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Espíritos podem morrer?

Talvez isso lhe espante, mas espíritos também podem morrer. Legiões de espíritos caídos dedicadas por milhões de anos a trazer dor, sofrimento e escravidão aos seres mais fracos serão julgados pelo Criador e aniquilados da existência cósmica.

As linhas do Apocalipse 20, revelando as imagens futuras do grande julgamento da humanidade, prevê que esta classe maligna será exterminada para sempre, e nunca mais voltará a roda das reencarnações.

Apesar de cumprirem um papel, esta classe de espíritos não representa exatamente o outro lado da moeda, como se diz por ai.

O Criador deu todas as chances de arrependimento e conversão a esta classe de anjos caídos, mas dependendo do grau da inversão espiritual, eles se tornam de tal maneira contaminados pelo livre arbitrio optando pelo mal de forma consciente (consciência invertida) e por tanto tempo,e carregando tantas maldades nas costas, que o Criador não tem outra opção.

Porque o Bem, o Amor e a consciência da Justiça são coisas que Ele não pode colocar nos espíritos, apenas criará os meios para que as virtudes neles floresçam… ou não.

A aniquilação espiritual é uma tremenda realidade desconhecida por muitos místicos da nossa era, que projetam tudo em suas mentes como luz universal onde não há o bem e nem o mal.
Existe a luz relativa e a luz absoluta.

A luz relativa produz sombra, mas não a Luz absoluta.
A dualidade não revela a Unidade.
Apenas a aprimora como um mecanismo evolutivo projetado pelo Grande Arquiteto.

Conclusão.

Satanás e todas as suas legiões, e príncipes, e Asmodeu, e Azazel, e Belzebu, e Samael, e Belial, e Mamom, e Adramelek, e Molok, e Lilith, enfim, todos eles, já foram condenados há tempos, mas estão ainda livres e atuantes por um tempo para completar o realce da luz que somente as trevas podem fornecer, quando então as almas inocentes têm condições de despertar para a luz verdadeira, efetuando escolhas conscientes pelo Amor, Verdade e Justiça eternas do Criador de todos nós.

Afinal, cumpre a lógica de que o mesmo poder que ao Criador assiste no ato de criar espíritos, assiste também no ato de apagá-los da existência… o que se alinha muito mais com a ideia de um inferno eterno de dor punitiva. Definitivamente, essa ideia não se alinha com sua personalidade amorosa.

A vida eterna é uma dádiva dos espíritos edificados conscientemente no Amor e da Verdade, e não um objeto que possa ser furtado pela classe de espíritos que decidiu, de forma deliberada e igualmente consciente, conforme o mesmo direito do livre-arbítrio, tentar destruir a Criação de Deus.
Serão realmente aniquilados, sem retorno.

Existe somente um plano de sofrimento, aquele que ainda permite correção do espírito, Mas sabendo que determinada classe de espíritos não deseja, em ato consciente e deliberado, a redenção, e no mesmo desejo, pretende oposição eterna, e não havendo como Deus colocar virtude dentro do espírito, ele tem um limite – e não a eternidade – para aplicar correção. Sementes se perdem?

E como. Quantas sementes de uma árvore se tornam árvore?
É a natureza nos ensinando tudo.

O Hermetismo muito antigo contempla essa teoria, mas na modernidade, muito dessa sabedoria se perdeu e os místicos passaram a conjecturar, dentro de uma lógica que lhes pareça mais razoavel, acerca dos mistérios da Criação e do Criador dos Espíritos.

Tudo sso demonstra que a criação da virtude nunca foi automática, mas fruto de uma escolha da chispa. Deus não pode forçar a chispa criada e saída de si a assumir semelhança com Ele, caso contrário, não poderia gerar filhos, senão que apenas bonecos manipulados por sua Vontade impositora.


O livre-arbítrio e a escolha consciente entre o Bem e o Mal fornecidas.
O professor ensina das formas mais excelentes possíveis.
Mas não pode controlar livre-arbítrio.
Senão, não se chamaria livre-arbítrio, mas arbítrio imposto.

Esse é um dos maiores, se não for o MAIOR MISTÉRIO do Criador dos Espíritos.
O ato de criar chispas inocentes saídas de sua Existência Absoluta, e o ato de cercar estas chispas nas rondas evolutivas e involutivas do Universo em movimento com todas as condições para florescerem em amor, virtude e força, mas de forma ESPONTÂNEA, e não imposta.

Essa espontaneidade do florescer divino nas inocentes almas, decididas por si próprias a trilharem a senda da Perfeição, é a chave do próprio DEUS como Ser Vitorioso em sua própria Causa Eterna, a Luz que escolhe eclipsar-se a si mesma nas ilusões projetadas do Universo para demonstrar a realidade da seguinte sentença:

O AMOR É INVENCÍVEL.
Esse amor que, milagrosamente, e misteriosamente, testa a si mesmo para operar o despertar em sementes sufocadas na terra, matéria, e temporariamente ocultadas da luz, de forma espontânea!
Deus recriando-se a si mesmo?


Como tudo isso é possível diante da nossa lógica?
Este é o problema. Não cabe na nossa lógica.
Como todas as coisas absurdas e possíveis da lógica do Amor divino…

JP em 02.03.2022

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