Cristo nos ensina o caminho de tornarmos filhos de Deus como Ele, para ajudá-lo na grande obra chamada O Reino de Deus.
Cumpriu seu grande sacrifício por nós, mas agora espera por discípulos que possam também se sacrificar como ele, em Nome do Pai. Isso é um ato de amor.
Chega de fazer ele carregar essa cruz eternamente por nós, concorda? Muitas religiões fanatizam esse amor e o transformam num desejo egoísta de salvação pessoal.
Em vez de esperar que ele carregue sempre a cruz do mundo, repleto de pecados e imundícies, ajudá-lo um pouco faz parte do trabalho, e isso foi representado por Simão de Cireneu, que o ajudou a carregar a Cruz na via dolorosa.
“Quem quiser vir depois de mim, que negue a si mesmo,CARREGUE A SUA CRUZ e me siga”
Isso é bíblico, mas muitos cristãos egoístas nunca meditam nestas palavras, e se omitem do dever sagrado do sacrifício na obra.
Senão, nosso amor por Cristo será mero interesse de salvação, e se torna egoísta, deixando de ser amor.
O inferno está repleto de gente que teve cobiça pelo céu mas nada fez para ajudar o semelhante.
Não estou negando nem a Graça e nem a eleição espiritual, mas refletindo sobre o egoísmo velado da adoração.
Falar o nome de Cristo não é o bastante.
Aliás, isso é biblico.
O amor verdadeiro deseja dar mais do que receber.
Analisar o ego a respeito desse desejo egoista de salvação é importante, porque é dando que se recebe.
E a árvore será julgada pelos frutos
não pelas palavras.
Se existe uma cobiça justa, essa cobiça deve ser pelo desejo de um coração capaz de amar e servir cada vez mais, porque a salvação e o paraíso serão uma consequência disso.
Sem esse coração, não existe nem salvação e nem paraíso.
E quem reage a essa verdade, ainda não está pronto para o Amor de Deus, porque salvação e paraíso serão conceitos de uma crença morta, não de uma realidade espiritual viva do seu destino.
Isso porque este tipo de Amor que falta em seus corações é justamente o paraíso que ignoram, e a salvação que desconhecem.
O ego está repleto de discursos iluminados que disfarçam suas reais intenções, cheias de cobiça e covardia.
Policiemo-nos, então.
JP em 04.01.2022