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O terrível segredo da cruz

O terrível segredo da cruz

Muita gente ainda não entendeu este signo, este sinal, símbolo e chamado de Deus para o mundo.

Religiões em conflito em toda parte mas a verdade não anda nos extremos da razão, o que significa cegueira coletiva.

INRI é o Fogo Sagrado que transforma humanos em divinos, a energia do Espírito Santo que conduz a vida mortal para a vida eterna, o coração de um Deus Vivo se sacrificando em nome do seu amor mais caro, a humanidade.

No coração dos mundos, dos sóis, estrelas e galáxias distantes, uma porção do próprio Deus criador é crucificada por vontade própria, e ali, mantida em ato perene de sacrifício no altar sagrado dos sistemas cósmicos para dar vida aos mundos.

E no templo físico do ser humano, o altar divino é o seu próprio coração, onde INRI opera a transformação vital dentro de uma desconhecida chama de amor para o próprio possuidor desse coração ainda perdido nas próprias ilusões sobre todas as coisas.

O que a ciência não explica sobre o Sol é tudo o que ela não pode ver. E o que ela não pode ver é tudo o que a cruz revelou. Que Deus está no coração de todas as coisas, operando sacrifícios desconhecidos pelo ser humano para que a vida continue a correr em seu corpo, em suas veias, em sua alma.

O sacrifício sempre foi a lei da salvação que os deuses operaram na humanidade desde os primórdios, mas os demônios se fizeram como deuses entre os homens e passaram a sacrificá-los, invertendo o sentido daquela lei maior assinalada pela cruz, o símbolo mais recorrente nas culturas antigas entre todos, e não apenas nos domínios cristãos, como julgam muitos.

Muitos ateus comparam o ministério de Jesus Cristo com modelos de outras religiões antigas, e ao detectarem evidentes semelhanças, em vez de reconhecerem finalmente a lei do amor maior como a assinatura do próprio Deus através de seus muitos agentes enviados ao mundo no meio de todas essas manifestações espirituais legítimas na Terra, interpretam isso de forma errada, e ao contrário, como se tal semelhança fosse um plágio ou cópia de uma cultura para outra que, então, invalida a doutrina cristã como um todo na mente cega deles, ignorando totalmente o fenômeno da corrente de luz dos mestres da humanidade como forma de deter o avanço das trevas no mundo.

Mas o amor não foi amado.
Foi cuspido, traído, vendido e ultrajado.
Mentes sombrias não podem reconhecer a luz. Corações vazios e amargos não podem amar o amor da cruz.

E hoje, a loucura coletiva assume o controle global, como fora predito, e segue doutrinando a mente humana, e uma força inimiga sutil a invade, colocando-a em ódio direto contra o Cristo, preferindo ideologias que a Verdade e amando o próprio ego e não o Amor que criou e nutriu todas as coisas.

Não existe ato mais abominável e maldito do que assassinar Deus.

E esse assassinato ainda não terminou.
Até que a humanidade termine sob o peso da própria maldição, crucificando a si mesma no fogo que, por essa razão, polariza a sua força nos domínios do Inferno..

Aquela cruz brilhou uma luz tão forte que cegou a maioria das mentes. Apenas as poucas almas de coração mais puro e mais próximo da verdade da cruz puderam suportar a sua luz, batismo de um segundo nascimento.

Quanto ao resto, esse mundo maligno que se agita no próprio vômito de blasfêmias imundas, só restará se contorcer na escuridão até o fim.

Em vão procuram por respostas na ciência e soluções na tecnologia, por salvadores na política e esperanças nos discos voadores ou em falsos mestres, gurus e doutrinas adaptadas ao ego na era onde tudo é artificial, da raiz dos cabelos à ponta da alma … se o maior poder do Universo se revelou a nós, e nós o rejeitamos, o que nos faz pensar que poderes muito menores do que este trariam a solução dos nossos problemas e a cura das nossas aflições?

O fato é esse, o mundo amou mais a si mesmo do que ao Criador, e o seu deus é o dinheiro, e a sua motivação constante é o prazer físico.

Não reconhecem mais e nem querem reconhecer a lei do amor e o caminho do sacrifício, da renúncia, da abnegação e do perdão.

Seres que focaram no desejo do próprio ego e não há força nem humana e nem divina que os retire dali.

Porque a vida material é apenas um ensaio da realidade, um estágio de crescimento da alma encarnada. Porém, o ego criou a justificativa de que o espírito é uma mentira e que a vida material é tudo o que existe para ele desfrutar plenamente, avidamente, loucamente.

Eles se autoempoderam apenas porque o esquecimento da verdade lhes deu a sensação ilusória de que realmente podem algo, mas a sétima e última mensagem de Deus à todas as religiões da Terra é clara:

“Como dizes: rico eu sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta, e não sabes que tu és um desgraçado, e miserável, e cego, e pobre, e nu”
(Apocalipse 3)

Empoderam seus corpos, seus egos e suas ideologias sem saber que tudo isso será pó um dia, será nada em breve.

Enaltecem suas paixões carnais e facilmente pervertem a ética e a filosofia para declarar que suas maiores torpezas são atos de amor.

Mas tudo isso não passa de esterco diante do verdadeiro amor.

Continuam pisoteando as pérolas do Mestre.

Esmagam o bom senso com os próprios pés e traem a consciência manchando suas mãos e sua honra para se satisfazerem eternamente, insaciavelmente, vendendo a própria alma à mentira todas as vezes em que ela for mais conveniente do que a verdade.

Mas o que essa humanidade não sabe é que do mesmo núcleo de fogo vivo das entranhas de Deus sacrificado dando vida à todas as criaturas procede o poder para destruir essa vida, quando ela se corrompe e se torna imunda, maligna e indigna da bela e preciosa existência.

Quando o céu de cabeça para baixo se torna o Inferno.

O sagrado fogo da cruz é o mesmo.

Mas ele vibrará em cada um conforme cada um vibrar diante dele.

Glória e vida eterna ou dor e maldição.

Um fogo amoroso e bom de serviço ao próximo, ou um fogo doloroso e destruidor do ego voltado contra ele mesmo.

A escolha é sua, mas a cruz é inevitável, já que Cristo levou para a cruz o velho homem, de modo que ninguém poderá fugir da sentença da cruz.

Amando a cruz ou não, isso não importa, sua alma será julgada por ela. Lembram dos dois ladrões junto com o Cristo na crucificação? A cruz representa também uma balança com dois pratos, duas medidas, pesando todo o bem e todo o mal de cada coração humano.

O bom ladrão é o que se arrepende, e o mau ladrão, o que se confirma na própria maldade. Todos nós estamos de um ou de outro lado da cruz.
Não temos como evitar isso.
Mas podemos escolher de qual lado estaremos.

O que houver no seu coração é o que vai fazer você se mover para um ou para o outro lado da Cruz de Cristo.

“O amor não foi amado”.
São Francisco de Assis

“A luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a compreenderam”
São João Evangelista

Uma abençoada Páscoa para todos.


JP em 18.04.2025

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