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O Universo do Autismo

O autismo, atualmente chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição caracterizada por comprometimento na comunicação e interação social, associado a padrões de comportamento restritivos e repetitivos.

Os sinais do TEA começam na primeira infância e persistem na adolescência e vida adulta. A condição acomete cerca de 1 a 2% da população mundial, com maior prevalência no sexo masculino, e as causas são multifatoriais, com grande influência genética, mas também com participação de aspectos ambientais.

Algumas outras condições podem acompanhar o TEA, como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), depressão, epilepsia e deficiência intelectual, essa com ampla variabilidade.

O tratamento do TEA é baseado em terapias de reabilitação que devem ser direcionadas de acordo com as necessidades de cada pessoa e envolvem equipe multidisciplinar.

Os principais objetivos do tratamento são melhorar a funcionalidade social e as habilidades de comunicação e reduzir comportamentos negativos e não-funcionais e, assim, contribuir significativamente para a qualidade de vida das pessoas com TEA e de seus familiares/cuidadores.

Sabe-se que o tratamento precoce tem grande impacto no prognóstico. Ambientes com acessibilidade, educação inclusiva, programas de suporte e a inclusão no mercado de trabalho têm contribuído substancialmente para a melhora da qualidade de vida desta população.

(Até aqui, as definições médicas)

O que significa o autismo no mundo espiritual?

Segundo a espiritualidade, a doença é um autoisolamento do espírito. Por reiterados choques contra as leis divinas em vidas passadas, ele acaba afetando a formação genética do corpo que passa a abrigá-lo. E essa alternativa é uma fuga das condições que atormentam.


Eu diria que o Autismo é um tipo de desconexão da mente entre as realidades externa (mundo) e interna (consciência).

Autismo, do grego autós, significa “de si mesmo”.

Esse termo foi empregado pela primeira vez pelo psiquiatra suíço Eugene Bleuler em 1911. Bleuler tentou descrevê-lo como a “fuga da realidade e o retraimento interior dos pacientes acometidos de esquizofrenia”

O Autismo é necessariamente uma condição espiritual negativa?
Não.

Até porque existem grandes gênios que foram considerados como portadores de sintomas do espectro autista, como Albert Einstein, Nikola Tesla e Isaac Newton.

Como podem coexistir autismo e genialidade?

No caso, essa desconexão com a realidade não significa outra coisa senão que o autista está tão conectado com as realidades superiores que, diante da realidade mundana comum, ele se comporta com extrema indiferença.

Existe então duas espécies de autismo, o inferior e o superior?
Do ponto de vista do gênio e de toda alma conectada com outras realidades, sim.

O Autismo é desconexão, isso é um ponto.

Mas que desconexão? Com a realidade que nos cerca?
E quem disse que esta é a única realidade?
Bem, os cientistas disseram, eles que não são “autistas” do ponto de vista neurológico oficial.

Se o autista está desconectado desta realidade, isso significa que sua mente está conectada com outras realidades.
Certamente que existem realidades ilusórias que a mente do autista cria e nelas se refugia, o que qualifica um autismo negativo, um tipo de escapismo.

Interessante reparar que o autismo acontece mais entre os homens, e é verdadeiro o fato de que os homens têm um emocional mais frágil que as mulheres diante dos grandes problemas da vida. Mulheres são emocionalmente mais fortes e mais maduras para abordar situações de stress e pressão psicológica.

Mas, se o autismo é uma desconexão de realidades, num aspecto superior ela se torna uma reconexão, quando então, para a mente reconectada com planos superiores, a convivência com pessoas e situações deste plano mundano por elas considerado inferior se torna abalada.

E então vêm os rótulos da sociedade, as definições clínicas, neurológicas, éticas, filosóficas e morais que muito pouco alcance tem sobre melhores definições do caso.

Um gênio é um autista superior, podemos dizer isso.
Para se reconectar com realidades mentais elevadas, ele precisa se desconectar de vários pontos da realidade comum que não lhe interessa e nem lhe atrai.

Até do ponto de vista emocional (considerados frios ou ausentes), aquela classe de autista superior pode estar comungando de uma tal esfera de sentimentos elevados que, para os padrões da civilização comum, presa na linha horizontal de seus roteiros repetidos, venha a se tornar uma pessoa indiferente ou sem emoções.

Certamente que o autismo, no aspecto inferior da condição, pode mesmo retratar um quadro kármico de uma alma que, em vidas passadas, se habitou a fugir dos problemas da vida, criando assim uma realidade mental utópica e paralela, porém existente somente em sua mente.

Mas essa definição não é absoluta e nem mesmo válida para definir os estágios de um autismo superior, quando a mente se coloca num plano tão alto de realidades ocultas (para os seres comuns) que não pode ser culpada pelo seu desinteresse pelas coisas que considera comuns (pelas quais vivem os seres comuns).

Existem até definições do budismo que consideram o amor como um desapego do estilo “sublime indiferença”, transformando todos os iogues e monges em comunhão em autistas pelas reações manifestadas no círculo comum da existência.

O grande problema consiste na limitação da medicina e ciência oficiais diante dos mistérios da alma humana, procurando por tabelas, padrões e referências em seu limitado acervo de conhecimentos – todos com base nos modelos desta realidade 3D – e que não irão funcionar para medir todas as dimensões da mente humana, tanto na escala inferior como na escala superior.

O Universo do autismo que eu lhe apresento por outros ângulos que você ainda não tinha considerado. E por estes ângulos, muitos de nós podem ser autistas, mas numa definição superior do termo: desconectados das realidades comuns mas fortemente conectados com planos e realidades que os comuns não alcançam…

Tudo tem dois lados.

JP em 01.12.2022

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