa razão, o povo judeu, desde a sua definição “hebreu” dos tempos do patriarca Abrahão, recebeu conhecimento especial (Cabala) e com ele, muitas responsabilidades e deveres.
E também, muitas provações, porque foi a nação mais perseguida de todas sobre a face da Terra. Basta olhar atualmente o ódio que muitas nações destilam contra Israel, que parece uma ilha cercada por colônias muçulmanas que lhe devotam um ódio secular e um desejo firme de sua extinção (entre os grupos mais radicais) para entendermos bem essa questão.
Deus teria que partir de uma raça eleita, eleita por razões misteriosas, mas essa eleição acrescentou muito sofrimento também. Por quase dois mil anos, os judeus foram errantes sobre a Terra, nenhuma nação queria lhes dar entrada, sem nos esquecer da Alemanha Nazista que fez questão de exterminá-los da Europa.
Mas Ele não se esqueceu dos outros povos, apenas precisou de um ponto de partira para preparar os caminhos da chegada do Seu Filho e, a partir dele,
esparramar sua salvação para todos os povos.
Uma criança em gestação no ventre materno começa a partir de uma única célula. O Universo começou a partir de um ponto supremo de energia. Não há erro algum da parte de Deus começar o seu projeto de redenção humana a partir de uma raça submetida a diversos procedimentos ocultos que a tornou preparada para receber os maiores luzeiros espirituais da Terra, todos eles igualmente preparando os caminhos de Deus encarnado.
Começar numa raça nunca significou que Deus ficaria somente com ela, tanto que o Novo Testamento, complementando o Antigo, mostra esse entendimento, quando Jesus endereçou a “BOA NOVA” à todos os povos da Terra.
Israel foi uma nação preparada para receber Cristo da mesma forma que Maria foi uma mulher preparada para receber a semente do Espírito Santo e trazer ao mundo o Sagrado Salvador, por razões que o Criador decidiu estabelecer.
Muita gente pensa que, sendo Deus, Ele poderia simplesmente estalar os dedos e criar tudo pronto da forma ideal, sem a necessidade de tempo, preparação e expiação.
Se fosse assim, num estalo de dedos, já criaria a humanidade feliz e a colocaria num paraíso eterno, sem maiores problemas.
Mas não foi assim, porque não existe mérito sem sacrifício e nem virtude sem dor.
São coisas que cabem à Sabedoria mais alta promover e não compete à criatura questionar, por que a criatura é limitada em seu entendimento.
Mas Deus jamais excluiu os outros povos da salvação, apenas teve que começar de um ponto de partida na Terra.
Entre os animais, elegeu o animal racional.
Entre os animais racionais, elegeu Israel.
E entre Israel, elegeu inúmeros profetas, reis, santos e sábios.
E entre as mulheres, elegeu Maria.
Tudo isso feito para preparar os caminhos da descida de Emanuel à este mundo.
Israel foi privilegiada mas sofreu muito por isso.
Maria foi privilegiada mas sofreu muito por isso.
Cristo foi privilegiado mas sofreu muito por isso.
Será que os outros povos que reclamam e cobram de Deus esse voto de preferência estariam dispostos a sofrer tudo o que Israel já sofreu e ainda sofre?
Perseguição atrás de perseguição?
Exílio atrás de exílio?
E para piorar, Israel cometeu o crime mais atroz de todos ao crucificar o Filho de Deus, o que invalidou todos os antigos concertos e pactos entre Deus e a nação eleita, perdendo imediatamente esta posição.
De qualquer forma, como todo primeiro filho que geralmente recebe grandes responsabilidades, assim foi com o ser humano em relação aos animais da Terra, assim foi com Israel em relação aos outros povos, assim foi com Cristo e Maria em relação à toda a humanidade.
Ser uma mulher escolhida entre as mulheres significa que, a partir desta mulher, todas as mulheres poderiam receber a redenção no sentido de um resgate do verdadeiro Feminino Espiritual, tão manchado nesse mundo machista que sempre prostituiu e desprezou a mulher.
Ser um homem escolhido entre todos os homens significa que, a partir deste homem, a humanidade inteira poderia recobrar seu status de FILHOS DE DEUS, anterior à queda no pecado, deixando de ser pessoa humana fraca, impotente, defeituosa e mortal para se tornar pessoa humana com identidade divina, que recobrou seu poder, consciência e vida original.
E quando a meta for alcançada, o Reino de Deus futuro na Terra será feito da reunião de todos os povos, todas as raças, onde se acharam todos aqueles seres humanos justos que aceitaram os mesmos sacrifícios que os espíritos eleitos do passado tiveram que suportar para chegar aonde chegaram.
Jesus e Maria, imagens de Adão e Eva redimidos.
E através de Cristo e Maria, o chamado do Pai se estendeu para todos, democraticamente. Mas esse chamado também vai implicar em todos aqueles deveres, responsabilidades e sacrifícios citados.
O problema do ego é querer sempre mais direitos e privilégios e sempre menos deveres e responsabilidades.
JP em 01.03.2025
