Nimrod aparece no capítulo 10 do Gênesis, na lista dos descendentes de Noé a partir de seus três filhos, Sem, Cam e Jafé.
Estes foram os filhos de Cam:
Cuxe, Mizraim, Fute e Canaã.
7Estes foram os filhos de Cush:
Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá.
Estes foram os filhos de Raamá:
Sabá e Dedã.
8Cush gerou também Ninrode, o primeiro homem poderoso na terra.
9Ele foi o mais valente dos caçadores, e por isso se diz: “Valente como Ninrode”.
10No início o seu reino abrangia Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinear.
11Dessa terra ele partiu para a Assíria, onde fundou Nínive, Reobote-Ir, Calá
12e Resém, que fica entre Nínive e Calá, a grande cidade.
Conforme etimologia, os escritos rabínicos derivaram o nome Ninrode do verbo hebraico ma·rádh, que significa “rebelar”.
Assim, o Talmude Babilônico (Erubin 53a) declara:
“Então, por que foi ele chamado de Nimrod? Porque incitou todo o mundo a se rebelar (himrid) contra a Sua soberania.”
Ninrode nascido nas terras de Sinaar, filho de Cush e Semíramis (neto de Cam e bisneto de Noé). Este foi pai de Azurade, Eliézer, Hunor e Magor.
O reinado
Segundo a Bíblia, o reinado de Ninrode incluía as seguintes cidades da terra de Sinear/Sinar: Babel, Ereque, Acádia e Calné. Foi, provavelmente, sob o seu comando que se iniciou a construção de Babel e da sua torre. Tal conclusão está de acordo com o conceito judaico tradicional.
Sobre este homem, Josefo escreveu:
“Pouco a pouco, transformou o estado de coisas numa tirania, sustentando que a única maneira de afastar os homens do temor a Deus era fazê-los continuamente dependentes do seu próprio poder. Ele ameaçou vingar-se de Deus, se Este quisesse novamente inundar a terra; porque construiria uma torre mais alta do que poderia ser atingida pela água e vingaria a destruição dos seus antepassados. O povo estava ansioso de seguir este conselho, achando ser escravidão submeter-se a Deus; de modo que empreenderam construir a torre […] e ela subiu com rapidez além de todas as expectativas.”
NMRUD, valor cabalístico 300 ou, sem a letra V, versão do nome NMRD, valor 294, o mesmo valor do nome de MELQUISEDEK, o rei e sacerdote de Deus, chamado de “rei de Justiça”, o primeiro também registrado na Bíblia (Gênesis 14), o que começa tecendo um interessante contraponto entre o homem de Deus e o primeiro rebelde.
Nimrod descende de Cam, um dos filhos de Noé, aquele que, por se valer da embriaguez do pai e ver-lhe a nudez, foi amaldiçoado por este, não ele exatamente, mas as suas gerações, o que alcança Nimrod, o rebelde.
Provavelmente, Nimrod esteve envolvido com o projeto da Torre de Babel, ou algum tipo de tecnologia da época que fosse capaz de alcançar as dimensões celestiais na sede do homem se equiparar a Deus, uma inspiração luciférica, aliás, bastante presente no espírito científico moderno, que quer subir até as maiores alturas do cosmos ou descer às mais profundas cavernas da matéria atômica para chegar lá e dizer:
“Não encontramos Deus aqui porque Deus nunca existiu!”.
A mesma linha de inspiração nos modelos culturais anticrísticos da atualidade, regados de ateísmo materialista e consumista.
O fim repete os inícios. A humanidade está no final do seu ciclo, e começa a repetir vivamente todos aqueles inícios, quando alguns dos descendentes de Noé passaram a assumir megalomania, se sentido poderosos o bastante para suprimirem o culto ao Deus Pai Criador do Universo, enaltecendo a sua própria pessoa humana como se fosse divina.
Bem, a síndrome de Nimrod está em toda parte no atual cenário dos homens e mulheres no poder (sim, agora as mulheres também tem grande interesse no mundo ambicioso dos homens, e aprenderam a cultivar cobiça, ambição e sede por poder, até então, mais típico do mundo masculino).
Podemos dizer que Nimrod representa o humano oposto a MELQUISEDEK em tudo, e sendo este homem de Deus, rei e sacerdote, rei de Justiça, eis que Nimrod é o seu contraponto, de inspiração luciférica, fazendo uso do seu poder não para honrar o Criador e a Criação, mas para honrar os desejos do seu ego.
E hoje, se os poderosos do mundo buscam uma Nova Ordem Mundial onde domine um único idioma, economia e pensamento massificado, é justamente para manter aquele mesmo status desejado por Ninrod e por muitos outros tiranos que subiram ao poder depois dele, desejando unificar as nações num reino homogêneo sobre o qual eles governem isoladamente como líderes supremos.
Sabemos bem de onde vem essa ideologia.
JP em 14.03.2023