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ELOHIM e os Universos Paralelos

No Princípio, ELOHIM criou os céus e a Terra”
Gênesis 1:1

“No Princípio era o VERBO, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era DEUS (e todas as coisas foram criadas por ele)”
João 1:1

“O qual (João) testemunhou a Palavra de Deus”
(Apocalipse 1: 1-2)

Estes três livros, capítulos e versículos emparelhados por João numa incrível criptografia gnóstica (e nenhum outro escritor do Novo Testamento fez isso, mas no Velho Testamento, Moisés o fez) nos permite escrever a sentença:

“Deus (ELOHIM) cria por meio do Verbo (a Palavra).

E se o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus, sendo a única criatura capaz de articular conscientemente palavras numa comunicação que materializa o seu entendimento racional das coisas, a solução deste código de João é a de que o homem, sob as condições certas, é capaz de criar por meio da palavra (como Deus).

ELOHIM é um nome importantíssimo no Velho Testamento, que os primeiros intérpretes e tradutores da antiguidade interpretaram diretamente como significando DEUS, num sentido coletivo e pluralizado, diferente do Nome IHVH, que exprime Deus noutro sentido, hieratizado, tanto que IHVI é interpretado, ou pelo menos, associado a um título “Senhor”, expressando autoridade, hierarquia, poder.

A Hierarquia, e a existência da Hierarquia entre os espíritos com diferentes graus de poder e sabedoria fluindo no Edifício cósmico por elas criado e sustentado num sentido coletivizado que encontra no Nome ELOHIM uma solução mística, é um conceito fundamental na compreensão do Universo espiritual por trás de toda visão cosmológica material de mundo (mundos).

ELOHIM a parte, nomes divinos com atributos diversos (adjetivos) existem muitos, na Bíblia e na magia cabalística antiga, e o próprio Nome supremo IHVH é um atributo, ainda que desconhecido, do qual se aproxima SENHOR (vertido para ADONAI, que significa a mesma coisa). IHVH é o segundo Nome a aparecer nas Escrituras, no capitulo 2 do Gênesis, enquanto ELOHIM predomina no capítulo 1 como designação de Deus Criador, que afinal, é a designação mais importante para DEUS, Criador, já que o ser humano nada cria, apenas recria (sem o Criador na fonte, nada faríamos, sequer pensaríamos ou viveríamos).

Aquela condição individualizada dos espíritos criadores e conscientes do Universo é que recebe por Nomes, atribuições de suas potencialidades e dons específicos.

Nomes como Gabriel, Uriel, Metatron, Miguel, Sandalfon, etc… além de outros nomes que são adjetivos de Deus, Kadosh (Deus Santo), Shadai (Deus Poderoso), Elyon (Deus Elevado), Sabaoth (Deus dos Exércitos) etc.

Essa identidade de espíritos conforme nomes que designam os atributos e adjetivos de sua Hierarquia, raio, grau, etc, prossegue na estrutura dos nomes dos gênios (os 72 gênios da Cabala), a partir dos nomes dos Anjos da primeira linha da Criação, como Uriel (Luz de Deus), Miguel (Quem é como Deus), Gabriel (Força de Deus), Rafael (Cura de Deus), Zadquiel (Justiça de Deus) etc.

Tudo isso serve para destacar o grandioso Nome ELOHIM, a nós fornecido por Moisés no seu Pentateuco, em relação a todos os outros nomes existentes na Cabala teúrgica e mágica das invocações, porque este nome, diferente dos demais, que comportam atributos e adjetivos de espíritos, revela a identidade de DEUS em sua expressão impessoal, infinita, abstrata e absoluta, da qual todos os espíritos são fragmentos, como pensamentos saídos de Sua Mente Imensurável. Cada um de nós é como uma chispa que foi nomeada por Deus conforme nossos atributos no dia do nosso nascimento cósmico. E isso tem a ver com o raio planetário (e são sete) que cada espírito possui ao “nascer” da Mente Infinita Divina.

Todos os seres assim criados irão passar por muitas e muitas rondas evolucionárias para irem aumentando seu grau de poder e consciência, o que amplia seu raio de ação nas esferas da Criação.

Todos os seres, em todos os arcos de evolução e esferas da Criação, precisam trabalhar em conjunto, numa grande Corporificação espiritual que, em sua resultante, expressam fabulosamente a natureza e o mistério de ELOHIM, Nome dos nomes, altamente sagrado cujo atributo é a soma de todos os atributos espirituais e individuais reunidos em Unidade de Amor.

Portanto, ELOHIM, o primeiro Nome de Deus na Bíblia, deriva de EL, a primeira partícula fonética a designar o espírito divino individualizado na Cabala secreta, tanto que ELOHIM é o plural de EL, deuses, o que torna o Judaísmo uma religião politeísta em sua própria definição e origem, apesar da defesa monoteísta dos rabinos.

E essa partícula EL se apresenta no sufixo dos nomes dos Anjos, como Miguel, Gabriel, Uriel, Rafael, etc, e todas designando Deus é (o atributo que lhe segue).

ELOHIM é o primeiro Nome de Deus apresentado na Bíblia (Gênesis 1) e a Terceira palavra (NO Princípio Criou Deus…) evidenciando o triângulo místico da Identidade divina tripartida (Pai, a Emanação; Filho, a Criação, e Espírito Santo, a recriação ou transformação).

ELOHIM ressoa poderosamente em todos os Universos paralelos, uma vez que ele brotou no primeiro instante e foi evocado na base e na raiz de todos aqueles Universos, e ressoa até hoje, desde o princípio, no frenesi das partículas, na dança dos átomos, na sinfonia dos astros e, principalmente, no coração do homem que reconhece essa semelhança com o Criador a partir do seu pensamento consciente materializado em cada palavra que sai de sua boca, devendo ser, portanto, cada uma de nossas palavras tomadas como o objeto mais sagrado que o Criador colocou ao nosso dispor durante toda a nossa vida.

Dentro das mais elevadas teurgias, o Nome ELOHIM é o único que vibra em todas as esferas do Universo por uma questão de pura ressonância com os princípios da Criação, quando o TODO era indiferenciado e os seres ainda desprovidos de consciência individualizada. Muito além da Física e da Astronomia, são esferas conscientes porque estão impregnadas de energia mental inteligente direcionando cada vibração e cada oscilação nos tecidos do espaço-tempo, do micro ao macrocosmo, atravessando todo quantum e todo estelar, e encontrando na alma humana o ponto intermediário entre estas duas grandezas extremas, o infinitamente pequeno e o infinitamente grande localizados nos pontos extremos da Criação.

O nosso privilégio resulta dessa situação, maravilha das maravilhas, porque estamos nós no centro do Universo, e somos realmente mais importantes do que as estrelas e do que toda a matéria atômica que há nelas… e não se espante se eu te disser que, se ELOHIM criou átomos e estrelas, foi apenas com um propósito final: o de nos criar a sua imagem e semelhança a partir daquelas matérias-primas.

Celebremos com Amor e Gratidão essa dádiva agora desvendada.

JP em 12.01.2020

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