Espiritualidade

O mito do Tempo e da Eternidade (Urano, Gaia e Saturno)

Se Saturno é o tempo, Urano é a Eternidade.

Dizem os mitos gregos da Criação que Urano e Gaia, a Terra, eram Pai e Mãe de todo o cosmos, tanto que Urano se torna nome do céu, e Gaia, da Terra.

Todas as estrelas eram filhas de Urano. Ou os Anjos, na concepção bíblica. E Gaia, morada da Natureza e das criaturas inocentes, seres vegetais, animais e humanos criados puros (Adão e Eva), bem como os titãs, os seres monstruosos, como que representando estágios evolutivos da vida na Terra, tocando a realidade dos próprios dinossauros e grandes bestas titânicas da antiguidade dentro das analogias simbólicas do mito, apesar de que os titãs encarcerados no Tártaro também representam os demônios.

Até que seu filho, Saturno (o tempo) castra o próprio pai para roubar-lhe o trono.

E atira seus órgãos genitais no mar, donde nasceu a deusa Afrodite, Vênus.

Esse epísódio retrata muitas verdades espirituais.
A geração humana caiu no pecado e perdeu sua natureza Anjo (filhos das estrelas) sendo atada por Saturno (o Karma, a roda, os ciclos de repetição) a uma vida de dor e sofrimento na matéria (planeta purgatório que já foi planeta Éden um dia).

Mas do sofrimento e humilhação do pai das estrelas, Urano, nasceu a deusa do amor e da beleza, Vênus, o que significa que o próprio amor precisa ser maduro e consciente para se fazer belo em suas expressões.

Porque a castração de Urano representa a queda dos filhos espirituais (anjos) na consciência carnal e material, e desse princípio espiritual que foi esterilizado na humanidade, debaixo dos dolorosos ciclos de Saturno, o karma, nasce o amor e a beleza, frutos da consciência do bem e do mal.

Afinal, nenhuma experiência é perdida no Universo espiritual em constante movimento, mutação e evolução.

E entre os filhos de Saturno, apareceu aquele que libertou seus irmãos da tirania do tempo (Cronos, que devorava todos os seus filhos quando eles nasciam).

Seu nome é Júpiter, que se tornou o soberano dos deuses, e que representa, no paralelo bíblico, Jesus Cristo, o libertador, com poder para nos libertar do karma, da dor e da morte.

Aliás, nos mistérios herméticos, a pessoa humana de Jesus Cristo tem relação direta com o Sexto Anjo do Apocalipse, que é o Anjo ou inteligência planetária de Júpiter a serviço da humanidade.

Todas as sabedorias antigas se alinham maravilhosamente, uma refletida na outra, porque não há nenhuma contradição entre as partes quando todas elas saíram de uma mesma verdade original.

A única contradição acontece quando o ego humano não compreende as conexões entre essas partes e passa a empregá-las como motivos para guerrear contra as outras partes da mesma verdade que ele ainda não contempla integrada.

E assim, inventa religiões e crenças isoladas, que passam a guerrear entre si.

Como podemos ver, os seres divinos não podem ajudar muita coisa quando a própria humanidade emprega o conhecimento dado de maneira distorcida para satisfazer seu ego violento e possessivo, ainda incapaz de amar e contemplar a verdade unificadora de tudo em tudo.

JP em 30.01.2023

Comentários

Botão Voltar ao topo