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Nasa descobre galáxia parecida com nave de Star Wars

Há não tanto tempo assim, numa galáxia muito, muito distante, ondas de rádio usadas por astrônomos da agência espacial americana Nasa captaram um formato semelhante à nave TIE fighter, usada pelo lado sombrio da Força na franquia de “Star Wars”. A identificação entre a galáxia TXS 0128 e ao caça intergaláctico foi feita por Matthew Lister, professor de Física e Astronomia da Universidade Purdue, em West Lafayette, Indiana, nos Estados Unidos.

“A primeira vez que vi os resultados, pensei imediatamente que se parecia com a nave espacial de caça TIE de Darth Vader de ‘Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança.’ Foi uma surpresa divertida, mas sua aparição em diferentes frequências de rádio também nos ajudou a aprender mais sobre como galáxias ativas podem mudar dramaticamente em escalas de tempo de décadas”, afirmou Lister em um comunicado divulgado pela Nasa nesta terça-feira, dia 25, em seu site oficial.

Um artigo descrevendo a pesquisa, liderada pelo professor, também foi disponibilizado online no periódico “The Astrophysical Journal”.

A TXS 0128 fica a 500 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Cassiopeia, ancorada por um buraco negro supermassivo com cerca de 1 bilhão de vezes a massa do Sol. É classificada como uma galáxia ativa, o que significa que todas as suas estrelas juntas não são responsáveis ​​pela quantidade de luz que emite. Os cientistas mapearam-na e descobriram que ela experimentou dois poderos surtos de atividade no último século.

Galáxia TXS 0128+554, a 500 milhões de anos-luz da Terra Foto: NASA’s Goddard Space Flight Center.

Na saga criada por George Lucas, o caça TIE fighter representa a frota imperial. As naves são transportadas em Destroyers Estelares, sendo usadas em combates contra os rebeldes que, por sua vez, pilotam modelos X-wings.

Forma depende da frequência de rádio

Há cerca de cinco anos, o Telescópio Espacial Fermi Gamma-ray da NASA relatou que a TXS 0128 + 554 (nome completo) é uma fonte tênue de raios gama, a forma de luz de mais alta energia.

“Após o anúncio do Fermi, ampliamos um milhão de vezes mais perto da galáxia usando as antenas de rádio do VLBA e mapeamos sua forma ao longo do tempo”, explicou Lister.

A forma aparente da galáxia depende da frequência de rádio usada. Com 2,3 gigahertz (GHz), cerca de 21 vezes maior do que a frequência máxima de transmissão de rádio FM, parece uma bolha amorfa. A forma de caça TIE fighter surge em 6,6 GHz. Então, a 15,4 GHz, uma lacuna clara na emissão de rádio aparece entre o centro da galáxia e seus lóbulos.

“O universo do mundo real é tridimensional, mas quando olhamos para o espaço, geralmente vemos apenas duas dimensões”, disse Daniel Homan, coautor e professor de astronomia da Denison University em Granville, Ohio. “Neste caso, temos sorte porque a galáxia está inclinada de tal forma, de nossa perspectiva, que a luz do lobo mais distante viaja dezenas de anos-luz mais para chegar até nós do que a luz do mais próximo. Isso significa que estamos vendo o lóbulo mais distante em um ponto anterior de sua evolução”.

Mais de 3 mil galáxias identificadas

A equipe de Lister suspeita que uma calmaria na atividade da TXS 0128 criou essa lacuna. Os jatos da galáxia parecem ter começado há cerca de 90 anos, conforme observado da Terra, e pararam depois de aproximadamente 50 anos, deixando para trás os lobos desconectados. Há cerca de uma década, os jatos voltaram, mas o que causou o início repentino desses períodos ativos permanece em mistério.

Mais de 3 mil galáxias ativas foram identificadas usando o Telescópio de Grande Área, que examina todo o céu a cada três horas. Quase todas estão alinhadas de forma que um jato aponta quase diretamente para a Terra, o que aumenta seus sinais.

No entanto, a TXS 0128 é cerca de 100 mil vezes menos poderosa do que a maioria. Na verdade, embora seja relativamente próxima, o telescópio Fermi precisou acumular cinco anos de dados da galáxia antes de relatá-la como uma fonte de raios gama em 2015.

Os pesquisadores incluíram a galáxia a uma pesquisa de longa duração conduzida pelo VLBA, uma rede de antenas de rádio operada pelo Observatório Nacional de Radioastronomia que se estende do Havaí às Ilhas Virgens Americanas.

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