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A Meditação dos 144 mil

A Meditação dos 144 mil

É verdade que Deus está dentro do homem, mas para que esse Deus se manifeste, é preciso que Deus fora do homem o levante e o torne desperto.

Se o Deus de fora não despertar e nutrir o Deus de dentro, confundiremos facilmente ego com espiritualidade, e desejo egoísta com vontade espiritual.

Há que se buscar o laço: o Deus de fora chama o Deus que está dentro.

Eis o alvo da meditação: busquemos abrir a Porta nos tornando vazios do EU.

Essa é a meditação que eu conheço.
Quero lançar um contraponto.

Pode a meditação coletiva alterar a Vontade de Deus e a direção das coisas que Deus já escreveu e que a Bíblia assegura que haverão de se cumprir?

Me refiro às profecias e ao Apocalipse, que todos nós temos testemunhado em plena materialização, dois mil anos depois que o bendito João o recebeu em visão, na ilha grega de Patmos.

Porque, ainda que um milhão de pessoas se reúna para meditar em Deus, trata-se de um número muito pequeno contra sete bilhões e um pouco mais de pessoas na direção contrária, o materialismo.

O que concluir?

Poderia o mundo inteiro se propor a meditar na energia sagrada?

Porque assim era no princípio, quando não havia divisão na humanidade por cor, gênero, raça ou credo. A meditação era quase uma coisa natural existindo na fraternidade humana, religião espontânea e sincera.

Ou a Vontade de Deus já está determinada na direção das profecias do Apocalipse justamente porque a grande e maciça maioria dos habitantes da Terra não está mais devotada ao espiritual e ao sagrado, mas justamente ao material, ao sensorial e ao profano, confirmando assim cada vez mais o que o punho de Deus escreveu em profecia?

Muitos falam no poder da Egrégora e usam muito a cifra dos 144 mil escolhidos de Cristo (Apocalipse 14), que vibram na nota da Mente-Cristo criando uma Unidade coletiva, e a chave da Mente coletiva ou Egrégora é antiga, já era usada pelas organizações secretas e posta em prática na força dos exércitos em guerra.

A Egrégora mental está em tudo a partir do momento em que cada um de nós não passa de fragmento de uma unidade maior.

O Ser humano não tem existência real como indivíduo.

Antes de sermos criados como indivíduos, a entidade humana nasceu na Mente Cósmica, na forma de HUMANIDADE.

A separatividade e o culto ao individualismo, na direção exagerada do EGO, é a maior mentira, ilusão e erro que os seres humanos estão a cometer, destruindo tudo o que há debaixo do Sol.

A Meditação coletiva é uma boa tentativa de se resgatar essa lei.

Abelhas se unem para construir colméias e uma vida social praticamente perfeita. Formigas se unem e nunca se viu formigas da mesma espécie brigando no formigueiro.

Os animais, as plantas, e até as moléculas, células e átomos, e todas as unidades da criação, seguem NATURALMENTE A LEI DA EGRÉGORA porque se reconhecem como iguais e se unem em seus propósitos. e a resultante final é a Harmonia, é a Paz, é o Equilíbrio.

Todo o Universo gira e funciona com base nesta lei.

Apenas o ser humano quebra essa ordem ao cultuar o ego e colocá-lo acima dos interesses da coletividade, da humanidade, ou mente coletiva, e isso até nas pequenas coisas.

O ato de jogar lixo nas ruas, por exemplo, é um crime contra a Humanidade.

Tudo o que você faça em nome do seu ego e que vá ferir, transgredir ou desrespeitar os limites do seu próximo, estando ele do seu lado ou estando ele distante, quebra na hora a lei da egrégora.

E o somatório de pequenas atitudes como estas praticadas por quase todas as pessoas regidas pela lei do ego é que vai instalando o caos social.

Não confunda isso com liberdades individuais.
Elas não nos foram dadas para transgredirmos leis, porém, só é livre (direitos) quem honra as leis da coletividade (deveres).

Mundos perfeitos, civilizações extraterrestres avançadas e moradas espirituais longínquas certamente seguem a Lei da Egrégora, aquela que determina que o AMOR ÁGAPE é a GRANDE LEI.

Um estado de meditação coletiva contínua, que não só cria todas as coisas mas as mantém equilibradas, fluindo em perfeita harmonia.

Mas, voltando ao tema do Apocalipse: poderiam as meditações coletivas quebrar a Vontade de Deus escrita no Apocalipse, e reveladas em profecias a muitos mensageiros que Ele enviou?

Não.

Até porque o Apocalipse é claro: aqueles 144 mil reunidos em Egrégora Cristo pelo Cordeiro (Apocalipse 14) foram reunidos para serem tirados deste mundo, e não para consertar esse mundo.

O mundo fechou o seu ciclo em 2012.

A Lei do ciclo implica em morrer e renascer.

A quinta raça faliu em seu projeto. Temos que recomeçar, em outro tempo, em outro lugar.

Aqueles 144 mil são a célula de um novo mundo e raça, a ser transportada daqui para outro tempo e outro lugar, porque eles vão recomeçar enquanto o restante irá perecer.

Mas o número da egrégora é muito maior que 144 mil, lhe segue uma inumerável multidão de almas vestidas de branco, lavadas pela redenção da Verdade-Cristo.

Estes exercícios de meditação, mesmo não alterando a Lei do Ciclo implícita nas profecias reveladas, são positivos para atrairem as pessoas.

Pena que muitos só se reúnem para exercer a lembrança do Sagrado só em tempos de tragédia.

Pena que muitos só se lembram que Deus existe quando os males cercam a sua vida.

Pena que muitos só se recordam do Sol depois de muitos dias de chuva…

O esforço agora não é mudar a Vontade de Deus por meio de atos do tipo. Essas meditações não irão refrear a fúria do planeta.

Podem até abrandá-la, mas o planeta já venceu o seu prazo de validade, e não digo isso por negativismo, e sim, baseado na pura lei dos ciclos.

Um sistema só pode ser reciclado se ele passar por profundas transformações, estas que os antigos retratavam pela simbologia da morte.

Se o grão não morre na terra, a planta não nasce e dá frutos à luz do Sol.

A Terra já está num processo irreversível de transformações aceleradas, e isso se chama processo entrópico. Não há retorno.

Mas todas as meditações coletivas, todas as obras assistenciais, toda caridade, toda bandeira em nome da fé e da verdade em tempos de ateísmo crescente, de ciência negacionista, de tecnologia condicionante e idiotizante, são coisas extremamente boas e positivas, nos levando cada vez mais ao mérito da Egrégora-Cristo e nos aproximando cada vez mais daquela célula super divina dos 144 mil, que se habilitaram a reconstruir o mundo, em outro tempo e lugar.

Encaramos tudo isso como treinamento.

É por tal razão que o mal existe e Deus não o impede, até certo ponto.

Porque é ele que nos força a retomar o caminho do bem.

Somente quando estamos doentes nos lembramos de cuidar do corpo.

Somente quando sentimos dor, procuramos o remédio.

Somente quando o mal nos cerca, nos lembramos de o quanto estamos em dívida com a prática do BEM.

Deus sabe o que faz.

Meditemos apenas nisso, e deixemos o resto com Ele!!!Resumo da ópera: Afinal, quem escreve o nosso destino?

Deus ou o próprio homem?

O homem escreve o seu destino no Livro da Vida.
Deus apenas fornece a tinta e as páginas em branco.

Basta olhar o mundo e avaliar a direção que a grande maioria das pessoas está tomando em sua vida para se certificar que, de um modo geral, a escolha já foi feita, e o homem como coletivo HUMANIDADE já se decidiu pelo materialismo e pela lei do ego.

É por isso que eu disse que o Apocalipse é irreversível, e que aquela Egrégora-Cristo ou célula super consciente de humanidade não é reunida para reconstruir este mundo e esta raça falida, e sim, para ser tirada daqui e recomeçar tudo de novo, em outro lugar e tempo.

Mas o exercício é válido. Não quero invalidar a tentativa, mas parabenizá-la.

Porque tudo é treinamento da nova consciência que nasce, do novo homem que virá, embrionado já no núcleo do Sexto Sol.

Uma música e letra que exprimem bem esse sentimento…

São poucos os que realmente compreendem que até a mais nobre religião pode nos aprisionar, quando se torna crença, intolerância e fanatismo, negando o seu propósito original de libertação, e que a mesma luz que ilumina os olhos pode cegar, quando excessiva…

Poucos, muito poucos, sabem o que é ser livre…

Buscam na religião, na ufologia, na política, no dinheiro, nas paixões, enfim, pela liberdade que estas coisas não podem realmente dar, quando o alvo da paz não é nunca foi ser livre das coisas em si mesmas, e sim, ser livre de si próprio… o homem é prisioneiro de um sistema que ele mesmo projetou em estado de prisioneiro das próprias ilusões.

A verdadeira liberdade começa aqui, o libertar-se de si mesmo, das ilusões, do ego, enfim, do projetor do engano que carregamos dentro.

Só então nascerá a Paz mundial. Enquanto esse ego humano continuar vivo, legislando a sua vontade egoísta, e enquanto o homem continuar preso nele, nos desejos que ele emite sem cessar, dos quais o homem é mero escravo, essa paz não passa de Utopia… o homem tem que buscar a paz dentro dele.

Um coração em guerra interna não tem condições de construir a paz no mundo.“Por mais que na batalha se vença um ou mais inimigos, a vitória sobre si mesmo é a maior de todas as vitórias.”
Buda

Seja essa a nossa meditação e luta: pela conquista da paz interior.

Então o mundo terá paz algum dia.

Conclusão
A meditação coletiva não poderá resistir à Vontade do Criador, apenas confirmá-la. Porque não existe meditação baseada na vontade pessoal, isso vai diretamente contra o conceito da verdadeira meditação, que significa diluir as amarras do pensamento e se dissolver na consciência maior de tudo, Onipresente e Onisciente.
Também Onipotente.

A gota jamais vai vencer o mar, apesar de ter saído dele. Mas o que temos visto é a arrogância de gotas com essa pretensão.

É a gota que deve aprender o passo do Mar ao invés de tentar ensiná-lo, revoltando-se contra ele todas as vezes que suas ondas não seguem seus rumos…

JP em 30.09.2023

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