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Julgamentos e emoções – um dilema proposto

Suponha que você esteja diante de um grande julgamento, e seja testemunha no processo de uma pessoa.

Primeira situação:
Você pessoalmente detesta essa pessoa mas sabe que ela é inocente.
Mentiria para condená-la?

Segunda situação:
Você pessoalmente gosta muito dessa pessoa mas sabe que ela é culpada.
Mentiria para libertá-la?

Entendem agora porque a Justiça deve ser cega e jamais seguir a voz emocional, sob risco de falsidade de testemunho?

Justiça deriva de racionalidade, não de afetos e desafetos, sempre tendenciosos. Claro, você julgará conforme seu emocional lhe inclinar. E coração é sempre enganoso e nos trai quando abriga baixos sentimentos, como vingança ou apego.

Se você gosta da pessoa, vai querer absolvê-la de suas culpas, mas se a odeia, vai querer condená-la, independente dos atos reais e culpabilidade ou inocência daquela pessoa.

Um povo afetado por emoções de paixão e ódio jamais arbitrará a favor da verdade, mas tão somente a favor de seus pontos de vista, todos forjados com base em emoções tendenciosas, e não razões esclarecidas.

O mesmo deveria acontecer TAMBÉM com os juízes a frente das instituições, mas eles TAMBÉM estão julgando conforme seus ódios e afetos pessoais. Esses são os dois pesos e duas medidas que eles estão atirando nos dois pratos da Balança.

E a injustiça cobrirá a Terra… porque a cegueira do povo não será a mesma cegueira da Justiça, cujo símbolo representa sua imparcialidade. E sim, uma cegueira de total falta de honestidade.

JP em 04.11.2022

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