Maior rotação já vista no Universo complica teoria do Big Bang
17/06/2021
Tudo no Universo gira
Ao mapear o movimento das galáxias em enormes filamentos que conectam a teia cósmica, astrônomos do Instituto Leibniz de Astrofísica de Potsdam (AIP), na Alemanha, acreditam ter encontrado evidências que esses filamentos astronômicos giram na escala de centenas de milhões de anos-luz.
A observação é preliminar e ainda terá que ser confirmada. Contudo, se for real, esse movimento é significativo por vários motivos.
Embora tudo no Universo pareça girar, uma rotação em escalas tão grandes nunca foi vista antes, mostrando que o momento angular pode ser gerado em escalas sem precedentes.
Por outro lado, a descoberta ressalta uma deficiência do modelo do Big Bang: Como é que a rotação emergiu no Universo nascente, quando toda a matéria em criação deveria estar se espalhando como uma grande bolha que infla?
Filamentos cósmicos
Os filamentos cósmicos são enormes “pontes” de galáxias – e presumivelmente matéria escura – que conectam aglomerados de galáxias entre si.
Eles afunilam galáxias em direção a grandes aglomerados que ficam em suas extremidades, compondo a chamada “teia cósmica”.
“Ao mapear o movimento das galáxias nessas enormes autoestradas cósmicas, usando a pesquisa Sloan Digital Sky – uma pesquisa de centenas de milhares de galáxias – encontramos uma propriedade notável desses filamentos: eles giram,” destacou o astrônomo Peng Wang.
“Nessas escalas, as galáxias dentro [desses filamentos] são meros grãos de poeira. Elas se movem em hélices ou órbitas em forma de parafuso, circulando ao redor do meio do filamento enquanto viajam ao longo dele. Essa rotação nunca havia sido vista antes em escalas tão enormes, e a implicação é que deve haver um mecanismo físico ainda desconhecido responsável por induzir torque nesses objetos,” acrescentou seu colega Noam Libeskind.
Como o Universo começou a girar?
Como o momento angular responsável pela rotação é gerado em um contexto cosmológico é um dos principais problemas não resolvidos da cosmologia.
No modelo padrão do Big Bang, pequenos aumentos locais de densidade no início do Universo poderiam ter crescido por meio da instabilidade gravitacional, à medida que a matéria fluía das regiões de menor densidade para esses locais emergentes de maior densidade. Esse fluxo é aceito como sendo o motor do início da aglomeração da matéria, que mais tarde levaria à formação das estrelas, planetas e galáxias.
Contudo, esse potencial fluxo não gira e nem sequer tem ondas: Não há rotação no Universo primordial segundo o modelo aceito hoje pelos cientistas.
Dessa forma, qualquer rotação deve ter sido gerada conforme as estruturas cósmicas se formavam. Só que ninguém teve ainda uma boa ideia de como isso pode ter acontecido.
Assim, como tudo no Universo gira, o que temos certeza é que a realidade é mais ampla e complexa do que as explicações contidas em nossa atual compreensão do cosmos.
Teoria que dispensa singularidades descarta o Big Bang
Bibliografia:
Artigo: Possible observational evidence for cosmic filament spin
Autores: Peng Wang, Noam I. Libeskind, Elmo Tempel, Xi Kang, Quan Guo
Revista: Nature Astronomy
DOI: 10.1038/s41550-021-01380-6
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Uma das minhas teorias, nos tempos acadêmicos, era a de que o Universo tinha a estrutura de um Dodecaedro gigante (analogia com os cinco sólidos de Platão). E a outra, a de que esse Dodecaedro cósmico rotacionava enquanto se expandia (conforme o modelo do Big Bang).
Essas novas descobertas parecem confirmar isso, ainda que continue misteriosa a origem do torque que produz rotação nas estruturas cósmicas (filamentos).
Teorizei que o centro primordial do Universo (o ponto zero) é livre de toda e qualquer força, sendo ele mesmo um ponto de SINGULARIDADE SUPREMA, muito além da condição de singularidade dos Buracos negros, por exemplo, na questão das deformações do espaço-tempo em suas fronteiras.
Enquanto os Buracos negros parecem configurar furos no Espaço-tempo que realizam passagens para outras dimensões, ou mesmo atalhos no espaço-tempo, o ponto zero teria um contexto até mais consciente e espiritual, do ponto de vista do Criador como Fonte e origem de tudo.
Por isso, ele contém uma super singularidade que desafia não apenas distâncias e tempos, mas tudo o que conhecemos por Realidade.
Teorizei que o que rotacionava todo o Universo era a própria existência de um Superespaço ou Hiperespaço exterior à expansão do Universo, e esse Superespaço é que criaria uma espécie de equilíbrio dinâmico com o espaço-tempo e toda a carga de matéria e energia estruturada em seus filamentos, teias de conexões galácticas e padrão dodecaédrico de dispersão (raiz da mesma geometria que distribui as galáxias segundo a proporção Phi, número áureo).
Haveriam duas possibilidades de “reação” digamos assim, do Hiperespaço exterior e o Universo em expansão (que fazia também contatos com o Hiperespaço via portais, buracos negros, wormholes, etc).
A primeira, seria a dissolução do Universo expansivo no espaço exterior, daqui há bilhões de anos. A segunda, a contração do Hiperespaço sobre o espaço, realizando o movimento inverso, o Big Crunch ou implosão cósmica, quando todo o Universo retornaria ao ponto zero, implodindo sobre si mesmo, numa espécie de Yang Yin ou ritmo dual existente no próprio Cosmos ordenado.
Essa última teoria ainda não demonstrada me pareceu a mais familiar… familiar… e no final, este nosso imenso universo não seria o único, havendo outros em crescimento e em declínio, neste exato momento, semeados e em desenvolvimento nos jardins de Brahman, aquele Hiperespaço ou Existência anterior ao próprio Universo, flagrada quando o espaço-tempo cede e é perfurado, rompido ou atravessado dentro do nosso Cosmos aparentemente fechado.
JP em 18.06.2021
