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Governo chinês avisa à população para armazenarem alimentos às pressas

O governo chinês está orientando e encorajando sua população a estocar alimentos, principalmente produtos essenciais, para o período do inverno e diante das preocupações com o novo aumento dos casos de Covid-19 que vem sendo registrados no país. Mais do que isso, o Ministério do Comércio solicitou às autoridades locais para que estabilizem os preços e garantam o abastecimento de itens de necessidades diárias dos chineses, segundo noticia a Bloomberg diante de um comunicado trazido pela pasta na última segunda-feira (1). 

Em setembro, a nação asiática já havia divulgado uma outra nota solicitando a a garantia do abastecimento antes do início do feriado da Semana Dourada, no começo de outubro. Ainda assim, esse último gerou mais preocupação e especulação por conta do coronavírus. 

Assim como nas demais partes do mundo, os preços dos alimentos na China seguem bastante elevados e intensificando o cenário inflacionário. Nas últimas semanas, os vegetais subiram tão agressivamente que chegaram a superar algumas proteínas animais, como mostra o gráfico abaixo da Bloomberg composto por dados do ministério. 

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Gráfico: Ministério do Comércio da China + Bloomberg

Prevenção somente ou não, depois que as notas foram divulgadas as ações de empresas alimentícias subiram de forma considerável, chegando a registrar altas de até 10% em alguns casos. 

“Os principais distribuidores agrícolas foram encorajados a assinar contratos de longo prazo com os produtores, enquanto as províncias do sul e do norte da China foram instruídas a melhorar seus sistemas de reserva de vegetais e também liberar carne e vegetais das reservas em tempo hábil para repor os suprimentos.
A chamada para estocar alimentos ocorre menos de duas semanas depois que um departamento governamental diferente disse às empresas para não acumularem alimentos”, informou a Bloomberg.

CHINA X COVID-19

Nesta quarta (3), a Comissão Nacional de Saúde da China confirmou 93 novos casos com sintomas de Covid-19 e mais 11 infecções assintomáticas na terça (2), contra 54 do dia anterior. Este é o maior número desde 9 de agosto, quando se registrou, segundo a Reuters, o último grande surto da doença na China. O gráfico abaixo mostra o atual momento da pandemia no país:

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Gráfico: Bloomberg

Ainda assim, um comunicado da pasta procurou acalmar a população. “O abastecimento das necessidades diárias é suficiente em todos os lugares e o abastecimento deve ser totalmente garantido”, afirmou Zhu Xiaoliang, um alto funcionário do Ministério do Comércio, em uma entrevista à emissora estatal CCTV. Além da emissora, outro portal local e estatal, a Economic Daily, divulgou um reporte orientando a população a não ficar muito preocupada ou ansiosa em torno dos comunicados e que o objetivo era fazerem com que estivesse preparadas caso um novo surto da Covid-19 se agravasse, dando espaço à novas medidas de restrição.

Algumas províncias lutam sua batalha mais agressiva contra o vírus desde que ele apareceu pela primeira vez em Wuhan, há dois anos. O gigante asiático luta há alguns meses com a variante delta, que tem elevada e rápida taxa de infecção. No último surto, 600 casos de coronavírus foram confirmados em 19 das 31 províncias chinesas. 

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