Vamos usar uma cena que aconteceu em Israel, há cerca de 2000 anos.
De um lado, a tirana e poderosa Roma, o poder da Direita, centralizado em Cesar.
De outro, os rebeldes, os zelotes, os anarquistas, o poder da Esquerda. liderads por Barrabás.
No meio disso tudo, um povo açoitado pelos poderes em eterna guerra.
E caminhando entre eles, o Filho de Deus encarnado para ajudar esse povo sofrido (aliás, reparem que as encarnações messiânicas sempre acontecem em períodos extremos da História humana. Moisés encarnou no tempo da grande escravidão do Egito).
O Filho de Deus caminhou entre o povo sofrido e desesperançado, e os ensinou, e os curou, e os iluminou sobre as Verdades do Reino Maior e da forma de alcançar a Liberdade deste mundo, e enquanto isso, os dois poderes, a Direita e a Esquerda, pouco se importavam com o sofrimento do povo, preocupados apenas em providenciar todos os meios necessários para continuar ou tomar o poder.
Mas o Filho de Deus disse:
Meu Reino não é desse mundo!
E não tomou partido nem de César e nem de Barrabás, e não declarou apoio nem à Direita, nem a Esquerda, ciente de que esses poderes estavam ali apenas para manipular a humanidade, extraindo-lhe todos os recursos para que eles continuassem nos privilégios.
Nada mudou de 2000 anos para cá.
Ao final de sua missão, a grande maioria dos seguidores do Filho de Deus o abandonou e o negou, lhe cuspindo na cara e lhe acusando de demônio e filho das trevas, concordando de imediato com sua Crucificação articulada pelos fariseus manipulando o tribunal romano e suas leis nesse sentido.
Resultado: apenas uma meia dúzia de pessoas na época conseguiram enxergar que o caminho da libertação e de um reino realmente justo e pacífico para os homens estava no centro de todo aquele cenário violento polarizado, soando na Voz daquele Filho de Deus que a todos aconselhava baixar as espadas e renunciar à violência, pelo motivo que fosse.
E o final da história que poucos sabem é que essa meia dúzia, esse punhadinho de seguidores do Filho de Deus, que realmente o seguiram até o fim e cumpriram carregar também sua cruz de sacrifícios e transformações interiores, colocando a fé apenas na Justiça Divina, foram, naquela mesma existência, tomados por Jesus Cristo e interromperam o ciclo da reencarnação nesse doloroso mundo escolar.
Tal como Jesus declarou ao bom ladrão na cruz:
Hoje mesmo tu estarás comigo no paraíso!
E o Filho de Deus não mentiu!
Porque, para todos os que escolheram o caminho do meio, e concentraram aquela sua rara existência de contato com o Filho de Deus e seus ensinamentos para abrir os olhos e compreender a Verdade, para eles, após suas mortes, o ciclo de reencarnação cessou, e Jesus, com autoridade para isso, os levara aos paraísos celestes.
Porque, para eles, a escola na Terra tinha terminado.
Seus olhos voltaram a ver… suas lepras morais foram curadas… seus demônios do ego interior foram exorcizados… seu apego ás riquezas foi transcendido… sua paralisia espiritual terminara… e eles se levantaram sobre os próprios pés e caminharam na direção da escolha certa.
Uma vida bem vivida na direção da Verdade pode valer por mil existências repetindo o mesmo erro.
E se essa vida receber o aval do Filho de Deus, que sempre aparece nos tempos de crise, então ela pode inclusive quebrar o ciclo de reencarnações e não voltar mais… pelo menos, nesse sistema de mundo, cheio de dor, miséria e os mesmos governos temporais manipulando a sociedade que insiste em dormir… e essas almas que, após a morte, foram tomadas por Jesus, graças a um pacto com sua Verdade em suas vidas, vidas que escolheram por ela, estão se preparando atualmente para o novo status acima da própria condição de não reencarnarem mais: o status de imortalidade, que as preparará para um novo e verdadeiro Reino na Terra depois que toda a corrupção for removida do planeta pelas forças da Justiça Divina em curso.
Estamos novamente num raro tempo do Filho de Deus entre nós… até porque o cenário mundial é o mesmo como daqueles dois mil anos… só que bastante pior. E se os conflitos só estão piorando, é porque as Trevas já sentem o poder da Presença Crística, e reagem com violência, nos dois lados…
Muitos mestres ensinaram que caminhos extremos nunca terminam bem, e no final, ambos perderão a razão quando partirem para a extrema violência e ódio a cobrir o mundo outra vez de sangue e sofrimento… era exatamente essa a lição que Jesus tentou ensinar ao povo sofrido de seu tempo.
Mas só aquela meia dúzia pegou a lição e subiu com ele após sua morte libertadora. O resto, infelizmente, continuou reencarnando e protagonizando todos os novos episódios da mesma história interminável e conflito de poderes sobre este mundo de ilusão.
Mas ainda há tempo de olhar para a direção certa.
E dedicar a vida ao que realmente tem poder para nos libertar do sofrimento reencarnante.
Porque, servindo todo o resto, esse resto sempre repetido… o final da história se repetirá e não irá mudar.
Antes o final fosse só a morte… o final agora será a segunda morte, o que é muito pior.
Tudo porque continuamos servindo os ídolos errados, aqueles que não tem poder algum sobre nossas vidas e almas.
Porque eles também estão debaixo do Poder Maior do que todos eles.
Disse Jesus a Pilatos:
“Tu só tens poder sobre mim porque isso te foi dado pelo Alto”
E agora é a hora das trevas.
Elas vêm com força para cumprir seu papel.
Alguns a nomearam de Nova Ordem Mundial.
Esta é a hora certa para se acreditar na Promessa daquela Luz… a única que realmente pode nos libertar do que está chegando ao mundo e sempre steve no mundo quando o materialismo projetou densas sombras na consciência humana e no seu real propósito de estar aqui!
Num mundo onde tudo marcha conforme a lei dos extremismos, clima, energias, pensamento coletivo, aquele ponto de equilibrio, o único capaz de mostrar a porta da liberdade real, está cada vez mais perdido diante dos olhos das massas entorpecidas por essa moderna hipnose coletiva… porém, todas as lições declaradas pelo silêncio da Verdade continuam guiando os filhos da luz em seus corações…
JP em 19.07.2020