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Alegorias do Inconsciente

O Inconsciente é como um grande, profundo e desconhecido mar que existe em nossa alma, em nossa mente adormecida, porque vivemos apenas na superfície desse mar, ignorando as criaturas que nele se movem, nas profundezas do nosso esquecimento.

Atualmente, as pessoas dizem com muita facilidade e rapidez tudo o que são e tudo o que não são, ou o que pensam que sejam e que não sejam.

Nada mais falsa é a declaração de uma mente que dorme sobre a própria natureza.

Todas aquelas criaturas mitológicas dos contos de terror da antiguidade, povoando as dimensões ocultas dos mares, dos céus e das cavernas, são ilustrações de tudo o que o ego humano carrega em suas moradas mais ocultas, e se estão ocultas, é porque ele mesmo optou por esconder de sua vista tudo o que não podia compreender…
e suportar de si mesmo.

Mas nessas águas também residem os deuses da nossa natureza superior, esperando apenas que tenhamos mais coragem para enfrentar nossas feras internas, e principalmente, nossos medos, antes de fazer papel de vítima e procurar culpados pela nossa própria miséria no mais covarde dos escapismos.

Porque, se não revertermos essa situação, chegará o dia em que seremos tragados pelas nossas próprias feras interiores não visitadas e vencidas nesse mar obscuro onde deveria navegar – mas afunda cada vez mais – a alma humana.

Se nada fizermos a respeito, seguiremos a vida como se já estivéssemos mortos. Porque aquele que não vive a sua vida a partir de dentro, movendo-se apenas no cardume das paixões mundanas, pode se considerar morto.

E como todos nós partilhamos nossa mente numa entidade coletiva chamada, por tal razão, de Inconsciente Coletivo, eis que, por incrível que pareça, as pessoas estão se ajudando não a nadar sobre este mar, mas a afundar mais depressa ao seguir modelos de cardume em sua forma de pensar e agir.

Afundando todas juntas no mesmo mar.

O Apocalipse chama a dimensão dos mortos de “mar”.

“E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.”
Apocalipse 20:13

JP em 08.07.2023

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