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A memória astral

A memória astral tem total relação com as emoções.

Somente o que o amor armazena, isto vai para a Eternidade, já que a Eternidade autoconsciente descarta tudo o que seja mentira e ilusão, e tudo aquilo que fere e polui a sua própria natureza onisciente, sábia e perfeita.

Emoções negativas também armazenam memória astral, mas uma memória que não dura para sempre, mas ao tempo que duram, só serve para acorrentar as almas que as alimentam em ilusões de imagens mentais falsas que desviam-nas do caminho ascensional da luz, enquanto as mantém prisioneiras no Umbral sombrio dos mortos em seu sono de esquecimento.

E pior, se todos estes pesos não forem removidos, não só impedem o voo astral libertador como também fazem a alma afundar cada vez mais na densidade astral, densidade essa composta justamente por esse emocional doentio de toda a humanidade, que se reúne como águas turvas nas cavidades astrais do planeta.

No lado positivo, a memória das boas coisas é o verdadeiro alimento da jornada astral (o pensamento feliz de Peter Pan).

Manter uma meta na mente baseada nas memórias positivas, paralelamente à construção do conhecimento que servirá de base teórica às experiências extrafísicas, expansão da consciência com asas nos pés.

As emoções sábias e justas são o alimento da vida astral consciente, vida paralela do outro lado da realidade material, essa que muitos pensam que terminam nos sonhos, sendo que apenas começam nos sonhos que, bem trabalhados, podem funcionar como porta para maiores elevações.

E se houver amor no coração, um amor que nos motive a buscar, lutar, trilhar, subir, escalar e conquistar níveis cada vez mais elevados de consciência que reflitam propósitos cada vez mais próximos da espiritualidade, o amor será a maior garantia de uma caminhada rumo ao Pai, já que o amor só busca o amor, e o Universo é feito de fragmentos de uma unidade maior chamada Deus, que concebeu no projeto da Criação um maravilhoso propósito, o propósito de unir, ou reunir todos estes pedaços num abraço final, tornando-os conscientes desse divino amor que os separou, os testou, os purificou e os preparou para a comunhão do regresso a tudo isso, para a qual as experiências astrais funcionaram como um modesto começo.

O ato de investir nos próprios sonhos com mais interesse, um interesse exploratório de alguém diante de uma porta que deve ser aberta para lhe descortinar um admirável mundo novo, pode ser definido como o primeiro passo.

E o que são os bons sonhos senão que as nossas melhores memórias guiando o nosso coração do outro lado?

Claro, excluindo os desejos de natureza densa, materialista, ilusória ou pecaminosa que nos fazem afundar ao invés de voar, os sonhos são o reservatório das memórias, todas as memórias ancestrais de uma alma ao longo da espiral que é a sua vida, ou vidas, no fluxo da evolução eterna.

Alimentar a memória do bem e do propósito consciente da busca é o que ajuda a nossa alma a criar realidades permanentes no mundo astral diante da efemeridade da vida física.

A memória é um acesso indispensável da consciência. Sem ela, nossa alma encarnada seria como uma árvore sem raiz e uma casa sem alicerces que qualquer vento mais forte derrubaria.

A memória positiva, aquela cujo corpo é formado pelo aprendizado real alinhado com a verdade, é o que possibilita a continuidade da evolução da alma.

Sem ela, sentiríamos na mente um eterno retorno ao ponto de partida, como se nada tivéssemos aprendido, lutado, superado, avançado e vencido.

Sem ela, seriamos eternas sementes sem desenvolvimento.

Precisamos cuidar dela como o tesouro mais precioso que temos em nosso cofre, nosso sótão, nosso baú, nosso coração.

Porque será através desse reservatório de memórias positivas que o Espírito inconsciente (da nossa parte, não da parte dele) se move em nós e fala conosco através do canal dos sonhos e dos muitos insights que nos ajudam a ter certeza do caminho a seguir.

JP em 14.10.2023

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