A mais santa de todas as terras
Muitos chamam Israel de terra santa porque viu nascer o Messias, mas consideram comum o ventre que o gerou.
Muitos beijam o muro da velha Jerusalém onde se lamentam, mas não beijam suas mães na face em sinal de gratidão.
Muitos celebram rituais em templos com toda pompa e magnificência, mas desprezam o coração do amor materno que fez de sua vida um ritual de sacrifícios em nome do filho amado.
Muitos se purificam em tanques e fontes sagradas, mas desmerecem os seios que os amamentaram com o primeiro alimento de suas vidas e as lágrimas derramadas por esse anjo nosso de cada dia.
Muitos peregrinam até a cidade sagrada para se ajoelharem diante de lugares históricos, mas não peregrinam até os braços de suas mães para se ajoelharem diante do santuário que os trouxe a este mundo.
Muitos amam um Deus Pai mas não conseguem compreender que não existe Filho só de Pai.
Consideram blasfêmia, heresia e apostasia aceitar o fato que a Mãe é a outra coluna da Criação, e se Deus Pai é a fonte invisível de tudo, Deus Mãe respira em toda a criação visível desta fonte, por exemplo, na Natureza, Deus visível que chamamos de Mãe, a mais santa de todas as terras.
Esses muitos fanáticos apontam seus dedos de julgamento e condenam aqueles que amam a Mãe de Deus… eu pessoalmente acredito que a maioria deles têm sérios problemas de relacionamentos com suas mães humanas, transferindo então sua incompatibilidade para a imagem da Mãe divina.
Ou se não for este o caso, é porque seus corações não sabem o que é o amor por Deus.
Dizem amar um Deus que está distante, ou apenas identificado no que declara a Bíblia, mas são incapazes de viver esse amor em cada criatura, espelho de Deus no semelhante, esse mesmo Deus que elegeu a maternidade como o ofício mais sagrado do mundo.
Como podem amar o filho mas desprezar a mãe que o gerou, tomando-a por comum?
Como podem tomar por comum uma mulher desposada pelo Espírito Santo em pessoa?
Falta amor que acenda a compreensão na mente destes fanáticos guiados pela crença em letras mortas.
Quem classifica o amor por Deus em função de religião, casta, tribo, crença ou letra morta de uma Escritura que não se fez lei viva no coração, na verdade, nunca amou a Deus.
Amam apenas um conceito, amam somente o que esse Deus significa para seus egos em busca da não condenação ao inferno que eles temem, numa relação de troca que facilmente traveste o sentimento de cobiça em algo espiritual, e que de espiritual não tem nada.
Mas eu lhes digo:
O inferno é a ausência de amor.
E você?
Já abraçou a sua terra santa hoje?
JP em 25.07.2023