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A Programação da Dúvida Crônica

 

 

Não são deuses, aliens ou espíritos desconhecidos que estão fazendo isso, nos implantando dúvidas crônicas pelo poder da manipulação e da mentira.
Nem grays, nem Anunnakis, demônios ou similares.

São seres humanos manipulando seres humanos.

Não precisamos recorrer a nenhuma teoria conspiratória ou transferir a responsabilidade do nosso perene dano a inteligências ocultas, desconhecidas, extraplanetárias ou intraplanetárias.

Somos nós mesmos enganando a nós mesmos.

Esse é o nível zero da evolução: quando o semelhante se volta contra o próprio semelhante.

E o programa está dando certo. A tecnologia e a Informática tem se voltado de tal forma contra a VERDADE que está cada vez mais difícil fazer consultas on line com ampla certeza da veracidade de fatos e imagens.
Então, o condicionamento audio-visual estará no ponto.
Era muito mais seguro pesquisar nos tempos das Bibliotecas e livros empilhados…

E esse condicionamento, por mãos humanas, terá programado enfim o ser humano a não acreditar em mais nada do que vê ou escuta. Tudo questionará, de tudo duvidará. Até que comece a ter medo da própria sombra, e finalmente, seja escravo eterno da própria dúvida sem solução, remédio ou cura que possa eliminá-la. Porque já criou uma segunda entidade viva e independente dentro do seu próprio Inconsciente, a entidade cética, e que se manifesta num impulso negativo crônico diante de tudo o que lhe for apresentado. E mesmo que seja algo real, extraordinário, sensacional, esse condicionamento lhe impelirá a dizer que tudo é fraude comum ou ilusão de ótica.

Quem puder evitar que essa erva daninha do pensamento crie raiz e se instale definitivamente na mente, que o faça.

Porque, depois de muito tempo, a doença se torna crônica, e curá-la é quase impossível.

Não se trata nem de “acreditar em tudo”e nem de “duvidar de tudo”.

Correto sempre foi o meio-termo.

Qual a primeira proposição, então?

O que motiva o “acreditar em tudo”?
Alguma atitude extrema e antípoda ao “duvidar de tudo”, com a qual possamos reunir e encontrar uma raiz comum de perturbação psíquica ou desequilíbrio emocional?

Duvidar de tudo é tão confortador quanto acreditar em tudo, pois ambas são posturas que dispensam a reflexão, oscilando nos extremos de uma mente que não está segura e nem consciente de fato.

Ps: temos que considerar os dois aspectos da razão, a sensorial ou visível, e a intuitiva ou invisível.

O primeiro grupo, o duvidar de tudo, se inclina mais ao primeiro aspecto.

O segundo, o acreditar em tudo, ao outro.

Eu só não concordo em transformar o questionamento em esporte intelectual, até porque se a pessoa se transforma num questionador inveterado, irá perder certamente o talento de reconhecer as coisas verdadeiras, quando elas aparecerem.

Sempre o meio-termo.

Questionar tudo é um desequilíbrio tão grave quanto o acreditar em tudo.
E a Internet está criando legiões de céticos.

“Acreditar em tudo demonstra a mesma instabilidade racional que o duvidar de tudo”.

Que instabilidade seria essa?

Porque uma coisa é certa e confirmada na prática por todos:
todo excesso é nocivo.

Novamente, não se trata daquela polarização irremediável entre ciência e fé, ainda longe de ser resolvida?

Certo, e acredito que são dois estados extremos, antípodas mas iguais no sentido de se distanciarem cada vez mais da realidade, que por definição reside e sempre residiu no meio-termo.

A reflexão consciente, onde certamente se insere o exercício e prática regular da MEDITAÇÃO, está se tornando um exercício por demais estafante e oneroso para as mentes modernas acostumadas às comodidades tecnológicas?
Será que minha pergunta pode começar a responder a própria questão?

Há também o outro extremo deste pólo: aquele que acredita em tudo, quando se deparar com uma fraude ou ilusão de óptica, certamente terá perdido a sua capacidade racional de discernir a ilusão do fato concreto.

O ACREDITAR EM TUDO GERA CRENÇA CEGA.
O DUVIDAR DE TUDO LANÇA AS SEMENTES DO ATEÍSMO.
A FÉ PURA É O ESTADO INTERMEDIÁRIO. ACREDITAR SIM, COM BASE RACIONAL MAS COM O GUIA DA INTUIÇÃO OU, EM OUTRAS PALAVRAS, ACREDITAR NAS COISAS QUE A MENTE CONSTATOU E FIRMOU DIRECIONADAS ANTES PELA VOZ DO CORAÇÃO CHAMADA INTUIÇÃO!

Assim sendo, temos que investigar a fundo a situação e descobrir a raiz comum ou instabilidade psíquica que está polarizando as opiniões em posições extremistas, por dois motivos. Primeiro, são estas posições que trazem conflito em toda parte. E segundo, e mais importante, essas posições atrapalham a nossa busca pela realidade dos fatos.

Precisamos da razão equilibrada com a intuição, e ambas regradas pelo meio-termo. Só assim estaremos realmente trilhando caminhos no crescimento da consciência partilhada

A reflexão é sobre o objeto ou o objetivo?

A reflexão é por exemplo, sobre imagens e áudios de UFOs/ETs ou sobre a realidade da inteligência extraterrestre no Universo?

Há um sutil desvio da reflexão que o nosso moderno estilo cultural aplica aqui, do objetivo das coisas para o seu objeto, o que, em segundo plano, causa enfraquecimento ao poder da intuição. Trata-se de um movimento intencional mas tão sutil que passa desapercebido.

E em doses homeopáticas, o reforço ao apelo do VER traz debilidade ao poder do CRER, e não falo da crença mecânica em tudo, e sim, da capacidade real de intuir sobre as questões da existência. A intuição é o guia real da inteligência, e o verdadeiro argumento para toda e qualquer reflexão, que nunca pode ser aplicada sobre objetos, e sim, sobre objetivos.

O objetivo não é validar ou invalidar amostras de áudio ou vídeo da inteligência extraterrestre, de espectros, de planetas e estrelas estranhas e UFOs ou o que seja, e sim, confirmar na consciência a existência de vida fora da Terra, vida inteligente e organizada.

O objeto (externo) pode até ter a função de nos direcionar à reflexão do significado da existência em esferas maiores, como a que pretende descobrir a realidade extraterrestre. Contudo, o objeto é apenas uma porta, e não um alvo de chegada. AO fazer do objeto o alvo da reflexão, perde-se a essência do próprio questionamento, e a intuição, aconselhada sempre pela voz interior, perde sua força em nosso campo mental, e tudo o que ouviremos serão os ecos dos nossos pensamentos instigados pela dúvida incessante, incapaz de solucionar os dilemas fundamentais da vida e do universo, estes que, transcendendo toda forma, toda métrica e razão aí apoiada, nunca poderiam constituir amostra adequada para reflexões que pretendam alcançar a consciência de coisa alguma.

Em resumo: estaria a cultura moderna, munida de tecnologia, minando o potencial reflexivo da consciência humana ao reforçar as atenções sobre os objetos sem, no entanto, abordar com a profundidade devida e seriedade compatível os objetivos por trás dos mesmos?

Qual o ponto comum entre “acreditar em tudo o que se vê” e “não acreditar em nada do que se vê” (quando o assunto esbarra nos domínios do sobrenatural e do extraordinário, tal qual o domînio extraterrestre e o espiritual).

É exatamente o foco no lado de fora, ou seja, da necessidade de se ver alguma coisa para se construir consciência dessa mesma coisa. A fé verdadeira nunca precisou do “ver” para construir consciência. Já o racionalismo, este não vive sem o pasto dos cinco sentidos. Mas até que ponto é possível racionalizar a fé sem violentar a sua própria essência, de natureza invisível? Sabendo de antemão que o poder da intuição cresce no sentido do invisível, ao passo que o reforço dos argumentos sensoriais o enfraquecem, na proporção inversa. Naqueles dois extremos, as pessoas estão simplesmente colocando o centro de gravidade no objeto, e não no objetivo por trás dele: no caso, a certeza da inteligência extraterrena. Estão totalmente apoiadas nos argumentos da racionalidade, esta que não sobrevive sem o pasto dos cinco sentidos, enquanto que o alimento da intuição, que lhe é negado, a torna mais e mais raquítica, sem poder de expressão na alma, e é por essa razão que os gênios não existem mais, estes que capturam as grandes verdades no ar, estes que pescam as realidades no invisível, puxando-as para o visível.

E para piorar, a tecnologia vigente reforçou o argumento dos cinco sentidos, porque hoje é possível ver atrás de telescópios planetas e grandes zonas afastadas do universo “aparentemente” despovoadas. Por isso, é notório que o argumento do “não ver nada” e deduzir que “nada há ali, onde nada se vê”, só aumentou.

E ainda que eu possa apelar para o argumento das dimensões invisíveis a comportar vida inteligente e em abundância, seja corpórea ou incorpórea, nem ele está servindo mais para acalmar os juízos precipitados dos mais céticos, que definitivamente plantaram toda a sua inteligência nos referenciais da terceira dimensão, limitando e muito o acervo de estudo para o crescimento da consciência. Aquela antiga regra da filosofia antiga do “fechar os olhos e contemplar o universo inteiro pelos olhos da alma” se tornou piada de mal gosto. E para ela, todos fecham as portas, com algumas exceções. Falar então de espírito, Deus ou Anjos diante de platéias avessas a essa filosofia é arriscar-se a ser linchado verbalmente. Quem tenta ser profundo demais, acaba se deparando que as idéias mais rasas são as que fazem mais sucesso e recebem aplauso. Aquele que tenta discursar à moda antiga, é congelado como os antigos, sob o juízo de ter estagnado no tempo e não ter evoluído em seu pensamento. Criticar a tecnologia, então, nem se fala! É cair na masmorra dos inocentes, ou ainda, ser atirado na arena dos leões.

A modernidade venceu, e a tecnologia deu a palavra final. Deus está morto. Viva a máquina! Ela é o novo deus do mundo. Se um homem tem um espírito, ele já não sabe mais onde encontrá-lo. E se esse espírito deu incríveis poderes ao homem, é triste, mas o homem moderno vai morrer cego e abandonado, pobre e perdido, como aquele homem que tinha um tesouro enterrado no próprio quintal mas morreu na penúria, cheio de dívidas, isso porque procurou enriquecer lá fora e nunca conseguiu, sem saber que o seu maior erro foi o de procurar a riqueza no lugar errado.

Ps: extraterrestres não partilham da filosofia, tecnologia, estilo cultural e forma de pensar do homem moderno. Antes, eles a repudiam. E a maior prova disso é o seu permanente silêncio. Que só haverá de continuar, cada vez mais cerrado.

“Em relação a todos os atos de iniciativa e de criação, existe uma verdade fundamental cujo desconhecimento mata inúmeras idéias e planos esplêndidos: a de que no momento em que nos comprometemos definitivamente, a providência move-se também. Toda uma corrente de acontecimentos brota da decisão, fazendo surgir a nosso favor toda sorte de incidentes e encontros e assistência material que nenhum homem sonharia que viesse em sua direção. O que quer que você possa fazer ou sonhe que possa, faça. Coragem contém genialidade, poder e magia. Comece agora.”

Goethe

E não há tecnologia que possa criar esse poder, o mágico, o genial e o invencível poder da fé.

Então, último conselho aos que buscam de alguma forma o contato com a Inteligência Superior, espiritual ou extraterrestre:

se tiver de crer em alguma coisa, comece a crer agora, isso enquanto pode. Porque, com toda certeza, vai chegar uma hora em que perderás este poder, o maior poder que existe enterrado naquele quintal inexplorado da casa humana.

Então, começará a guerra entre o que os olhos vêem (ou não vêem) e o que o coração sente. Na verdade, essa guerra já está instalada na alma da grande maioria dos habitantes do planeta Terra.

E não há guerra mais cruel do que esta…

Faça apenas como a criança, saiba ler o livro da natureza, saiba folhear as páginas do universo aberto com o coração igualmente aberto… o coração é a sede da verdadeira razão, a mente é apenas o guia para as coisas que ele ama e lhe interessa… a função do coração é dizer a verdade, e a função da mente, certificar-se dela, dirigindo-a para onde ela deve ser dirigida.

JP em 11.09.2019
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