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O código dos três reis magos e a Estrela de Belém

Um grande código baseado no número três e que chega até nas indagações de Nikola Tesla… porque existe um véu sobre as Escrituras, e somente aos puros de coração é dado levantar.
E com olhos que mal podem acreditar no tesouro que sempre esteve ali, diante do mundo inteiro, mas o mundo não tinha olhos para enxergá-lo… amaldiçoando a escuridão.

“E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém,
Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo.”

Mateus 2:1,2

A história dos reis magos é narrada na Bíblia, exclusivamente no Evangelho de Mateus, sendo encontrada no capítulo 2 e nos versículos de 1 a 12. A narrativa bíblica não fornece muitos detalhes sobre eles, nem sequer seus nomes são mencionados. O único registro da origem deles é a menção ao fato de serem do Oriente.

“E, tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino.
E, vendo eles a estrela, regozijaram-se muito com grande alegria.
E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.
E, sendo por divina revelação avisados num sonho para que não voltassem para junto de Herodes, partiram para a sua terra por outro caminho.”
Mateus 2:9-12

Enquanto os reis magos representam os sábios, os pastores representam os simples.

Os sábios buscam a estrela, e os simples a encontram.

Os sábios, com seus livros, estudos, meditações e conhecimentos, se põem a buscar a luz divina, enquanto os simples apenas esperam por ela, como os pastores, vigiando e não dormindo em sua vida de oração, com esperança no coração que espera.

Esperar também é buscar.
E buscar é também esperar.
Porque em ambos os movimentos existe ESPERANÇA.

E em ambos, a necessária humildade diante do Rei maior de todos, que vem da parte de Deus.
Nisso, os sábios e os simples, os reis magos e os pastores, se fazem iguais perante a Luz da Estrela que ilumina a todo homem que vem a este mundo.

Desde a Estrela que os reis magos buscaram no céu dos eventos proféticos de Israel até os nomes, simbologias dos presentes e ofício (magos astrólogos), tudo contém rica e secreta simbologia especial aqui, dentro das páginas do Cristianismo velado, esotérico.

E esse Cristianismo velado já começa nas páginas secretas da Astrologia, lidando com uma estrela, um símbolo, um arquétipo e, também, uma rara configuração astrológica relacionada ao nascimento de um novo Messias no mundo.

O Apocalipse 12, por exemplo, relatou o advento da Igreja de Cristo em nosso tempo sob outro sinal reconhecidamente astrológico: a configuração planetária do dia 23.09.2017 nas constelações de Leão e Virgem.

Outra referência secreta aparece no número três:
Três magos do Oriente.

O número três é um dos tijolos mais importantes do enorme, imensurável edifício da Cabala.

A começar pelas três faces de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.
Temos as três Marias (exceto a mãe de Cristo), suas fiéis discípulas: Maria Madalena, Maria Salomé e Maria de Cleofás.

A Árvore da Cabala está disposta em três andares, por três triângulos sefiróticos (regidos pelas órbitas planetárias).

Sirius, a referência antiga e oculta à Estrela de Belém, é um sistema de três estrelas, e os antigos Dogons africanos já mencionavam isso, séculos antes das suspeitas da Astronomia moderna.

Três anjos são nomeados na Bíblia:
Miguel, Gabriel, Rafael.
E as três virtudes principais a eles associadas:
Fé, esperança e caridade.

Jesus tinha três discípulos mais chegados:
Simão Pedro e os irmãos João e Tiago, filhos de Salomé e Zebedeu.

A Paixão de Cristo se desenvolve em três dias, e no terceiro, ele ressuscita.
Enfim, a lista é bastante longa.
Mas voltemos aos Três Reis Magos.

Eles também são coordenadas astronômicas, porque o Natal, comemorado no dia 25 de dezembro, não é uma data real (as Escrituras não mencionam o dia do nascimento de Cristo) mas uma data simbólica: próxima do Solstício de Dezembro, quando a Terra entrava na longa e fria noite do desamor e da falta de compaixão (segundo as tradições culturais do Hemisfério Norte), quando então a luz e o calor do Sol Cristo eram mais necessários.

Em 25 de dezembro, sobe o signo de Capricórnio, e com ele, outros dois na sequência fecham o ciclo zodiacal: Aquário e Peixes.

Esses três signos se relacionam formidavelmente com os três presentes ofertados pelos magos ao menino nascido:

Ouro, representando a sua realeza (o Rei dos reis)
Incenso, representando o sacerdócio (o Supremo Sacerdote)
Mirra, representando o seu sacrifício humano (se tornou homem como nós, padecendo das mesmas dores, sofrendo o mesmo destino, mesmo sendo o Filho de Deus).

Ora, aqueles três signos que fecham o ciclo zodiacal, do Solstício de Dezembro até o ponto vernal (Áries, 21 de Março) se conectam ao simbolismo destes três presentes:

Capricórnio, signo de ascensão e poder terreno, simboliza a realeza.
Aquário, signo das estrelas e do conhecimento, representa o sacerdócio.
E Peixes, o último signo, representa o sacrifício final que nos conecta com o Pai, tal como ensinou Jesus Cristo em sua Paixão.

Bem, os três presentes, em idioma hebraico, também guardam suas mensagens cabalísticas cifradas:

Z H B (Ouro) valor 14
Q Th R T (Incenso) valor 709
M R (Mirra) valor 240

O ouro é o metal da realeza, da coroa e adorno dos reis.

O incenso é um instrumento ritualístico importante do Sacerdote, purificando o templo e preparando o ambiente para a consagração (dedicação ao culto divino).

E a mirra, uma erva que entrava na composição de unguentos para preparar os corpos dos mortos.

Soma total 14+709+240 = 963

A sequência dos três números múltiplos de 3 (o mistério do triângulo), 3×1, 3×2, 3×3
E se invertermos a sequência, 369.

Muitos se lembrarão dessa frase:

“se você conhecesse apenas a magnificência do 3, 6 e 9, então você teria a chave para o Universo”,
de Nikola Tesla.

A chave do Universo é o espírito.
E aqui, temos outra trindade:
Matéria, energia e consciência.

A consciência é a chave do Universo.
A consciência está em tudo, assim como o 3 aparece nos múltiplos 6 e 9.

A Cabala reconhece que o número três é essencialmente espiritual, enquanto o número quatro é um número material.

E da soma de ambos, 3+4 = 7, a identidade integral do Cosmos (Sete, número de estruturas completas), enquanto 3×4 = 12, reproduz o ciclo espiritual completo, em todas as fases e estágios, representados pelos doze signos do Zodíaco, sendo que os três últimos simbolizam Melchior, Gaspar e Baltazar.

Os três magos do Oriente que seguiram a Estrela de Deus na Terra.
Eles também representam as hierarquias do Oriente, isto é, do Sol nascente, das terras distantes, dos mundos distantes, quiçá de outros planetas, de outras estrelas e até galáxias que cruzam distâncias para se ajoelhar diante da mais rara encarnação de todas, quando ela acontece em qualquer chão do Infinito:

A Encarnação Crística.

Porque a Estrela simboliza algo muito maior e mais amplo, quando o mundo espiritual entra e deseja entrar em contato com o mundo material e terrestre, empregando fartamente o idioma dos SINAIS, desde eventos inesperados no céu até grandes acontecimentos astronômicos, mostrando aos pastores, aos magos e aos buscadores que a instrução existe e vem das Alturas.

E não existe outro evento maior no mundo espiritual do que este:
a manifestação crística nos mundos doentes que dela precisam.

E quando ela acontece, todo o céu canta, brilha e sinaliza ao povo doente que por ela espera.

“Glória a Deus nas Alturas
e Paz na Terra aos homens de boa vontade!”

JP em 25.12.2022

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