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Fenômenos luminosos na câmara escura da mente

É comum, para muitas pessoas, quando em estado de prática, de olhos fechados, captarem estranhas imagens desfilando diante da tela escura da mente (imagens internas, já que os olhos estão fechados e o nervo óptico não está recebendo nenhum luz externa).
É o caso de estarmos falarmos de um fenômeno de “luz interna”?
Certamente!

São como clarões repentinos, e as vezes, imagens difusas, como pinturas um pouco borradas, ou paisagens distantes, ou mesmo rostos aparecendo na câmara escura da mente.
Às vezes são números, são letras, são formas geométricas, etc.

Vai depender muito do contexto dos valores trabalhados pela pessoa na prática, porque, às vezes, essas imagens surgem espontaneamente, nem sempre atraídas pelos argumentos da prática e do pensamento em ação naquele momento.

Elas não são resultado de pensamento, mas são imagens exteriores ao próprio pensamento, embora atraídas por ele, num outro contexto do fenômeno que também participa das criações da energia mental, como o próprio pensamento, os sonhos, as visões, a inspiração, etc.

Eu diria que este processo significa, no nível psíquico, a clarividência em estado embrionário, se desenvolvendo na raiz do terceiro Olho, chakra Ajna (testa).

Do ponto de vista neurológico, o fenômeno ocorre em função da eletricidade amplificada no sistema nervoso e cérebro durante as práticas, e essa estranha bioluminescência interna não é captada pelos olhos, que estão fechados, sendo oriunda do cérebro, e então gerada por aquela eletricidade circulante (da fonte do Pranayama – controle da respiração).

Como um aparelho de TV que precisa da fonte elétrica da tomada para captar sinais distantes (rádio-frequências) e transformar isso em imagem e som na caixa ou tela de projeção, mais ou menos é como acontece na câmara escura da mente quando essa eletricidade nervosa é amplificada em circulação, dando apoio energético para que a nossa mente capte e materialize sinais de onda distantes… o chakra Ajna funciona como a tela de projeção interna destes sinais de frequências captadas pelo radar cerebral.

Precisaremos de muito treinamento até que este aparelho interno de TV possa materializar com clareza as imagens distantes captadas em seu receptor, muitas delas sendo de outras dimensões invisíveis aos dois olhos fechados, mas visíveis ao terceiro olho aberto!

Um artefato do mundo antigo que sempre representou a caixa cerebral em seus dois hemisférios polares geradores de grande energia é a Arca da Aliança. Toda revestida de ouro, por dentro e por fora, dois querubins gêmeos por sobre a tampa, tocando suas asas: quando a eletricidade cerebral circulando entre os dois hemisférios é intensa o bastante para materializar em imagens e sons aqueles sinais de onda do Universo-mente.

(Apesar do ouro não ser o melhor condutor elétrico, ele tem a vantagem de não se oxidar, como a prata ou o cobre).

O espelho mágico, a bola de cristal e muitos outros instrumentos de magia antiga tinham a mesma proposta e analogia com os poderes psíquicos sintonizados com as vibrações do Universo inteligente convertíveis em imagem e som na tela mental.

No caso da Arca da Aliança, era a imagem do próprio Espírito de Deus, qual chama de esplendor, que tomava forma diante dos olhos do Sumo Sacerdote. Ela era um modelo do próprio cérebro humano, e como tal artefato tecnológico e místico ao mesmo tempo poderia acionar poderes para ver e ouvir literalmente o Espírito de Deus (por meio de elevados Anjos Mensageiros, como Migue ou Gabriel).

Porém, outros profetas tinham o dom de “ver e ouvir” o Espírito de Deus sem qualquer artefato, quando então o dom da clarividência assumia um valor supremo, na forma de uma linha direta de contato com as mais altas inteligências do Universo-Mente se comunicando permanentemente entre suas partes.

JP em 13.02.2020

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