Espiritualidade

A sutil rebelião luciférica do pensamento moderno contra o Criador!

Tudo começou aqui:
“Deus está dentro de mim, logo, nós somos deuses”
“Eu sou o Deus de mim mesmo!”

E numa verdade dita pela metade, e numa frase mal colocada, construiu-se na era moderna um edifício de ego místico que atropela todas as leis da Criação espiritual do gênero humano no sentido de intrinsecamente dependente do Criador, da mesma forma que a folha é dependente da árvore, e nada realiza se desligada dela.

O primeiro movimento dessa falsa ideia foi o de destruir religiões (que possuem regras) e colocar ESPIRITUALIDADE no seu lugar (que dilui regras e permite que você pratique o que quiser praticar, desde que “se sinta bem consigo mesmo e com o Universo”.

O segundo movimento foi retirar o nome DEUS e colocar o nome UNIVERSO, fazendo da Criação um lugar mais impessoal, que lá está para cumprir a vontade do único deus real que existe, o ego do homem moderno, fortemente empossado por uma cultura narcisista e por uma ideologia tecnológica capaz de realizar os mesmos milagres e prodígios que os profetas do passado anunciaram, no tempo onde não existia tecnologia, quando então os deuses a eles apresentados deveriam ser tão humanos quanto eles, residindo na tecnologia avançada a diferença.

Se você é o seu único Deus, e se a mente cria a realidade, para que a necessidade de um Deus Maior supervisionando tudo, ao lado de suas potências espirituais, os Anjos?
Todos estes conceitos estão sendo diluídos pelos novos deuses da era moderna.
Aqueles que julgam que, com a mente e um punhadinho de filosofia barata, poderão transcender as misérias do mundo material, o giro da Roda do tempo e cruzar com consciência as fronteiras da própria morte.

Aqueles que julgam que o Universo é um banco repleto de tesouros que o pensamento só precisa acionar todas as vezes que precisar de dinheiro neste mundo pequeno e materialista, desprovido de humildade e referência real da posição da criatura em relação ao Criador, porque se o Criador não existe, já que Deus está dentro de mim, e somente dentro de mim, eu sou o Deus da minha vida, e o que eu quero, isso eu torno a minha lei.

Assim pensam os humanos modernos acometidos do grau mais grave de orgulho. Se sentirem deuses, sendo que são ainda miseravelmente pequenos, fracos, corruptíveis e mortais, prestes a se tornarem pó antes de consumarem seus pensamentos mais mesquinhos e iludidos sobre a realidade das coisas.

Uma filosofia contaminada por aquela Mente primordial que desejou igualdade com Deus, e ao cair do céu, jurou vingança, e como não poderia nada contra o Criador, investiu contra a sua obra mais preciosa: a criatura.

O Próprio Anjo caido odeia a questão toda de Hierarquia e submissão aos graus superiores, ele que desejou o primeiro trono da Criação, não poderia suportar receber ordens do Senhor YHWH, a Primeira Inteligência da Criação, e muito menos do seu Príncipe, o Anjo dos exércitos, Miguel, que lhe combate até os dias de hoje.

Esvaziar portanto o Universo do conceito da Hierarquia espiritual que lhe garante ordem, e da submissão dos graus inferiores aos graus superiores, todos eles submissos ao Graus supremo da Primeira Inteligência, sim, foi uma manobra astuta para levar o pensamento humano moderno a contemplar o Universo cheio de estrelas mas vazio de uma Ordem rigorosamente baseada na Lei da Hierarquia.

Que criatura rebelde deseja seguir regras e se submeter aos seus superiores?
Não é mais fácil se auto-declarar deus de si mesmo e seguir vivendo uma vida dentro de uma bolha de ilusões, ignorando ou fingindo desconhecer que do primeiro ao último sôpro de vida que entrar no seu nariz, isso nunca dependeu de si mas do Criador que lhe deu a vida… e pode tomá-la quando bem queira?

O conhecimento humano se expandiu, a ciência lhe abriu as fronteiras do átomo e do espaço, mas mesmo assim, mesmo que esse conhecimento e essa tecnologia ainda não lhe tenha dado um mínimo sequer de informação da identidade do Senhor Deus Criador de tudo o que existe, do qual a criatura não passa de minúsculo fragmento, mesmo assim, o orgulho cegou o entendimento do homem, que assumiu para si a identidade divina, descartando a sua real origem, fruto de um Ser Superior que estabeleceu leis, regras e deveres, como todo Pai estabelece ao filho que ama e deseja ver crescer em inteligência, força e honra.

Está sendo mais fácil destruir as religiões que colocaram regras, e criar sua própria filosofia livre, a filosofia do ego, cujas regras ele mesmo cria, conforme seu desejo.
Bota o rótulo de ESPIRITUALIDADE nisso tudo, veste uma roupa de falsa santidade, posa para o mundo um forçado estar-bem, mas enquanto isso, nas profundezas de sua alma, chora de medo, solidão e insegurança, claro, escondendo dos outros para que ninguém veja quem ele realmente é por detrás de tantas máscaras…

A Atual religião da humanidade é o EGO-ÍSMO, e nessa religião, você é o seu próprio Deus, o Universo é o seu servo, e as regras são os seus desejos. Um punhadinho de filosofias baratas são a sua Bíblia, e a ilusão a grande venda nos seus olhos, que irão levá-lo ao abismo com toda certeza.

Bastando para isso que um leve sopro arranque de vez a folhinha rebelde do corpo da grande Árvore… Árvore que ela deixou de enxergar e, por isso, deixou de amar, crendo-se plena por si própria e amando a si própria numa condição narcisista onde apenas o tempo revelará o seu fracasso.

O primeiro golpe do tempo se chama esquecimento.
E o esquecimento traz adormecimento.
E esquecido de quem era e de onde ele veio, o humano atual completamente adormecido edificou um altar e subiu nele, crendo-se deus de si mesmo.

Não poderia haver pior ídolo para ele cultuar.
Não poderia haver pior prisão do que aquela feita pela ilusão de si mesmo.
Porque, se o homem se crê realmente DEUS, quem ou o que poderá lhe deter o pensamento equivocado?

Observação:
Todos temos a semente divina dentro de nós, e essa semente está na alma, e ela precisa ser cultivada, debaixo de todas as regras, para se tornar uma bela árvore, e nos tornar filhos de Deus, semelhantes ao Pai. Ninguém questiona que temos Deus dentro na forma germinal.
Se tivéssemos DEUS PLENO dentro de nós, seríamos como Ele, não pecando, não se corrompendo, não morrendo, isto é, santos, perfeitos e imortais.

Agora, o ser humano cego e fraco da era moderna assumir que já é um DEUS PRONTO e pleno de poderes para agir e desejar sem nenhuma interferência externa (Deus cósmico), eis a sua loucura alcançando seu ápice em nosso tempo.

JP em 21.01.2022

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