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A simbologia oculta dos quatro animais da visão de Daniel

 

Religião, Filosofia, Arte, Ciência – o último deles

Segue a descrição do profeta Daniel sobre a quarta alimária a assolar a Terra, que passa como sendo a imagem do Anticristo no final dos tempos. Mas em outras vertentes de interpretação, estes quatro animais representam também as quatro colunas do conhecimento, nesta ordem, a receber a Verdade espiritual revelada por Jesus Cristo, a saber (Religião, Filosofia, Arte e Ciência).

 

A primeira alimária (leão com asas de águia) representa a religião nascente chamada Cristianismo, que depois se tornou “romana” e decaiu (leão com asas de águia).

Isso se estendeu desde o ministério de Jesus na Galiléia até o tempo de Constantini e depois, lá pelos séculos III e IV.

 

Depois, surgiram os filósofos da fé cristã, e pensadores como Agostinho, São Tomás de Aquino, Jerônimo e muitos outros tentaram esboçar a Verdade de Cristo em pensamento filosófico, muito apoiados na tradição grega. Essa filosofia se uniu a religião cristã, a segunda coluna foi erigida mas, com o tempo, se tornou filosofia materialista e manipuladora a corromper a Igreja.

Então, é representada pela segunda alimária da visão de Daniel (Urso com fileiras de dentes, devorador, como se tornou o materialismo, devorando as pessoas em seu consumismo).

Mas a terceira coluna se ergueu, foi a arte, com a explosão magnífica do Renascentismo, cuja temática principal orbitou em torno dos valores cristãos, até porque era a Igreja que principalmente financiava tais mestres. E se hoje temos tesouros da Arte pura, isso é devido a Igreja, principalmente.

Mas a arte decaiu, se tornou degenerada, torpe, inferior e animalesca, o que foi representado por Daniel na terceira alimária, um leopardo com quatro cabeças e asas, significando uma arte e cultura que ela disseminou nos quatro cantos, governando as mentes, devorando a pureza e a saúde emocional das pessoas como leopardos nos quatro cantos do planeta, porque o apelo da arte é sempre irresistível por atuar junto ao emocional das pessoas.

 

 

Por último, veio a ser erigida a quarta coluna, a ciência, que entrou em cena na Europa (principalmente) pouco tempo depois da explosão cultural renascentista, e dizem os estudiosos que Leonardo da Vinci foi o primeiro cientista puro de nosso tempo, fazendo a ponte perfeita entre arte e ciência.

Pois bem, a ciência progrediu muito, principalmente no século 19 ao 20, com o advento da Era Industrial e da Idade da Máquina, por causa da tecnologia, e hoje, em pleno século 21, a ciência, como as demais colunas anteriores, igualmente decaiu e se corrompeu junto aos propósitos originais de servir de expressão (um dos quatro canais de expressão) da Verdade revelada por Cristo, Deus na face humana, ou o Espírito Universal revelado.

Pelo contrário, mais e mais a ciência e tecnologia investem na cultura de manipulação das massas e consumo desenfreado, alienando as pessoas com a lavagem cerebral imposta pelas máquinas “inteligentes” da era digital, onde o CHIP implantado nas mãos e cabeça se tornará o ápice de um sistema de controle digital da humanidade, conforme os planos do Anticristo nos bastidores do processo. Uma lenta escravidão sendo implantada nos modelos de sociedade que nos tornam dependentes das máquinas em tudo, não só em trabalhos ou procedimentos de rotina, mas até socialmente e emocionalmente falando, já que as pessoas estão migrando sua vida inteira para os caminhos digitais, nos mínimos aspectos…

Como a filosofia e a arte, a ciência também negou a fonte que a levantou, e protestou contra o Criador, cabendo a ela a representação da quarta alimária, que eu então transcrevo aqui:

 

“Na minha visão à noite, vi ainda um quarto animal, aterrorizante, assustador e muito poderoso. Tinha grandes dentes de ferro, com as quais despedaçava e devorava suas vítimas, e pisoteava tudo o que sobrava. Era diferente de todos os animais anteriores, e tinha dez chifres.”Enquanto eu estava refletindo nos chifres, vi um outro chifre, pequeno, que surgiu entre eles; e três dos primeiros chifres foram arrancados para dar lugar a ele. Esse chifre possuía olhos como os olhos de um homem e uma boca que falava com arrogância.Daniel 7:7,8”

“Então eu quis saber o significado do quarto animal, diferente de todos os outros e o mais aterrorizante, com seus dentes de ferro e garras de bronze, o animal que despedaçava e devorava suas vítimas, e pisoteava tudo o que sobrava.E também quis saber sobre os dez chifres da sua cabeça e sobre o outro chifre que surgiu para ocupar o lugar dos três chifres que caíram, o chifre que era maior do que os demais e que tinha olhos e uma boca que falava com arrogância.Daniel 7:19,20”

“Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as leis. Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio tempo’.

“Mas o tribunal o julgará, e o seu poder será tirado e totalmente destruído para sempre.Então a soberania, o poder e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão entregues nas mãos dos santos, o povo do Altíssimo. O reino dele será um reino eterno, e todos os governantes o adorarão e lhe obedecerão. Esse é o fim da visão. Eu, Daniel, fiquei aterrorizado por causa de meus pensamentos, e meu rosto empalideceu, mas guardei essas coisas comigo”.

Daniel 7:25-28″

 

 

Que cada um reflita sobre estas palavras. O valor do símbolo profético está em sua elasticidade, e da mesma forma que representa quatro ajuntamentos de nações guerreando sobre o mar (humanidade) representa também as quatro colunas que foram levantadas (sempre) por homens de Deus, e depois, decaíram (sempre) por homens sem Deus.

A ciência moderna, ateísta e materialista, em parceria com a tecnologia, se tornou a pior das quatro feras da visão de Daniel, o profeta, devorando e destruindo tudo o que estiver em seu caminho e que tenha qualquer relação com o Sagrado e o Espiritual na vida.

O que está acontecendo com a ciência moderna hoje, aconteceu com a arte, com a filosofia e com a própria religião antiga. De qualquer forma, está previsto que o retorno de Cristo representa justamente o levante das quatro colunas em suas verdadeiras naturezas e propósitos, o que significa o assentamento da base firme e sólida da futura civilização, porque estas quatro colunas são as mensageiras da Verdade Divina.

Portanto, estava tudo dentro do previsto.

E terminará também, tudo dentro do previsto. Porque ela tem o seu tempo para fazer o que tem que fazer. E depois deste tempo pré-determinado, inevitavelmente cairá, e toda a Babilônia moderna, com as quatro alimárias afundando na dissolução. Tudo isso para que possamos recomeçar livres, sob uma nova base, a Verdade, porque não há outro jeito de se viver em liberdade.

 

JP em 18.11.2019

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