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As bonecas russas e as múltiplas camadas do ser humano

Matrioshkas

Matrioska, pela palavra, talvez você identifique aquelas bonecas russas, umas dentro das outras, talhadas em madeira e pintadas com motivos camponeses e cores vibrantes. Mas você sabia que elas não são realmente russas e que a maioria delas se encontra nos EUA?

As bonecas matrioska, também conhecida como matryoshka ou matriosca, não vêm originalmente da Rússia. Supõe-se que a origem das matrioskas russas é, na verdade, uma imagem japonesa de Buda, entalhada em madeira, que chegou a Moscou quando terminava o século XIX, trazida por Savva Mamontov, fundador do círculo artístico da Colônia Abramtsevo.

Foi na Exposição Mundial de Artes de 1900, em Paris, que a matrioska ganhou popularidade e reconhecimento como “boneca russa” 4 em 1: as matrioskas tradicionais eram compostas por 3 bonecas ocas, femininas, umas dentro das outras, representando “avó, mãe e filha” e uma última, um bebê compacto, uma boneca masculina ou uma miniatura das anteriores. O criador das bonecas russas chama-se Savva Mamontov, que tinha como objetivo recuperar a arte popular dos artesãos russos. Apesar disso, a primeira Matrioska de oito peças foi atribuída a Vasiij Petrovic Zvëzdockin.

A palavra matrioska vem do conceito latino mater. Em russo, matrioska é um diminutivo do nome matrena, que significa matrone ou Maria. A matrioska simbolicamente representa a figura materna, assim como a fertilidade e a força da mulher. A boneca maior é chamada Mãe e a menor Semente.


A analogia aqui cabe perfeitamente dentro de um pequeno ensinamento.

O corpo físico é a boneca maior.

E dentro dele, existem incontáveis camadas, vitais, emocionais, psíquicas, mentais, subconscientes, inconscientes, em infinitas escalas que, somadas, compõem a sua existência múltipla em realidades dimensionais paralelas, uma para cada camada específica.

E o somatório geral de tudo isso é você, fisicamente falando e as emoções e pensamentos que voce pensa conhecer totalmente, mas não conhece quase nada deles.

Mal conhece a sua camada externa, o corpo (porque se conhecesse, respeitaria as leis da saude e do equilíbrio, e não agrediria tanto esse corpo com maus hábitos que o adoecem em algum tempo).

E se mal conhece o corpo, mal conhecerá o que está dentro dele, agora mesmo, uma camada entre muitas relacionada e governada por determinada dimensão, igualmente invisível aos seus olhos que só enxergam, e muito mal, a dimensão do corpo 3D, a boneca externa.

Autoconhecimento
E mesmo faltando muita coisa para o humano saber sobre ele mesmo, ele julga saber tanta coisa sobre Deus, Universo e Extraterrestres, chegando ao ponto de dizer que eles não existem. E que este humano é a única boneca que importa.

O egocentrismo é o estado de coma da mente, que só pode ser curado pelo autoconhecimento honesto e sem medo de olhar a si mesmo no espelho da verdade e da auto-critica.

JP em 19.02.2022

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