Os sete testes da alma
- Teste do autocontrole
- Teste da coragem
- Teste da humildade
- Teste da pureza
- Teste do desapego
- Teste da sinceridade
- Teste da confiança (fé)
Os sete testes da alma acontecem todo o tempo da nossa vida útil neste mundo, e em outros mundos, e enquanto uma alma seguir evoluindo em busca de aperfeiçoamento, ela seguirá sendo testada em níveis cada vez mais elevados das espirais do Universo inteligente.
O Espírito humano, como qualquer espírito do Universo consciente, tem uma natureza setenária intrínseca, analogia com os sete raios da Criação em sete virtudes que precisam ser testadas.
Encare testes como um contínuo polimento da alma, para que estas virtudes não decaiam em força, poder e brilho, qual a lâmina de uma espada que precisa ser constantemente afiada.
O autocontrole da alma é testado nas situações extremas da vida, enquanto a coragem, nas situações que fazem levantar os nossos maiores medos ocultos.
A humildade pretende trazer de volta a consciência humana cegada pelo orgulho e envenenada pela falsa sensação de autossuficiência, quando a verdade é que somos inteiramente dependentes da Vontade divina.
A pureza é outro elemento fundamental, porque o Universo foi criado a partir de águas limpas, e isso tem um sentido tanto energético quanto psíquico: a pureza de intenções se refletindo na pureza do corpo.
Da mesma forma como ninguém se apresenta num emprego ou diante de um chefe de serviço com roupas rasgadas e falta de banho, não podemos nos apresentar diante de Deus de maneira espiritualmente desleixada.
O desapego é algo muito complicado, e ele não considera apenas o apego a bens materiais. Envolve apego emocional, que é sempre o mais forte. Muitas vezes, por apego, a pessoa desiste de sua caminhada espiritual para satisfazer desejos materiais ou paixões que seguem na direção oposta.
E acaba perdendo o propósito maior da existência.
Apenas colocando o espiritual na frente de tudo e em primeiro grau de importância na vida, a alma conseguirá ascender, e isso implicará na necessidade de muitos desapegos.
Porque o único apego justificado nessa caminhada é o apego pela sabedoria divina, nossa posse genuina.
O teste da sinceridade recai sobre a tendência do ser humano à mentira, e a pior das mentiras é aquela que nos faz nos autoenganar, quando mentimos para nós mesmos. A sinceridade é uma expressão da alma repleta de honestidade, sem sombra de hipocrisia e sem qualquer contradição que nos torne indignos da sabedoria.
A sinceridade se trata de um amor pela verdade.
Por fim, talvez o teste mais difícil, o teste da confiança ou da fé que, como o teste da coragem, nos é colocado em situações extremas da vida.
Se a coragem pretende o controle do medo, a fé pretende o controle da dúvida e da desconfiança.
Confiar no poder e na sabedoria divina, apesar de tudo, de todas as contradições e ventos soprando ao contrário do que imaginamos.
Confiar que virá uma manhã no meio da noite mais escura, ou que o Sol haverá de brilhar dentro da tempestade mais severa.
Confiar que toda dor tem um propósito e que ela vai passar.
Confiar que todo mal tem uma lição a ser aprendida, e que toda privação, doença, perda e desilusão concorrem para o mesmo plano da nossa evolução rumo ao aperfeiçoamento.
Contemplar a própria morte com alegria, aquela alegria que somente uma alma justa pode sentir ao saber que ela se torna a porta para o renascimento, já que tudo o que pertence a este mundo há de regressar ao pó, mas a alma do sábio, esta permanece em sua jornada infinita rumo ao Pai.
E assim, os sete testes da alma seguirão mundos acima, universos acima, porque se estes mundos e universos existem e por Deus foram concebidos, é com o propósito de educar a alma perfeita para a Existência Eterna.
JP em 11.05.2023