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As bem-aventuranças do Fim

As bem-aventuranças do Fim

Bem-aventurado é você, que chegou até aqui e agora preservando a sua fé no Mestre mesmo debaixo da grande e maior de todas as perseguições das trevas de todos os tempos!

Porque você será contado entre os heróis desta raça obscura que vai afundar hoje, para que a nova raça de ouro espiritual governe amanhã.

Há uma aura de felicidade no semblante do Salvador, que finalmente poderá descer da Luz Incriada para a Densidade humana, porque essa Luz que brilha na face do Filho é aquela que nele se reflete da face do Pai, à quem contempla na Eternidade em sua Presença.

Há um pulso atravessando todo o universo e que faz vibrar os corações sintonizados ao coração do Senhor, gerando um estremecimento da cabeça aos pés, como se alguns de nós fossem filamentos condutores de uma energia divina entre a Terra e o céu que os outros filamentos não condutores, bloqueados em sua própria maldade, não pudessem sentir.

Há uma luz expansiva se comunicando entre as mentes que, desde sempre, fizeram parte dessa rede de 144 mil caminhos entrelaçados, braços unidos, almas irmanadas, e o que essa luz revela só eles sabem e só eles compreendem, idioma original dos anjos.

Há um júbilo entre as estrelas sinalizando novos alinhamentos, com os astros desenhando o mapa do final dos tempos, mapa esse que conduz à Ilha dos escolhidos assim que a tempestade se levante e suas ondas cubram os quatro cantos da Terra.

Há um novo canto sendo ouvido no Universo, um novo canto entre os Anjos, nossos amigos, mais presentes entre nós como nunca estiveram antes, já que o tempo da nossa peregrinação pelo vale da morte está para acabar.

Há um novo amor tocando as almas que não deixaram o egoísmo sufocar a caridade, e não trocaram a atenção pelo próximo por outros apegos, apegos materiais, apegos animais, apegos por si próprios. Um novo amor que está sendo compartilhado agora mesmo pelo coração do Senhor entre nós, com toda a força de sua bondade, mas os amores egoístas (que de amor nada têm) jamais poderão sentí-lo em suas vidas pequenas e miseráveis.

Há portais se abrindo em toda parte diante dos olhos abençoados pelas bem-aventuranças do fim, e como Moisés, podem já ver o paraíso restaurado do outro lado, ainda que, no momento, não possam cruzar a fronteira entre o aqui e o além, isso porque o tempo do Pai ainda não chegou, apesar de nossa ansiedade.

Há um novo conhecimento sendo reescrito pela mão dos sábios que nunca saíram das esferas da Luz nos tempos em que as Trevas tiveram permissão para contaminar todas as mentes do planeta mundo. E esse novo conhecimento será o Estatuto da Verdade naquela dourada Era de Cristo entre nós, chamado Emanuel.

Há um coração de mãe pronto para receber todos os seus filhos, refúgio onde reencontrarão a segurança perdida e a abundância em seus dias renovados, segurança e abundância que jamais poderiam ser encontradas nesse mundo de lobos se devorando pelo poder, dinheiro e ambição, mundo que eles mesmos transformaram no Inferno por tudo isso.

Infelizmente, há uma mão recolhida no fundo do poço que rejeitou a mão que lhe foi estendida por orgulho e arrogância.

Finalmente, há uma última lágrima sendo derramada na face das crianças da Terra, não as crianças em idade, mas as crianças em espírito, aquelas que nunca deixaram de sê-las mesmo na idade avançada, crianças que não perderam jamais a sua esperança naquela Verdade que falou ao mundo e morreu esmagada na Cruz dos nossos pecados, para renascer gloriosa no terceiro dia de todos os mundos e universos, decretando o fim da morte e o começo da vida real.

Porque as pessoas não sabem o que é a vida real, apesar de viverem suas vidas à margem daquela Verdade até agora.

São apenas sombras que se movem nesse mundo denso, suportando dores que poderiam aliviar, e carregando fardos que poderiam abandonar no meio da estrada. Porém, elas amaram a densidade pecaminosa que gera dor, e se acostumaram a carregar seus fardos pelo caminho sem fim e sem volta dessa decisão.

Mas como poderiam ter outra decisão aqueles corações que ainda não aprenderam a amar e ainda não compreenderam a luz que sempre os iluminou, e o amor que sempre os amou?

JP em 15.04.2024

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