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Barrabás e Jesus, um ensaio cabalístico

*(imagem, “Dê-nos Barrabás!”, ilustração do volume 9 de The Bible and its Story Taught by One Thousand Picture Lessons, de 1910, e ao fundo, Jesus sendo levado para a cruz)


Barrabás (do aramaico: Bar Abbas, “filho do pai”, nasceu na cidade de Yafo, ao sul da Judeia. Foi contemporâneo de Jesus Cristo. É citado no Novo Testamento, no episódio do julgamento de Jesus por Pôncio Pilatos.

Narrativa bíblica

É identificado como “salteador” ou “assassino”. Era muito provavelmente integrante do partido judeu que lutava contra a dominação romana denominado zelote.

Atualmente, muito se tem usado essa passagem bíblica para ilustrar a grande tendência da humanidade adormecida em suas escolhas sempre favoráveis a tudo o que é contrário a Deus.

Escolhem a mentira antes da Verdade, a imoralidade antes da honra, o materialismo antes da espiritualidade e as ilusões do ego antes do chamado da consciência.

Da mesma forma como o povo escolheu Barrabás e pediu a crucificação do Filho de Deus, demonstrando cabalmente que a voz do povo NUNCA FOI a voz de Deus.

Assim sendo, vamos avaliar os nomes.

Bar- Abas, aramaico, que podemos converter para o hebraico Ben-Abi, filho do pai.

BN-AB, Ben Abi, filho do pai, valor 52+ 3 = 55, 5+5 = 10, roda, repetição de erros.

Como disse Jesus a Barrabás e aos seus simpatizantes:

“Baixa a tua espada, porque aquele que fere pela espada, será ferido por ela”.

O equivalente perfeito da sentença do karma, e enquanto o ferido partir para ferir o seu agressor, a roda nunca vai parar de girar.

Por isso, Jesus ensinou a fórmula do perdão como chave da libertação dessa roda de rancores e culpas transferidas para o tempo, que é a roda em questão, memorizando erros para repetir seus padrões kármicos no futuro, reedição do passado.

Jesus, o Filho de Deus, o Pai do Universo, e Barrabás, o filho do pai, pai num sentido comum.
E que pai (de Barrabás) poderia ser esse, senão que o pai da mentira?

Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira.”
João 8: 44

O pai da mentira é um homicida, e Barrabás cumpre esse papel, era um assassino que usava a revolta contra Roma para justificar seus crimes e suas mentiras pessoais.

Aliás, isso é coisa comum de se ver quando as pessoas tentam justificar medidas extremas que, no fundo, trazem outras intenções disfarçadas.

Outra coisa que se ensina aqui:
A mentira sempre gera violência.

Quando a lei, que deveria ser justa, passa a mentir num sistema qualquer de governo, o povo geralmente não terá outra saída a não ser o uso da violência.

Porque espada atrai a espada, e quando uma lei mentirosa passa a usar a força para coibir as liberdades individuais, certamente que o povo se sublevará.

Já vimos isso em diversos capítulos da História, como a Revolução francesa diante da farsa materialista dos reis e sua corte de burgueses puxa-sacos, parasitas do tesouro real.

A história é uma roda, tudo se repete e tudo retorna, quando o povo, que nada aprendeu, continua repetindo os mesmos erros de memória, colocando no poder os mesmos parasitas, para depois, reclamar deles.

Jesus, filho de Deus, cujo poder é a Verdade que liberta, e Barrabás, filho da mentira, usa a violência e a tirania para impor sua mentira.

A verdade é doce e convida à paz, mas a mentira gera a revolta e a insurreição, sempre.

A humanidade sempre mentiu para atingir seus objetivos e cumprir seus desejos. E na mentira, vai se enredando até complicar sua vida, porque assim procedendo, rompe com a Lei e a Ordem cósmica, que são a Verdade, caindo na mão dos tiranos do poder.

Se a Verdade liberta, o contrário declara que a Mentira é a maior prisão que existe.

Não existe nenhum amanhã para a mentira.
Apenas repetição dos mesmos erros que atraem tragédias e fracassos completos.

Jesus encarna a imagem da Verdade que liberta, que o mundo rejeita, porque ama a mentira que cumpre seus objetivos, e seu deus é Barrabás, inspirado por Satanás, que usa a mentira desde o começo do mundo para tentar destruir a Obra do Criador, que sai da Palavra e do Verbo que sempre dizem a Verdade, porque se Deus mentisse, a Sua Criação, saída da Palavra, entraria em colapso.

Então, não se espante se o mundo entrar em colapso.
Porque suas bases foram sempre construídas em cima de mentiras.

“A História é um conjunto de mentiras sobre as quais se chegou a um acordo.”
(Napoleão Bonaparte)

A Verdade que traz a Paz = Cristo.
A Mentira que traz a revolução = Barrabás.

Sem mais até aqui.

JP em 04.11.2022

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