Espiritualidade

Algumas reflexões sobre as Religiões e os seus desvios

A consciência mediana da humanidade ainda está naquele nível baixo de acomodação ás linhas religiosas que implicam em crenças cegas e em devoção a valores ainda não experimentados na prática.

A doutrina do futuro será apenas e tão somente o contato direto e a experiência plena com a VERDADE, sem mais a necessidade de intermediários e “atravessadores”, que além de encarecer o produto, o desfiguram de acordo com suas segundas e terceiras intenções.

O grande mal da humanidade crente é essa dependência não exatamente de religiões, mas de atravessadores, de intermediários, de padres, papas, pastores, gurus e toda sorte de canal duvidoso.

Porque a água da fonte pode ser limpa, mas a partir do momento em que a água limpa da fonte passa por um cano sujo, ela sairá suja do outro lado e não será boa de beber… a Verdade é a água da Fonte Divina, mas canos sujos tem-nas servido à humanidade há séculos… quando começaram a institucionalizar o ofício do Ensino Espiritual.

Aliás, o toque da Terceira trombeta faz a estrela ardente cair nas águas das fontes e rios, que se tornaram amargas e contaminadas e mataram os homens.

Não haveria uma relação aqui, entre outras, com essa contaminação das religiões comparadas a água?

João não batizava com água em seus ensinamentos? A água pura do Jordão…a humanidade está sendo doutrinada com esgotos podres… nesse sentido.

Batismo, Imersão. Novo nascimento etc. Espírito Santo, a fonte da água viva. A simbologia é profunda.
Se eu creio na existência de um DEUS que está em tudo e tudo nos dá, a vida, a alma, o alimento e a proteção de um dia bom, pra mim, estranho seria não adorá-lo, sabendo do que Ele representa (tudo) em minha vida. Isso nem é religião. É constatação da consciência desperta e da espiritualidade ativada na vida.

É tentar viver a vida com consciência da ORIGEM das coisas e procurar devolver o fluxo com apenas a ação da GRATIDÃO e OBEDIÊNCIA.

E tudo acaba dando certo na vida e depois dela. Agora, adorar a um deus, um santo ou a qualquer entidade por causa de interesses materiais ou pessoais, aí já não é gratidão, é ego vestindo misticismo. Esse comportamento não pode ser usado como régua para definir o verdadeiro espírito religioso.

E se Deus nos parece severo e impositor em algumas passagens bíblicas, vejamos, qual pai e qual mãe não ameaça ou ao menos intimida o filho quando ele faz coisas erradas? Acaso viver o espiritual seria viver sem regras?

Qual pai ou qual mãe não pune seus filhos quando cometem erros graves? A religião ou doutrina tentam estabelecer critérios de vida e moral para a humanidade, e definir leis de causa e efeito em todos os atos.

Ter consciência destas coisas, na minha idéia, é o mesmo que adorar a Deus no sentido de obedecê-lo e ser-lhe grato pelas dádivas anunciadas e acessíveis.

Mas há um novo movimento que pretende fazer do homem seu próprio deus, para que ele crie suas próprias regras ou mesmo viva alheio a regras, e por isso se inclina a destruir todas as religiões e doutrinas que limitem seu ego opulento e lascivo nesse sentido.

E quando o medo for substituído pela consciência, esse amor por Deus será automático. Mas temos que compreender a forma de pensar dos povos antigos. Entre adorar e amar com consciência há uma larga diferença.

Os povos antigos eram muito inclinados a toda essa forma de crer e de sentir a Deus com adoração e culto. Creio que muitos de nós já estamos maduros para trocar a adoração imposta pelo amor consciente de obediência e gratidão.

Acredito que o estilo divino da ameaça se aplicava ao nível daqueles povos bárbaros, sem lei e sem limites do passado registrado na Biblia, que cortavam cabeças e copulavam feito bestas insaciáveis.
Deus se apresenta conforme o nível básico da consciência dos povos por Ele visitados. Nível muito baixo naqueles tempos.

Não acho que haverá extinção de religiões, mas mudança de religiões, porque muitos tomarão Aliens como novos deuses para serem adorados e seguidos.

Isso já acontece bastante. Canalizadores falam de entidades alienigenas em seus contatos. Os ídolos só mudaram de endereço e forma. Mas continua a idolatria viva.

Cristo não veio para ser adorado, mas para ser recebido como um Irmão Maior que tem uma chave que facilita a nossa ascensão.

Como alguém que está um nível superior e estende a sua mão para puxar para cima que puder encontrar sua mão amiga neste mundo que afunda por causa de tantas teorias e confusões desnecessárias.

Por isso, sua Verdade soa mais nítida aos ouvidos simples, puros e infantis, sem tanta racionalização estéril na mente.

Se a mudança não acontecer dentro, o mesmo impulso apenas se vestirá com outra roupagem cultural. Em vez de lei de imposição, temos que resgatar a consciência das coisas, que nos torna obedientes e gratos à Lei Maior de forma automática e espontânea, sem a necessidade de mandamentos e ameaças (creio que isso seja um mal necessário devido o status da humanidade atual).

E nesse dia então compreenderemos Deus e a fonte de todas as religiões. E que cada religião cumpriu o seu papel, visitando os povos de acordo com o seu nível de receptividade.
No meu entender, Religião é apenas ser bom e fazer o bem.

Realmente, quem entendeu diferente vai se assustar quando a simplicidade da coisa toda for apresentada, muito acima de deuses, Ufos, padres, pastores, lendas e fantasias da mente sonhadora.

A Lei de Causa e Efeito explicará tudo.

O Amor é a melhor das causas, porque seus efeitos são os mais rápidos no Universo do Amor.
O grande mal das religiões é ficar só na teoria. No discurso.

Acho que esse mal está em tudo. As pessoas falam muito e fazem pouco. E por cima, ficam brigando entre si para ver qual o discurso religioso mais “verdadeiro”.

Todo mundo questiona isso, por que os ETs não fazem nada pela humanidade… mas pouca gente questiona outra coisa:

Será que a humanidade merece?

Se a humanidade evoluir e deixar de ser sanguinária e egocêntrica, materialista acima de tudo, fazendo do dinheiro o seu deus real, então subiremos uma nota e nos elevaremos para o nível da amizade com Deus, sem a necessidade da ameaça. Porque haverá confiança mútua e fidelidade de nossa parte.

A religião é como um espelho, ela se apresenta de acordo com a face que olha nele.
Religiões caem em descrédito por se tornarem manipuladoras no sentido de enriquecer poucos a custa da manipulação ideológica de muitos.

Um exemplo: qual marido ou qual esposa gostaria de saber que seu parceiro nunca lhe amou, e só se casou consigo por dinheiro?

Não é exatamente o sentimento que Deus deve estar sentindo agora em relação a essa humanidade que mercantiliza o Seu Nome e põe preço ao Seu Amor?

Muita coisa seria esclarecida se a gente deixasse de misturar as coisas e achasse que Deus tem qualquer coisa a ver com esses abutres que vendem o Seu Nome para aqueles que pensam que podem comprá-lo, se fazendo então, todos eles, farinha do mesmo saco, tanto os que compram como os que vendem o que é Sagrado e nunca esteve a venda … não foi o próprio Jesus que expulsou os mercadores do Templo com chicotadas no lombo?

Ele mesmo nos ensinou sobre tal discernimento.

Quando falta a Luz, sobra a especulação.
Quando falta o Amor, sobra o vazio.
Quando falta a Fé, sobra o medo.

Deus É. Apesar de tudo.
JP em 01.04.2021

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