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Maya, Cosmos, ilusão e realidades paralelas – o verdadeiro retrato do Universo

Na tradição hindu, Maya é a deusa da ilusão. Seu véu estendido é a advertência para a natureza ilusória daquilo que chamamos nossa realidade. Na raiz da palavra Maya está a ideia de medida e de criação. A realidade é objetivada na ilusão.

Então o mundo, o Universo inteiro, é uma ilusão?
Ou, como diriam os teóricos em uma linguagem moderna mais técnica, uma simulação?

Ilusão, do Latim iillusio, que os romanos inicialmente usavam para dizer “ironia” e se forma por in-, “em”, mais ludere, de ludus, “jogo, brincadeira”.

O Universo é um jogo, uma brincadeira?

Simulação, de simular, Do Latim SIMULARE, “ter semelhança, copiar, ter o mesmo aspecto”, de SIMILIS, “semelhante”. Sentido de cópia artificial, como simulacro.

Não, o Universo não é uma brincadeira simulada do Criador, mas uma grande escola de evolução espiritual e uma grande dádiva de vida abundante.

Mas e a ilusão budista?

Em parte, ela é verdadeira, mas apenas a parte que considera o Universo material como absoluto e apartado de outras realidades ainda desconhecidas, e aliás, é sobre essa base ilusória que a ciência moderna trabalha.

Considerar que apenas o universo físico é existente e real, essa é a grande ilusão, que nos torna céticos e materialistas.

A antiga cosmologia falava que o Universo tinha sete grandes planos de consciência, e o plano físico era o mais baixo e inferior de todos. A analogia com o arco-íris de sete cores me parece perfeita, porque ele é originado da luz branca.

Mas se considerarmos apenas uma cor do arco-íris, não estaremos definindo um arco-íris, e nosso conceito parcial será sim totalmente ilusório. Se eu retirar uma das sete cores do espectro, a luz branca não se formará na reunião das sete cores.

A ciência materialista só considera a parte material da existência em suas análises e conclusões, e todos os fenômenos que, por exemplo, considera uma alma ocupante em um corpo, ela simplesmente ignora por lhe faltar instrumentos para sondar nas dimensões do espírito, e ao invés de reconhecer suas limitações, diz simplesmente que o espírito não existe.

Tudo porque ela não pode ver o espírito, o que vai de encontro com aquela teoria apresentada por Tom Campbell, que quer provar que a realidade é, na verdade, uma grande simulação através de uma experiência de laboratório.

Para Campbell, isso signfica que as coisas só acontecem quando são observadas – e, portanto, nós vivemos dentro de uma simulação, que só gera os acontecimentos que podemos enxergar.

Se ele não pode ver o espírito, ele não existe?
Vou menos longe.
Se ele não pode ver as raras flores desabrochando nas altas montanhas do Tibet, elas não existem?

Ora, não existem até serem descobertas, mas sem levar o rótulo de inexistentes segundo o cientista.
Eu mesmo deixaria de existir se ele não puder me observar.

Fato é que essa forma pobre e tosca de pensar – baseada na experiência da fenda dupla – não soluciona os mistérios do Universo e nem nos ajuda a ver além do véu de Maya.

Outro fundamento da cosmologia perfeita é que as coisas realmente mudam o tempo todo, de modo que não podemos definir valores absolutos para nada, mas tão somente valores relativos.
A Terra muda a cada dia, as pessoas idem, o próprio Sol se transforma continuamente, e nenhum astro permanece na mesma posição no céu, e nem mesmo as partículas e átomos se encontram com a mesma configuração de segundos atrás.

Definir uma realidade fixa é outro conceito ilusório. O Universo é feito de movimento que conduz à transformação incessante.

E dentro desse relativismo todo, a observação consciente procura realizar uma integração cada vez mais plena entre objeto e observador no ato da observação, ampliando para isso o seu leque de sentidos, quando então as realidades vão se abrindo diante da mente mais perceptiva, que começa a mergulhar em suas realidades sobrepostas, camadas dimensionais.

A contemplação consciente vai abrindo caminho pelas dimensões até conquistar uma visão mais plena do TODO, quando então o conceito MAYA (ilusão) se dissipa, sete véus levantados pelo observador em estado de real iluminação que nada tem a ver com nenhuma destas especulações racionais cegas.

Maya, ilusão, é considerar apenas um plano da realidade como existente, no caso, o plano material, sobre o qual a ciência e o ceticismo apoiam todas as suas conclusões.

A luz branca só existe na reunião das sete cores que definem sua essência espectral. Se uma das sete cores faltar, o branco não existirá. O Universo não é uma simulação e nem uma ilusão, mas um organismo complexo em eterno movimento de transformação cujo sentido de realidade só existe na sua integralidade.

Visões parciais e conceitos baseados nelas são sim, ilusórios. Mas se o plano físico é o espelho do plano mental, e o plano mental, espelho do plano espiritual, falamos aqui de realidades sobrepostas interconectadas.

O sábio dizia que, como é em cima, é embaixo, o que se acerta aqui. Dizer que o mundo físico é uma simulação quântica no laboratório de não sei quem, é algo muito tosco diante do Mistério.

Uma imagem no espelho só pode ser refletida por um objeto real. O segredo da cosmologia que integra os sete planos reside, portanto, no espelho. Ele é a chave do Mistério.

O reflexo do espelho não é uma simulação, mas uma projeção do objeto em outros planos. Ambos são uma só realidade extensa, refletida em todos os níveis, desde o universo microscópico até o macroscópico. Realidades desdobradas é o que se ensina aqui, todas elas a partir de uma Unidade original, esta sim, absoluta, enquanto aquelas sete são relativas. Mas não ilusórias.

Pelo menos, ilusórias num sentido de não existir e, pior, não assumir finalidade em sua existência.

O plano físico é a casca, mas isso não quer dizer que a casca não serve para nada. Ela cumpre seu papel no organismo cósmico setenário dentro dos planos da evolução espiritual. A casca é parte do Todo, e sem ela, o Todo deixaria de existir.

Se a casca não fosse importante, Jesus Cristo não teria ressuscitado a sua casca para viver como imortal em um tipo de existência eterna totalmente desconhecida para os mortais arrogantes.

O corpo físico é o ponto de partida do espírito, que seria, nessa métrica, o ponto de chegada.
O plano físico é parte componente do Todo, mas considerá-lo em separado, isoladamente, como se o resto não existisse, essa é a formidável ilusão que leva a ciência e grande parte da humanidade para o calabouço de uma consciência tremendamente materialista e limitada. Estes são os verdadeiros prisioneiros de Maya.

Por que o ex-cientista da NASA está ERRADO?

Uma simulação é uma imitação aproximada da realidade, operação de um processo ou sistema que representa sua operação ao longo do tempo.

A simulação é usada em muitos contextos, como simulação de tecnologia para ajuste ou otimização de desempenho, engenharia de segurança, testes, treinamento, educação e videogames.

Simular significa, portanto, FALSEAR uma realidade. A vida não é uma simulação, é uma dádiva. A vida não é um jogo, é um aprendizado.
O Espírito não é um simulador, mas o doador da verdade que se faz realidade.

Cientistas como estes possuem mente muito materialista que só consegue ver até a doutrinação tecnológica da máquina, e poucos entre eles acreditam em espírito consciente se movendo em tudo.

Porque não somos humanos em uma experiência espiritual. Somos espíritos em uma experiência humana.

A única simulação aqui é a ignorância dos egos materialistas. Eles sim, simulam a própria cegueira por escolherem viver em trevas.

Não compreendem que a vida é um ensaio para a Eternidade, e que Deus não barganha e nem joga com seus filhos.

O amor de Deus pela humanidade não é uma simulação, é uma dádiva. Mas não espere que mentes mortas entendam isso. Porque seus corações são secos, sem amor.

E sem amor, ninguém passará do estado de pó.

01.08.2024

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