Vila francesa oferece 2.000 euros a quem decifrar uma misteriosa mensagem esculpida numa rocha
Uma pequena vila francesa está a oferecer uma recompensa de 2.000 euros para quem conseguir ajudar o Governo local a decifrar uma misteriosa mensagem esculpida numa rocha com mais de 200 anos.
De acordo com a LCI, a misteriosa pedra, que está localizada numa zona de difícil acesso na cidade de Plougastel-Daoulas e que só pode ser vista quando a maré desce, tem 20 linhas de símbolos e letras gravadas.
Está inteiramente gravado em uma de suas faces, com letras maiúsculas na maioria, mas também com desenhos, dos quais um veleiro com seu mastro e seu açafrão.
Há também duas datas, 1786 e 1787.
“Essas datas correspondem aproximadamente aos anos de construção das várias baterias que protegiam o porto de Brest e incluíam o forte do Corvo localizado nas imediações” , disse Veronique Martin.
As suas inscrições valeram-se a comparação com a “Pedra Roseta”, considerada a grande estela do antigo Egito, crucial para a compreensão moderna dos hieróglifos.
Palavras em letras maiúsculas, desenhos de barcos à vela e algumas figuras que parecem datar de há, pelo, menos 200 anos (entre 1786 e 1787) podem ser vistas a olho nu na pedra. Porém, até agora, ninguém foi capaz de decifrar o seu significado.
“Perguntamos aos historiadores e arqueólogos por aqui, mas ninguém foi capaz de elaborar a história por trás da rocha. Então pensamos que talvez no mundo existam pessoas que tenham o tipo de conhecimento especializado de que estamos a precisar. Em vez de permanecer na ignorância, lançamos uma competição”,
disse Dominique Cap, presidente da vila Plougastel em declarações à BBC.
Os participantes devem responder a várias a questões como quem gravou a pedra, em que idioma e codificações, e para tanto, elas devem ser respondidas de acordo com o site Chasses au Tresor (caças ao tesouro).
Quando as inscrições terminarem, em novembro, um painel de jurados escolherá a interpretação mais plausível.
A iniciativa foi apelidada de “O Mistério de Champollion em Plougastel-Daoulas”, em homenagem a Jean-François Champollion, o linguista que decifrou a Pedra de Roseta no século XIX.O município acredita que desvendar esta mensagem pode ajudar a melhor compreender a história da aldeia.
Há pessoas que nos dizem que é basco (…) outros nos dizem que é o velho bretão, mas nunca conseguimos decifrar o texto”, lamenta o prefeito. de Plougastel-Daoulas Dominique Cap, entrevistado pela AFP. A chamada, lançada para o endereço de lingüistas, historiadores, acadêmicos, estudantes ou entusiastas, terminará em 30 de novembro de 2019. Um júri se reunirá para escolher a proposta mais plausível e conceder o bônus de 2000 euros.
As regras do concurso estão disponíveis na prefeitura.
Parte das inscrições:
“ROC AR B… DRE AR GRIO SE EVELOH AR VIRIONES BAOAVEL… R I (ou novamente)
OBBIIE: BRISBVILAR… FROIK…AL”
(ao lado de um coração encimado por uma cruz, podemos ler estas palavras sobre a imponente rocha no penhasco)
Plougastel-Daoulas : une récompense de 2 000 euros pour décrypter une mystérieuse inscription gravée sur un rocher https://t.co/7oaQeePdyp pic.twitter.com/fbYr1v9JfL
— LCI (@LCI) May 10, 2019
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Quem se habilita?
Pessoalmente, se nenhum idioma local ou histórico daquela época conseguiu decifrar as inscrições, penso que podemos estar diante de códigos, anagramas, palavras embaralhadas, talvez em latim, muito usado neste tipo de codificação antiga.
JP