Os bons e os maus serão julgados da mesma forma por Deus?
Não. há dois caminhos muito claros para os procedimentos da Justiça Divina de acordo com as atitudes de cada pessoa.
E neste artigo, veremos detalhadamente sobre estes dois caminhos.
Tudo porque as OBRAS de cada qual se adiantam ao próprio julgamento, quer dizer, nossas obras são tudo o que a Grande Lei precisa para começar a nos julgar, e agora mesmo.
Daí a necessária separação entre o joio e o trigo para que o processo seja concluído.
E antes de nos aprofundarmos nos caminhos do Juízo Final, é bom saber que Deus pesa o coração e a alma das pessoas. Assim, para ele, não existe diferença entre a criança e o ancião, embora muitos não compreendam porque tantas crianças sofrem no mundo, o que lhes parecerá uma tremenda injustiça.
Por causa da cegueira humana, suas deduções são sempre equivocadas. Crianças hoje já foram adultos ontem, e no percurso de suas vidas passadas, acumulam bem e mal nas suas memórias. Hoje podemos estar esquecidos de tudo o que já fizemos no passado, mas a Lei Divina nunca dorme.
E seremos julgados por esse SALDO da nossa conta espiritual. Deus não julga pela aparência, mas pela essência. Existem muitas crianças que guardam profundas maldades no coração, que irão se aflorar conforme venham a crescer.
Nunca nos esqueçamos de que HITLER já foi bebê um dia.
Os arrebatados de Cristo e os resgatados de Deus o serão pelos valores que carregam em seus corações, e não pela aparência de suas personalidades exteriorizadas.
O Juízo Final
Embora o Apocalipse 20 seja conclusivo para nos dar o cenário do Juízo Final, há uma passagem do evangelho de Mateus que deve ser examinada por todos nesse aspecto:
“31 E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;
32 E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas;
33 E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.
34 Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
35 Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
36 Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.
37 Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
38 E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?
39 E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?
40 E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
41 Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
42 Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
43 Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.
44 Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
45 Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
46 E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.”
Mateus 25: 31-46
Essa é uma das passagens do Evangelho que mais concentra a essência da verdade cristã na prática do amor incondicional, a verdadeira religião desde o início dos tempos, uma vez que o amor ao próximo é a unica forma de demonstrarmos amor real à Deus e Pai de todos os seres.
Aquele que faz orações a Deus buscando soluções para os seus problemas enquanto continua a ser um problema na vida dos outros, jamais será atendido.
Aquele que, mesmo que não saiba, faz o seu irmão sofrer, jamais será aliviado de suas dores e problemas.
O próprio Cristo, muitas vezes, pode estar disfarçado no mendigo, na mãe pedindo comida para o seu filho, no idoso deitado na calçada pedindo ajuda… e conforme a nossa reação, ali mesmo estaremos sendo julgados.
As calamidades criam o cenário perfeito para testar a compaixão humana diante dos que sofrem. Um mundo de amor e harmonia não precisaria mais sofrer calamidades, e se elas existem neste mundo, e virão cada vez mais, é porque a humanidade precisa voltar a ser HUMANA, na definição mais nobre do termo, quando a dor alheia se torna capaz de dissolver um pouco as pedras do seu coração.
Porque, podem reparar numa coisa: pequenos grupos de pessoas sofrendo privação nas ruas, raramente comovem alguém. Mas quando tragédias aparecem com números elevados de mortos e feridos, a compaixão humana volta a acordar, abalada pelo choque.
Infelizmente, porque não deveria ser assim. A dor de uma única pessoa abandonada na rua deveria nos comover tanto quanto nos comove a dor das muitas vítimas, por exemplo, das recentes tragédias climáticas no Rio Grande do Sul, Brasil.
Uma ou duas pessoas vivendo tragédias pessoais não nos abalam, mas quando muitas pessoas passam por isso, a humanidade de repente volta a se lembrar da caridade que havia esfriado. Num mundo perfeito, onde as pessoas realmente se amam e se respeitam, esses desagradáveis lembretes do destino deixam de ser necessários, porque a lei do amor e da compaixão se tornaram naturais em todos os corações sensíveis ao semelhante.
Assim sendo, o parâmetro da caridade se manifestando em nossas obras é o principal argumento para o julgamento das almas.
Acrescente-se a ele uma conduta irrepreensível, um caráter forjado no que é certo, justo e direito, uma boca que não mente, um coração que não mantém desejos impuros, um corpo que não é vassalo de suas imoralidades (porque compreendeu a necessidade de manter puro o santuário do espírito), uma alma que se desliga como pode do sistema tenebroso já instalado nesse mundo.
Tudo isso reunido certamente nos levará ao caminho da salvação.
Mas, voltando ao tema do Juízo Final, digamos que ele tem um ponto de partida muito bem definido no Apocalipse:
A abertura do Sexto Selo.
12 E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue;
13 E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
14 E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
15 E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;
16 E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
17 Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?
Apocalipse 6: 12-17
Após os sinais astronômicos indicando perturbação cósmica, viria o Dia da Ira de Deus, subentendido, Dia da Justiça (porque não há IRA em Deus, sendo essa apenas uma expressão simbólica).
Nesse processo, a separação do joio e do trigo seria aplicada, e é interessante notar que, ainda dentro do conteúdo do Sexto Selo, se levanta o Anjo da nascente do Sol, dizendo que os 144 mil selados por ele não poderiam ser de modo algum tocados pelas pragas que, então, o Sexto Selo rasgado lançaria sobre a Terra.
Esse tempo de sinalização universal do Grande Dia da Justiça Divina, pontuando o início do Juízo Final, já está acontecendo na atualidade. A partir dele, a humanidade já está sendo julgada.
E ele se estende até a consumação do processo segundo o Apocalipse 20, que devemos observar na íntegra para melhor compreensão:
1 E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão.
2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.
3 E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.
4 E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.
5 Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.
6 Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.
7 E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão,
8 E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha.
9 E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou.
10 E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.
11 E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.
12 E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
13 E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.
14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.
15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.
APOCALIPSE 20
O Trono Branco, de quem céus e Terra escapam, representa a Justiça absoluta de Deus.
O Grande Juízo Final só pode terminar depois que o Inimigo da humanidade e suas legiões forem soltos mais uma vez para tentar sabotar a reedificação do Reino de Deus na Terra.
E nesse ponto, duas classes de seres humanos aparecem em destaque:
Os vivos e os mortos.
Tudo isso depois daqueles MIL ANOS de pausa da Terra e sacerdócio de Cristo. Os resgatados de Babilonia são estes VIVOS que, a essa altura do julgamento, já passaram pela primeira ressurreição.
E eles não são somente 144 mil.
Os cento e quarenta e quatro mil foram os primeiros. À eles se juntou uma grande multidão de convertidos, resgatados depois, no tempo longo da colheita do trigo da Terra, tão logo a separação do joio foi encerrada.
Ora, os que foram resgatados por Cristo já estão ressuscitados ANTES do Juízo Final, sendo que eles mesmos JULGARÃO a humanidade, reduzida agora aos MORTOS que dormem profundamente nas dimensões inferiores da Terra, Umbral para o Esoterismo, Sheol para o Antigo Testamento, Mar e Inferno para o Apocalipse.
Isso quer dizer que os escolhidos do Pai serão julgados MUITO ANTES daqueles mortos sem Deus, humanidade que afundou no pecado e na rebelião.
Sim, o Julgamento das boas almas já começa diante da abertura do Sexto Selo, agora mesmo, porque dele depende o arrebatamento e o resgate. Questão de lógica, se uma alma for arrebatada deste mundo, ou mesmo resgatada depois, entre os que ficaram para trás, é porque ela já foi julgada pela Justiça Divina e considerada digna da salvação.
Portanto, lá na frente, depois de Mil anos deste ponto em diante, o ponto do fim da moderna civilização debaixo de todas as pragas relatadas no Apocalipse, lá estarão os filhos de Deus resgatados atuando como JUÍZES dos humanos que se perderam.
Essa é a cronologia dos eventos pertinentes ao Juízo Final. Importante saber disso. As almas perdidas estão vivendo apenas para cumprir cenários kármicos da humanidade, porque se já receberam o selo da Besta em suas testas, isso indica um estado de ruptura irrevogável com Deus.
E para elas, infelizmente, as portas da redenção já foram fechadas há mil anos (na cronologia do Apocalipse). Por isso, o momento atual se faz tão importante nas decisões que precisamos tomar para não acabar como aqueles mortos no Sheol.
Todas essas almas aguardarão em sono profundo no Umbral, no mesmo lugar onde Satanás e suas legiões foram acorrentados por mil anos, até que os filhos de Deus se levantem como juízes da Criação e embaixadores do Novo Reino em fase de construção (Apocalipse 21, logo após o Grande Juízo).
Seus nomes já estão escritos no Livro da Vida, de modo que não passarão pela segunda morte, que é o destino dos que morreram desligados da comunhão com Cristo.
Portanto, é importante se refletir sobre essa questão. Até porque as almas boas já se encontram atualmente em profundo e sincero autojulgamento, o que possibilita a sua conversão e julgamento divino imediato nestes tempos. Não precisarão esperar mil anos no sono da morte como réus para conclusão de processo.
O trigo da Terra se encontra agora mesmo em processo de conversão interna. E pelo fato de estarem estas almas se transformando debaixo de seus julgamentos próprios, mudança de conduta real na vida de boas obras, serão poupadas da Justiça Divina em sua face mais rigorosa e punidora.
A Misericórdia lhes sorrirá primeiro, tudo porque misericórdia deram ao seu semelhante. E foi deste modo que receberam julgamento favorável de Deus, uma vez que seu coração reconciliado e transformado em seus autojulgamentos não lhes condenou.
E não porque existam dois pesos e duas medidas na Balança de Deus. Mas simplesmente porque você pode se antecipar ao julgamento universal praticando o autojulgamento.
Exercer o autojulgamento em busca da conversão do coração e transformação da alma, do pecado para a virtude, do mal que condena para o bem que liberta, é uma dádiva a todo ser humano que se faz consciente de que a presença de Deus está dentro dele antes de estar fora.
E exercendo ao máximo o poder dessa presença em sua conduta é que a alma reconciliada encontra o perdão da Lei Divina que rege o Infinito.
A partir de si mesma e de suas decisões acertadas na direção da VERDADE.
Jesus Cristo ensinou os caminhos do autojulgamento todo o tempo, falando de conversão, arrependimento, perdão, mudança e conduta realinhada com a boa consciência da verdade.
Mas naqueles dias críticos do fim, não adiantará fugir me busca de abrigos e refúgios na Terra se o seu coração lhe condenar. Porque, se o seu coração lhe condenar, nenhum lugar lhe salvará da Justiça de Deus. Mas se o seu coração não lhe condenar, isso significa que você está alinhado com a Justiça Divina, e qualquer lugar servirá de abrigo para você.
O Anticristo poderá passar do seu lado mas ele não lhe enxergará.
Quem está debaixo da Justiça Divina, recebe o maior selo de proteção que pode existir.
Andar nos caminhos de Deus, eis a condição para isso.
JP em 09.05.2024